Cedric - O Shifter

Capítulo 5

Cedric

Das escutas que implantamos na fazenda e microcâmeras, podemos ver quando no dia seguinte Anne e Mary aparecerem para visitar os namorados que não tinham ido trabalhar ou para a faculdade. Ambas os encontraram na cozinha junto com os pais, enquanto faziam juntos um bolo de chocolate. Todos pareciam tristes e abatidos, mas inventaram uma história para as garotas que aparentemente acreditaram.

Na televisão surgiu a notícia do tiroteio em um galpão distante do porto, pegando todos de surpresa, enquanto estavam na sala assistindo um filme, mas a reação de Mary foi analisada por Thomas, Karen e nós. Também não passou despercebida por Stefan que achou estranho. Mary não parecia surpresa ou horrorizada como Anne, mas ficou inquieta e preocupada. De vez enquanto olhava para o celular preocupada.

Simplesmente não consegui me conter, ao ver tamanha indiferença e cinismo, e sai da van correndo para casa com toda equipe atrás de mim.

Karen abriu a porta para mim e entrei sem pedir licença, fui direto para cima da fêmea, pegando a todos de surpresa.

_ Mas o que é isto? - meus olhos não se desviavam da mulher que está em pé a minha frente que parecia assustada com minha presença. Nunca machucamos fêmeas, mas para aquela abriria uma exceção ao se lembrar das palavras dela na lanchonete. A segurei pelos braços a fazendo gritar, levando-a de encontro a parede - Me solta. Socorro Stefan, faça alguma coisa. - gritava desesperada para o namorado que analisava tudo. A agarrei pelo pescoço apertando-a contra a parede levantando-a. - Por favor, me larga. - implorou ela me olhando assustada, ouvindo apenas um rosnado meu como resposta.

_ Cedric... O que está acontecendo filho? - me perguntou o Sr. Thomas chegando perto de mim - Largue-a. O que aconteceu?

_ ONDE ELAS ESTÃO? - gritei com Mary que apenas se encolhia - DIGA! - ordenei.

Bodgan e os outros chegaram, todos ficaram surpresos com a cena, pude sentir suas emoções.

_ Cedric. - me chamou Bodgan - Nós não machucamos fêmeas, culpadas ou inocentes, nós as protegemos, se lembra? - me perguntou calmo. Senti a apreensão dele o medo que eu quebrasse o pescoço dela.

_Alguém pode me dizer o que está acontecendo? - pergunta Karen.

_ Mary, por que Cedric está tão bravo com você? O que aconteceu? - a moça conseguiu ouvir o namorado falar.

_ Stefan, por favor, me ajuda. - ela já está chorando.

Stefan se aproximou, colocou a mão em meu ombro, me fazendo rosnar para ele que não se intimidou.

_Eu cuido disso, Cedric. Solte-a, por favor. - a contragosto a soltei - Vou perguntar outra vez, responda. Por que Cedric está tão bravo? - Stefan se voltou novamente para a namorada que passava a mão pelo pescoço. Ele a perguntava de maneira calma, mas eu e Bodgan conseguimos sentir o cheiro da raiva crescendo.

_ Eu não sei de nada, amor, acredita em mim. Não sei o que está acontecendo. Tira-me daqui. - dizia em lágrimas.

Num movimento rápido ele a agarrou pelo braço e jogou-a sobre o sofá, debruçando-se sobre ela.

_Não me faça perguntar outra vez! - sua voz não se parecia em nada com a do namorado carinhoso que estávamos acostumados a ouvir, mas sua voz saiu fria como gelo - RESPONDA! - gritou e todos ficaram surpreso com o seu estado.

_Filho, por favor, solta ela. - a mãe falou calmamente.

_Não se meta mãe! - Stefan nem mesmo olhou para a mãe. - Cedric é tranquilo e calmo, a senhora o conhece. - continuou falando - Se ele está nervoso é por algum motivo e deve ser muito bom. E o objeto de sua fúria é Mary, isso significa que ele sabe de alguma coisa que ELA fez. - e voltou a falar com a namorada – Não tenho o dia todo, FALA.

Todos viram o belo rosto se transformar, pois as lagrimas ainda caiam mais as feições de uma garota frágil automaticamente se transfiguraram para uma totalmente desconhecida e sombria, para eles.

_ Saia de cima de mim i****a, que eu conto. - ordenou ela furiosa, limpando o rosto.

Stefan se levantou com cuidado, posso ver em seu rosto que ele estava desconhecendo aquela mulher a sua frente.

_ Eu estava cansada de ser deixada de lado para você correr toda vez que suas irmãzinhas chamavam. Eu queria atenção e carinho do meu NAMORADO! - Mary gritou, fora de controle - Queria presentes caros e alguém que realmente se importasse comigo. O que eu tive foi um banana! Um capacho... que só se importava com sua família e as irmãzinhas esquisitas. Eu queria mais! Mereço MAIS! Queria todo luxo que sua família tinha e podia me proporcionar, mas não... Eu tinha que namorar um bajulador de mamãe e papai. Tive que pegar algumas... peças para compensar minha... vaidade claro. Vocês são ricos! O que era uma pulseira e colar!? Eu precisava de roupas entre outras coisas. Você nunca me deu valor Stefan. Nunca se preocupou com minhas necessidades. Se preocupasse me tiraria daquela pocilga que moro. Para minha mãe estava bom, mas para mim não. Quero muito MAIS! Então eu tive que me arranjar como pude. - despejou com uma corrente de esgoto - Aí conheci Robert, ele ama sua irmãzinha, Sophie. A mais esquisita das duas. Cara doente! - dizia com desprezo - Ele pediu minha ajuda para falar com Sophie, mas eu não sabia o que ele ia fazer. Juro que ele me disse que só queria conversar. Então eu contei a ele que elas iriam ao shopping, praticamente sozinhas e ele fez o resto. Apenas dei um telefonema só isso. Não tenho culpa de nada.

Ficou claro para todos que Mary sofria de algum distúrbio mental sério. Ela relatava aquilo como se fosse à coisa mais natural do mundo.

_ Sua v***a, filha de uma c****a! - Anne avançou derrubando a ex-cunhada de volta no sofá e estapeando a garota - Você sabia que Sophie não gostava dele. Você a ouviu falando que tinha medo e o achava assustador. Por que fez isso? - falava enquanto batia em Mary. Ninguém se atreveu a se meter entre elas. Admirei a coragem da fêmea chamada Anne, por bater na outra sem resquício nenhum de pena ou hesitação, pois apesar de parecer calma e tranquila se transformou numa leoa que defendia a cria. - Fala onde elas estão?

_ Chega amor. - Antony tirou a namorada de cima de Mary.

Por mim deixava aquela fêmea cuidar da outra sem nenhum remorso, pensei sentindo um prazer macabro ao ver o sangue escorrer do lábio da outra.

_ Nunca! - Mary disse com uma voz diabólica se sentando - Quero que elas morram onde quer que estejam. - e começou a gargalhar deixando todos abismados. - Elas viviam atrapalhando minha vida.

Um rugido alto saiu da minha garganta, soando pela sala acabando com qualquer gargalhada de Mary.

_ Ela é toda sua Cedric. - disse Stefan sentando-se em uma poltrona, mas Mary ficou apavorada, pois não sabia com que estava lidando.

Retirei meus os óculos escuros calmamente, revelando a minha origem e olhei diretamente para Mary que arregalou os olhos.

_ Oh meu Deus! Você... você... você... - ofegou a garota.

_ Agora somos só você e eu fêmea. - ameacei chegando mais perto e Mary tentou se afastar. - Onde estão as garotas? Não estou com paciência para jogos. FALE! - ordenei num grito a fazendo estremecer. Esperava que não precisasse recorrer à força para ter as informações que precisássemos.

Ninguém se atreveu a tentar me parar, estavam todos na expectativa do que ela poderia dizer.

_ Eu não sei onde elas estão, eu juro! - ela dizia, encarando meus olhos, o cheiro do medo que ela exalava estava muito forte. - Robert disse que elas estavam no galpão, mas eu não fui lá. Eu até pensei em ir, mas fiquei com medo de ser reconhecida.

_ O que aconteceu naquele lugar, você sabe? - perguntei ainda encarando-a.

_ Não. Encontrei com Robert outro dia e ele disse que tinha conhecido algumas pessoas que estavam procurando por mães de aluguel. Tinham oferecido um bom dinheiro para ele conseguir duas. Ele pretendia entregá-las para eles depois de se entender com Sophie. É tudo que eu sei. - dizia depressa.

_Tem certeza de que é tudo? - perguntou Bodgan, chegando perto e retirando os óculos também.

_ Ele teve de atender o celular enquanto conversamos outro dia, não entendi o que ele disse, mas falava que tinha um presente para tal de Pokota não entendi direito o nome.

_Espera. - falei olhando para Bodgan e voltando para a garota - Por acaso o nome era Pokora? - perguntei, rezando que estivesse errado. Meu pavor só se comparava com de Bodgan, esperando a resposta.

_ Sim, acho que era isso mesmo. - respondeu com medo.

Escorreguei até o chão cansado. Ajoelhei-me ali mesmo naquele lugar sem me importar com aquelas pessoas. Senti como se o peso do mundo estivesse sobre meus ombros.

Bodgan saiu correndo em direção ao carro, precisava chamar Patrída e informar o que acabamos de descobrir. Justus que tinha que saber que nosso velho inimigo tinha atacado novamente.

Alguns membros da força tarefa levaram Mary presa, iria entregá-la a polícia por cúmplice de sequestro.

Podia sentir a apreensão da família com nossa reação, mas não estava me importando enquanto eu revivia velhas lembranças antigas e dolorosas me enchendo de ódio e fúria.

_Cedric. - Karen se aproximou, sentando-se a minha frente – O que está acontecendo? Quem levou nossas garotas? - lentamente levantei minha cabeça e vi seu rosto banhado em lágrimas e comecei a chorar também a abraçando.

Com extremo carinho ela enxugou meu rosto.

_ Você sabe da nossa história não sabe Karen? - a perguntei e ela concordou com um aceno – Sabe como fomos criados? - novamente ela concordou – Como Éblis Hadria foi fechada, ainda existem pessoas foragidas e nós estamos procurando-as. Só que junto com essas pessoas existem shifters também e esse Pokora é um dos médicos que chefiavam o projeto de reprodução.

Karen começou a chorar alto compreendendo o que as filhas estavam em grande perigo.

_Eles querem usar minhas garotas neste projeto, não é? - conseguiu dizer.

_Sim. - concordou Bodgan entrando na sala. - Já falei com Justus, estão todos em alerta. Precisamos de roupas das garotas para os outros sentirem o cheiro. Torin já está reunindo todos e o pessoal da reserva também está vindo para ajudar. Começaremos as buscas assim que o pessoal receber o cheiro. - Karen saiu em disparada escada acima e Anne foi atrás, ambas voltaram com os braços cheios de roupas. Entregaram para Tyler que saiu correndo.

_ Nós vamos encontrá-las. Procurem manter a calma, vamos mantê-los informados. - disse Bodgan indo até a mim e tocando meu ombro – Temos de ir. - assenti e saímos sem dizer uma palavra.

Precisava manter minha mente limpa para me concentrar.

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Minhas lindas,

Alguém segura este macho!?????????....

Queria muito ler os comentários de vocês sobre o desenvolvimento da história.

Divirtem-se e me de seus corações. Loucas para isso!!!

Beijocasssssssssssssssss...