CAPÍTULO 6

796 Words
RICHARD NARRANDO atualmente... Acordo com minhas costas doendo, realmente não é nada bom dormir em uma cadeira hospitalar. Olho para minha filha, que dormia suavemente. Seus pequenos olhos demonstravam cansaço mesmo estando fechados. Olho para o relógio, já amanheceu. Vou para o banheiro que há no quarto e lavo meu rosto para me despertar.  Ainda sonolento saio do quarto a procura de Maria. Ao encontrá-la, chego devagar ao lado dela para não a assustar por ela estar concentrada. Em questão de segundos ela retirou seus olhos azuis do livro e me encarou, abriu um sorriso sincero e me disse poucas, mas significantes palavras. - Me perdoe.  [========] Depois que Sofia ganhou alta, passamos em uma lanchonete para todos nós comermos o café da manhã, depois fomos para a casa de Maria. Antes de eu sair do táxi, recebo uma ligação.  - Vão na frente, eu já vou entrar. - sorrio para Maria ao descer do táxi. As duas descem e seguem o caminho até a porta de entrada da casa. Pego meu celular e atendo a ligação: - Oi maninho.  - O que quer Josh? - pego um cigarro em meu bolso. - Seu carro já está na oficina. - coloco o cigarro entre meus lábios e acendo com o isqueiro.  - Não fez mais do que a sua obrigação.  - E eu paguei com seu cartão. - ouço uma risadinha e logo depois vejo Sofia vindo em minha direção.  - Sofia? - digo apagando o cigarro. - A mamãe perguntou se você vai almoçar com a gente.  - Vou sim, já estou indo. - sorrio e ela se afasta.  - Josh, depois eu te ligo. - desligo. Entro na casa e vou em direção às vozes. Maria estava cortando as cebolas, enquanto Sofia ajudava a mexer a massa. Fico ao lado de Maria, que leva um pequeno susto ao sentir minha mão em cima da dela. - Deixa que eu corto. - digo. - Ah, ok. - ela sorriu e limpou suas mãos em um pano de prato ao lado.  Ouço a campainha. - Vou atender. - Maria diz. Continuo cortando as cebolas, que por incrível, não me fizeram derramar uma lágrima sequer.  Ouço passos correndo e depois uma mulher loira com olhos verdes surge ao meu lado. - Você deve ser o Richard. - ela diz e morde uma maçã que havia pegado na fruteira. - E você deve ser a colega de Maria.  - Sim, me chamo Carol. - ela morde mais uma vez sua maçã e depois joga no lixo.  - Foi um prazer te conhecer. - ela sorriu e saiu em passos rápidos.  Ela é bem elétrica - penso.  - Tio Chris. - a voz de Sofia me fez olhar em direção à porta, onde esse tal "Chris" se encontra.  Não acredito que Maria o chamou enquanto eu estou aqui. - finjo que nem me importo e continuo a cortar as cebolas.  Quando Maria volta para a cozinha, agora sozinha, pois "Chris" ficou na sala brincando com Sofia, puxo ela pela sua mão para conversarmos. - Eu lembrei que tenho um negócio para fazer, então não vou poder ficar para almoçar. - falo. - É por causa do Christopher? - ela pergunta olhando em meus olhos. - Você sabe que não me dou bem com ele. - Mas ele é uma boa pessoa e ele é um ótimo pai para Sofia. - sua voz ficou mais baixa, para não escutarem nossa conversa. - Um ótimo pai? - rio sarcasticamente. - Sim e eu espero que consiga entender isso. - ela solta minha mão, enfurecida.  - Não, eu não consigo. - limpo minhas mãos da cebola. - Fique com seu projeto perfeito de pai, estou voltando para casa. - Richard... - ela me chama mas eu já havia saído da casa.  Chamo um táxi que passava ali bem na hora e entro no mesmo.  - Me leve para o aeroporto mais próximo.  - O senhor é quem manda. - ele começa a dirigir, e vejo Maria ficar cada vez mais distante, conforme o táxi anda. [======] Por culpa do motorista que pegou a pista errada acabamos pegando um trânsito de mais ou menos uma hora, antes de ir ao meu rumo eu pedi para o taxista parar em uma loja de conveniência para eu comprar algo para comer.  Ao descer do carro, vou em direção à porta da loja, há um casal se beijando e impedindo minha entrada.  - Com licença. - digo, para chamar a atenção dos dois. Quando o casal se separou, reparei que quem estava praticamente engolindo o rosto da moça, era ninguém menos que Christopher. Seu olhar ao me ver foi de espanto.  Ele deve ser bem louco à ponto de trair Maria... e ainda mais na minha frente. - penso enfurecido.  Com meu punho, o derrubo no chão, depois sinto minha mão latejar.  - Você é nojento. - chuto seu corpo, ao vê-lo tentar levantar.  Vou em direção ao táxi novamente e entro no mesmo. - Me leve para esse endereço imediatamente. - mostro o endereço de Maria para ele.
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