Noah parou o carro, cumprimentou o policial, procurou por qualquer sinal de nervosismo. — Estão indo para onde? — Para um almoço na casa da minha sogra, senhor. O policial estava mastigando alguma coisa. Podia ser chiclete, mas o cheiro era horrível. Provavelmente tabaco. Olhou para dentro do carro com um nojo camuflado de autoridade. — Tem cara de quem não nasceu por aqui. — Nasci no Brasil. — Mas não é de lá. A gente logo vê. O parceiro dele riu. O tipo de riso que não combina com a piada. Só com desprezo. — Qual é, Rick. O rapaz deve estar levando pato laqueado pra sogrinha. Outro ainda completou. — Ou morcego frito, nunca se sabe com esses olhos puxados. Comem qualquer coisa, por isso espalham doenças pelo mundo. Noah manteve a expressão. Nem raiva, nem desprezo. Só silên

