Chegamos em casa rapidamente, quando o carro parou eu consegui sequer descer sem a ajuda do Dylan, em 8 anos que eu conheço ele e 4 anos de relacionamento com ele eu nunca havia presenciado uma situação como essa antes.
— Hector, leva ela para aquela sala e venha para a cozinha — Dylan falou entrando às pressas me jogando para cima do Hector.
— Entendido — ele confirmou.
Ele me segurou pelo meu braço me puxando para a sala em que o Dylan costumava fumar, a sala estava completamente limpa já que ele não havia fumado recentemente, ele me jogou na sala fechou a porta, assim que ele saiu eu caí no chão.
Eu não sabia o que estava acontecendo, nunca tinha visto nada disso antes, apesar de trabalharmos em algo caótico eu nunca vi nada disso, aquilo que passou na frente foi um tiro e quase havia acertado a cabeça dele!
Eu precisava me sentar e respirar para me acalmar, conforme o tempo foi passando eu fui conseguindo assemelhar tudo e cada vez mais eu tinha mais e mais perguntas que eu queria fazer, eles estavam tendo uma reunião agora e o quarto era a prova de som então eu não podia escutar nada do que estava acontecendo do lado de fora.
Eu estava voltando a ficar ansiosa, o quão perigoso era o que estava acontecendo? Tentei abrir a porta mas ela estava trancada, tudo que eu podia fazer era continuar a esperar.
Depois de algum tempo eu escuto alguém abrindo a porta, me levantei rapidamente ao olhar vi que era o Dylan, eu m*l esperei ele entrar e já o bombardeio de perguntas, ele segurou meus ombros e me sentou no sofá, em seguida sentou ao meu lado.
— Carla você não vai poder sair dessa casa — ele falou completamente sério.
— Eu não posso sair? Mas e você? — ele respirou fundo e se encostou no sofá.
— A máfia estava atrás de mim a muito tempo mas acreditamos que não sejam eles, não é assim que a máfia trabalha, acredito que colocaram uma recompensa pela minha cabeça e agora algumas pessoas estão tentando me matar.
— Mais um motivo para você não sair
— Carla, eu tenho assunto que só eu posso resolver, não posso deixar tudo porque eu estou com medo de uma bala.
— DYLAN! — eu gritei — VOCÊ QUASE MORREU NA MINHA FRENTE!
— Carla, você vai ficar nesta casa e ponto final — ele falou levantando do sofá.
— Eu não vou ficar aqui vendo você morrer lá fora ou estar correndo risco todos os dias de morrer! — eu não gritava mas falava alto.
— Você vai — ele apertou fortemente o meu braço, o que me fez gemer de dor.
Bruscamente ele me soltou me fazendo cair no chão e saiu da sala, eu bati até minhas mãos sangrarem mas a porta não abriu nem se quebrou, eu estava trancada naquela sala.
A minha nova rotina havia virado aquela, eu apenas podia ver o dia e noite passar porque havia uma grande janela mas ela era trancada e seu vidro não se quebrava fácil, eu havia tentado de tudo para sair dali e de nada adiantou, algumas vezes durante o dia alguém vem me entregar comida e abastecer o estoque de água, a primeira vez que eu tentei sair pela brecha eu fui barrada, logo na porta tinha um segurança armado que era o dobro do meu tamanho, Dylan havia reforçado toda a segurança.
Algum tempo depois instalaram uma televisão, tudo naquela sala era bem equipado, possuía um banheiro enorme com banheiro, uma mini cozinha com um frigobar, uma cama que trouxeram, tudo parecia muito confortável se não fosse o fato de que eu não tinha liberdade, eu estava presa e não há nada pior para um ser humano do que privar a sua liberdade.
Isso me lembrou na época que eu vi Dylan pela primeira vez, se eu fui um dia capaz de sair da minha casa mesmo que tivesse por um lado sido forçada e ido para uma casa cheia de mulheres que eu não conhecia para fazer um trabalho sujo por anos, então eu conseguia aguentar tudo aquilo.
Sempre que alguém entrava eu perguntava como estava a situação que as coisas estavam e felizmente não foi proibido de me falarem sobre o que estava acontecendo do lado de fora, então mesmo que esteja presa eu sabia de tudo do lado de fora além do noticiário também me informar muito bem.
Eu m*l conseguia ver o tempo passando, todos os dias eram iguais, tudo era muito repetitivo e eu me vi caindo em desespero, a cada dia que passava a palavra morte soava muito bem na minha cabeça, ninguém me visitava, nem mesmo o Dylan, e eu acho que isso foi o que piorou a minha situação.
Passei cerca de dois anos vivendo assim até que Dylan finalmente me libertou, ele mesmo abriu a porta e falou que eu podia sair.
— Finalmente — respirei fundo quando eu finalmente saí.
Dois anos sozinha me ensinou muita coisa mas principalmente me ensinou que eu precisava mudar, que eu era muito fraca, quando eu cheguei no auge da minha tristeza e do meu desespero eu me reergui.
Ele não falou uma palavra assim que eu saí mas eu já sabia de tudo, Dylan foi atrás de um por um e não apenas o matou mas também fez eles de exemplo para os outros, de acordo com as informações suas tripas foram enviadas como forma de alertar para nunca mais acontecer isso fez as pessoas tremerem de medo e alguns dizem que aquela foi a época mais temida do Dylan, infelizmente eu ainda não estava lá para ver, se eu já o achava c***l antes a eu de agora estava vendo algo muito mais pior.
— Primeiro eu preciso de umas comprar — chamei o Hector que rapidamente me levou para o shopping e lá eu comprei tudo que eu podia.
Quando cheguei em casa já era tarde da noite, Dylan estava sentado no sofá fumando um cigarro comum, eu usava um vestido preto longo e um casaco de veludo, mandei subirem as minhas compras para o quarto e fui para a sala, seu olhar estava vazio e olhava para o nada, fui para a sua frente e coloquei minha mão apoiada sobre a mesa de centro.
— A coelhinha vai se aposentar — peguei o maço de cigarro e tirei um, depois peguei um isqueiro e acendi o cigarro.
Dylan não falou uma palavra.
— Como as outras vão me respeitar se a sua superior está trabalhando da mesma forma que elas?
Ele soprou a fumaça.
— O que você quer?
— Já que eu sou sua mulher então eu sou como a primeira dama daqui e a primeira dama não trabalha junto com as suas empregadas. Eu quero ficar na gerência da boate.
Seus olhos não piscavam, suas expressões estavam muito mais duras desde a última vez que eu o havia visto, era impossível adivinhar o que se passava na sua mente ou ao menos se passava alguma coisa.
— Pode ficar com a boate.
Me levantei contente e andei até o banheiro da suíte experimentar meus novos produtos, tomei um banho longo e demorado com direito a tudo que eu podia, quando eu terminei vesti o meu roupão cor de vinho e rendado na região da clavícula, Dylan já estava sentado na cama. Eu fui lentamente me aproximando dele e quando estava em sua frente deixei meu roupão cair, todos os meus movimentos era de forma bem lenta para que ele pudesse observar atentamente a todos eles, quando meu roupão caiu ele encarou o meu corpo, quando estive reclusa não fiquei apenas comendo e dormindo, em certo tempo eu comecei a me exercitar, mais especificamente quando eu havia decidido não ficar depressiva enquanto estava presa.
Subi em cima dele e comecei a beijar o seu corpo que estava bem mais trabalhado da última vez que eu vi além de maior.
Nenhum barulho eu ouvia de sua boca, mas enquanto ele não me parasse eu continuaria.
Eu não sentia problema em ter iniciativa, naquela noite seria eu quem dominaria ele.