19/02/XXXX
NY
Taylor
A voz da mulher ecoava por todo o quarto, cada vez mais ela falava mais alto e sua voz voltava para mim, naquele dia eu me sentia pertubado, como se algo fosse acontecer e eu não sabia muito bem de onde que vinha aquela sensação, eu só sabia que eu queria encontrar algum forma de que ela saísse da minha mente ou pelo menos me desse um tempo, a mulher com que eu estava já estava bem cansada e eu não tinha conseguido o que eu queria, decidi então ir embora.
Muito dificilmente eu guardo o nome de alguma mulher, muitas delas só vem até mim porque sabem minha descendência, todos querem estar com um herdeiro de uma máfia poderosa mas poucas querem arriscar tanto por elas, a mulher do chefe tem que ser alguém inteligente que possa aconselhar o seu marido e os dois poderão prosperar, eu realmente nunca me importei em procurar uma parceira mas isso não quer dizer que era algo que eu não queria.
Eu estava andando de volta para a minha casa, quando era mais novo ao chegar na máfia muitos começaram a suspeitar de uma criança repentinamente estar lá dentro, somente de pensar que eu podia ser o herdeiro ocorreram muito tiro e sangue em busca de me sequestrar, felizmente meu pai nao deixou e me escondeu novamente para que pelo menos minha infância eu pudesse viver seguro, quando pequeno recebi aulas particulares de um dos subordinados do meu avô que até hoje me ensina, atualmente estou disfarçado como um de seu s trabalhadores, muitas pessoas estranham, como meu pai colocou seu filho em uma posição tão baixa num lugar onde ele mesmo seria o chefe?
Aquilo era uma estratégia do meu pai, ele acredita que se eu viver como os que estão abaixo de mim eu possa entender os seus problemas e fazer o melhor por eles, minhas decisões sempre irão afetar ao meu redor e também quem trabalha para mim, nunca esquecerei essa frase do meu pai.
Eu já estava chegando na casa, nossa família provinha da máfia japonesa que se estabeleceu nos Estados Unidos, com alguns anos ela se desfez completamente do vínculo japonês, sou descendente assim como meu pai, o pai dele era um japonês e sua mãe americana, dali eu nasci e estamos aqui hoje.
Entrei pelo grande portão e passei pelos seguranças, as únicas pessoas que atualmente sabem que eu sou o herdeiro e o meu pai é a sua mão direita, seu Consigliere, então eu sou tratada totalmente igual para com os outros membros da máfia, em particular nos cuidamos dos nosso homens como realmente nossa própria família, qualquer homem morto será lembrado e será cobrado para aqueles que tentarem afetar nossa família, meu pai sempre fez questão até mesma dos seguranças que trabalham para nós, nenhum jamais será esquecido.
— Fala caçulinha — Ed, ele era o segundo mais novo dos membros — Vai ser chamado para a nova missão?
— Fazer o que se sou muito requisitado? — levantei os ombros e fui em direção a porta me adentrando cada vez mais no prédio, a sala do chefe ficava exatamente no centro da nossa base.
— Bom dia filho.
— Bom dia pai.
Meu pai estava verificando alguns arquivos junto com Gustav, o Consigliere.
— Porque me chamou?
Ele jogou os documentos na mesa junto de alguns arquivos e com a foto de um homem chamado Dylan Petri.
— Este homem causa a alguns anos problemas para nós, eu deveria ter cortado o m*l pela raiz, meu pai achou que acabando com aquele velho ele poderia ficar em paz, ele deixou então essa tarefa para mim e me ensinou que devemos fazer o certo independente da aparência do seu inimigo, ele já estava velho demais então deixei para que sua morte fosse ocorrer sozinha, o que realmente aconteceu, em seguida soubemos que ele passou toda sua herança para uma menino de rua mas não esperássemos que ele transformasse isso em seu império, hoje em dia ele possui diversas pessoas trabalhando para ele e nenhuma recebe por isso, todos possuem dívidas de vida com ele, sem exceções fazendo assim que nenhum de seus funcionários possa traí-lo ou até mesmo se desprender dessa vínculo com ele, a questão é que ultimamente ele parece estar planejando nos derrubar de pouco em pouco, primeiro começou interferindo nos nossos negócios e depois começou a caçar os nosso homens.
— Pai, se me permite ele passou completamente dos limites ao mexer com a nossa família, me deixe puni-lo.
— Eu admiro sua revolta, meu filho, mas estamos mexendo com um homem perigoso.
— Perigoso? Somos a maior máfia da terra, um bandido como ele não deveria ser nenhuma ameaça para a nossa família!
— Taylor, aquele homem em poucos anos conseguiu levantar um castelo para proteger ele, os homens que trabalham para ele são homens da rua que viverem nos subúrbios e não piscam sequer os olhos ao matar pessoas, aquilo não são ao menos seres humanos, e o líder dele e uma pessoa muito inteligente, se nao ele nao teria conseguido reunir aquele tipo de pessoa para ele, eles cometem crimes e assassinatos com pessoas inocentes, roubam o seu dinheiro como se fosse algo justo, essa é a força de Dylan Petri.
Este homem não me dava medo, por mais coisas sobre ele que meu pai me contasse e mesmo eu olhando a sua foto que mostram seus olhos sem vida e seus tamanho que podia parecer apavorante para algumas pessoas, ele sequer me dava medo, não porque eu duvidava da sua capacidade mas porque eu sei como ele cresceu, assim como eu viveu na miséria, eu também vivi no subúrbio, apanhava porque roubava comida para mim e para a minha mãe, as ruas ensinam através da dor, e essa dor eu senti muito bem ao perder minha mãe para as ruas, Dylan cresceu como um monstro mas eu cresci para fazer justiça.
— Nós recebíamos informações de uma das mulheres que trabalhavam para ele, ela nos revelou diversos crimes que ele fazia que nós já sabíamos mas ela pode nos confirmar que aquilo acontecia de fato, assim como seus homens sua mulheres também vinham das ruas e ele transformou todas ela para que trabalhassem por ele, sugou dinheiro com cassinos e boates para construir seus muros. Nós já sabemos boa parte do plano dele e com base nisso montamos a nossa estratégia para acabar com ele. Taylor, nesse primeiro passo você entrará liderando, eu confio que você fará esse trabalho perfeitamente filho.
— Não irei decepcioná-lo pai.
Depois que saí da sala fui treinar, o treino inteiro pensei naquele homem e apesar de nunca ter visto ele, não foi tão difícil pensar nele como meu inimigo, pensar assim facilita que eu não tenha pena e possa terminar a missão de forma inteligente sem nenhum deslize.
Saí discretamente e fui para a minha casa, no meio do caminho recebi uma mensagem.
— Não me ligue nunca mais seu desgraçado — li a mensagem para mim mesma — Quem é essa? Kalie? — eu não tinha muita sorte com mulheres, eu não entendia muito bem os seus sentimentos e por isso elas sempre acabavam se machucando e claro a culpa sempre foi toda minha.
Naquela noite eu deitei a minha cabeça e agradeci por finalmente conseguir dormir em paz, no dia seguinte me preparei, tomei o meu banho e me arrumei para ir malhar, eu sempre direcionei para o meu corpo todo sentimento r**m, transformei raiva em músculos e aprendi diversas lutas tanto de autodefesa como de ataque, em minha cintura sempre fica uma arma, desde as tentativas de sequestro da minha infância fui ensinado a estar sempre com um arma para poder me defender, nesse mundo obscuro sempre terão uma arma na mão e se você não tiver logo será morto, depois de treinar segui pra minha casa e fui para o segundo banho do dia.
Meu trabalho naquele dia seria me infiltrar nos lugares que Dylan Petri comanda, primeiro fui nos cassinos que se mantêm o dia inteiro aberto, eu pude observar em todos os lugares que fui que sempre tinham muitas mulheres, ela sempre estavam lá, ou seja, todas ela trabalhavam para ele.
— Está sozinho? — elas sempre se aproximavam da mesma forma e induziram você a gastar seu dinheiro nas máquinas ou em bebidas para elas.
Naquele dia eu tentei dormir com algumas delas mas aparentemente era proibido tocar nas mulheres de lá e ela te dava um cartão para que durante a noite fosse para a boate, lá você poderia tocar nas mulheres que ficavam na mesa com você, aquilo se chamava prostituiçao, crime.
Durante a noite fui para o lugar onde ela me deu o cartão, parecia uma balada comum mas no segundo andar ficavam algumas mesas que você tinha que comprar e dependendo de quantas pessoas algumas mulheres chegam e você pode escolher com quem dormir, no primeiro andar ficam algumas dançarinas.
— Me desculpe — enquanto eu andava pela multidao de pessoas do pirmeiro andar uma mulher se esbarrou em mim, seu longo cabelo n***o cheirava a rosas, ela usava roupas pretas de vinil e uma mascara preta de coelho.
Eu não podia ver o seu rosto mas fiquei encantado assim que a vi, quando subi em uma mesa com uma barra e começou a dançar eu senti algo na vida que eu nunca senti antes e o primeiro pensamento que tive foi: eu tenho que conhecer aquela mulher. Eu não havia esquecido qual era a minha missão, mas ajudar a tirar ela daquele lugar também foi algo que eu comecei a planejar.
Passei o resto da noite com os meus olhos passeando sobre ela assim como todos que estavam ali, ela era o tipo de mulher que onde passava todos os homens olhavam, eu estava determinado a falar com ela.
Enquanto estava submersa no meu próprio mundo vi ela descer da mesa e ir para um lugar isolado, me surpreendi no mesmo momento, ela havia se sentado no colo do homem que eu vi na foto, Dylan Petri.
— Um brinde a minha amada — ele apontou para a mulher que se vestia de coelhinha, senti meu chão desabar por completo,