Que comecem os jogos

1480 Words
19/02/XXXX 12h30 em NY — Senhor Petri, é um prazer vê-lo hoje! A muitos anos eu tenho trabalho para um mercado que faz muito dinheiro, onde homens gastam sem pensar nas consequências e isso me permite ganhar muito mais do que eu preciso para viver bem, trabalho com diversos outros homens e me acostumei em viver nesses lugares onde trabalho, hoje eu me reuni com Mcfadden um de tantos outros sócios que eu possuo. Alguns podem dizer que eu faço dinheiro sujo mas eu nunca forcei ninguém a trabalhar para mim ou a estar do meu lado, todos que vinham até mim eu acolhi mas por tudo se tem um preço, se eu tenho uma proposta eu tenho que haver uma troca e assim que esse mercado flui, a questão é que quando eu comecei a fazer isso não foi por mim mas alguém precisava ser intitulado o cara “m*l” que era frio o suficiente para apontar uma arma na cabeça de quem fosse e apenas ocorreu de esse ter que ser eu, em pouco tempo os negócios cresceram e cada vez mais pessoas estavam trabalhando para mim e assim eu consegui chegar ao sucesso mas nem sempre foi assim. Quando criança fui negligenciado pelos meus pais, minha família parecia ser uma família tradicional mas nem tudo é o que parece, meu pai tinha uma amante que era prostituda e com ela gastava todo o seu dinheiro, minha mãe não tinha um amante mas frequentemente ela dormia fora de casa e vivia em festas até ela nos largar para ficar com um velho rico, minha irma caminhou para a prostituiçao e eu virei uma criança que roubava na rua, até os meus 16 anos eu não sabia como sobreviver até visitar uma boate pela primeira, eu conheci o dono dela, era um senhor chamado Jeff que conhecia o meu pai já que a prostituta era de um dos bordéis que ele gerenciava, anos depois ele me tratava como seu próprio neto e ao revelar que estava em um câncer terminal ele passou todos os negócios dele para mim, não porque eu era competente mas porque ele não tinha nenhum outro que pudesse confiar e aos 19 anos eu já era dono desses lugares. Quem me criou foi o mundo e ele me fez ser quem eu sou hoje e cada vez mais eu me via ser alguém sem sentimento algum até eu encontrar alguém que exalava vida, em seus rosto suas expressões sempre mostrava o que ela estava pensando e por isso eu sempre fui fascinado por ela, ela veio para mim na mesma idade que eu me encontrei com Jeff e pela primeira vez eu entendi o sentimento daquele senhor para comigo, cada vez mais eu fica surpreso com suas atitudes e a forma como que ela cresceu. — Onde está sua mulher? — eu havia me perdido em meus pensamentos e me lembrei que naquele momento eu estava em uma reunião importante. — Temo que eu não seja casado. — Ora, você sabe de quem eu falo, ela quase não sai do seu lado, não vi ela lá fora hoje. — Carla precisou resolver outros assuntos hoje. Me recordei de horas atras ela estar com um dos homens da mafia, nosso rival direto que mexe nos nossos negócios, quando tinha 19 anos ela começou a se encontrar com eles para tentar escapar de mim mas eu estou nesses negócios a tanto tempo que se torna quase impossível não notar quando alguem esta me traindo, são muitos situações em que fui apunhalado pelas costas e eu precisei dar um fim nisso, com Carla era diferente, eu nao queria perder uma mulher preciosa, afinal ela quem faz boa parte do dinheiro que circula no nosso trabalho, eu uso ela atualmente para saber exatamente o que ela está planejando e em cima disso eu consigo ter sempre a vantagem. A reunião havia terminado rapidamente, logo que eu saí acendi um cigarro, a nicotina me faz aguentar escutar toda a merda que esses velhos falam, sempre vão ter pessoas que não sabem sobre nada mas tentam me bajular para conseguir algo, mas eles só me são úteis quando eu quero, no momento em que eu não preciso mais são todos descartados. — Você não está com uma cara muito boa — Carla se aproxima de mim e enfia sua mão no meu bolso para pegar um maço de cigarro e encostou o seu cigarro no meu para acendê-lo. — Você do contrário parece bem relaxada — ela encostou na parede ao meu lado. — Deveria fazer compras também, é bem divertido — eu dou um riso de lado, eu acho divertido ver a forma que ela mente. — Será que eu deveria tentar? — Eu apoio. Depois de conversar um pouco enquanto fumava nos dois entramos no carro e voltamos para casa. — Eu ainda tenho que comparecer a uma confraternização dos sócios — falei quando chegamos na porta de casa. — Claro, obviamente o dono tem que comparecer, tudo bem eu já entendi — ela me dá um beijo e desce do carro. Eu nunca levo Carla para essas reuniões, ela sempre se torna o alvo dos que tentam se aproximar de mim, eu já trouxe ela para esse mundo do dinheiro e da desonestidade e eu não quero afundar ela cada vez mais na minha própria vida, ela sabe se virar bem mas eu nao aguento ver aqueles velhos iguais urubus em cima de um animal prestes a morrer, ele ficam loucos para capturar sua presa, os sócios são uma faca de dois gumes e eu sou o único que pode lidar com eles, ou foi aquilo que eu pensei. Residência Petri 14h57 Aquele era o momento de eu entrar na cena, Dylan tinha acabado de sair e isso me possibilitava ter liberdade para vasculhar seu quarto e achar alguma informação útil, eu teria o dia inteiro que ele vai ficar fora para procurar e assim eu fiz, ele nao costuma de fato resolver seus negócios em casa mas uma vez ou outra ele trazia alguns documentos e relatórios para analisar logo ao acordar, pelo menos hoje eu deveria achar esses documentos da manhã, me tranquei no quarto e comecei pela minha procura, minhas costas ainda me pediam socorro mas aquele era um momento que eu não podia desperdiçar. Já estava escurecendo, olhei no relógio e eram seis horas da noite e eu finalmente consegui achar um papel relevante e meus olhos se arregalaram ao abrir a pasta, ele tinha fotos de minha desde quando eu comecei a me encontrar com a máfia. — Então ele sabe… — sussurrei para mim mesma. Imediatamente um frio me percorreu a espinha porque eu sabia que eu estava em risco de vida, mas o que não entrava na minha cabeça era porque eu estava viva até agora, nenhum de seus traidores saem ilesos, são torturados e mortos por trair sua confiança mas os únicos que ele não matava eram… — Seus sócios, ele usa eles até extrair o máximo possível e em seguida joga-os fora. Esse provavelmente seria o meu futuro, se ele ainda me deixa viva então tem um bom motivo para isso, ele sabia dos meus planos e talvez também esteja sabendo dos planos da máfia, eu precisava ser um pouco mais cautelosa mas eu também não poderia ficar parada. Naquela hora a festa ainda estava acontecendo, eu precisava ser rápida, talvez eu esteja correndo um risco agora mesmo mas não pode piorar mais do que isso. — Hector? Pode me buscar e me levar até ai? Obrigada — desliguei o celular e respirei fundo — Hora do plano B! Meu plano A: cooperar com a máfia para poder ser liberta e Plano B: usar os sócios de Dylan para extrair informações e derrubar de dentro para fora o seu poder. Meu plano B era o mais complexo, mas era o que eu conseguiria fazer no momento, meu primeiro passo: usar as ferramentas que me foram dadas, quando o assunto é seduzir homens e manipular não existe mulher que faça isso melhor que eu. Me vesti em vestido tubinho preto brilhante, elegante mas sexy acertando nas curvas certas, enquanto me arrumava Hector chegou com o carro e logo me perfumei e fui correndo até a festa. Chegando pude ver inúmeras mulheres, eu estava acostumada com aquele tipo de cena e muito mais que isso. — Senhorita Carla? Que prazer vê-la aqui hoje! Pensei que Dylan havia dito que você estava muito ocupada — dei um sorriso gentil para ele. — Consegui arranjar algum tempo para vir, não conte a Dylan que já cheguei, ele jamais me deixaria aproveitar a festa. — Claro, eu guardo esse segredinho para você. O peixe estava mordendo a isca muito bem e eu estava pronta para puxar a corda, que comecem os jogos Dylan.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD