As coisa tem estado caóticas desde que eu tranquei Carla em casa, só de pensar em perdê-la eu sentia algo que nunca havia sentido antes e pela primeira vez em muitos anos eu me senti assustado, eu sentia que não podia nem ao menos oljhar em seu rosto, eu nunca deixei que ela visse a pessoa que eu era de verdade, eu queria que ela visse apenas o Dylan chefe e que a levava para a cama, apesar de crescer em um ambiente horrível como eu ela não merecia ver nenhuma das coisas horríveis que ocorriam por trás de tudo, morte, assinatos e corpos vazios.
Passei muito tempo vendo sangue todos os dias para que ficasse o mais seguro para ele mas sem que eu percebersse eu estava alimentando a Carla que eu vi assim que eu a resgatei, eu estava alimentando a sede dela de viver e de ver a minha cabeça rolando no chão, os dias estavam se tornando cada vez mais escuros a cada pessoa que eu matava com minhas próprias mãos, eu sabia que aquele dia chegaria, eu já havia matado antes mas agora tudo tinha tornado diferente, nada fazia mais sentido, quando tudo finalmente terminou eu achava que estaria tudo em paz, que eu estaria feliz em vê-la novamente mas nós havíamos nos tornado duas pessoas completamente diferentes, sedativos não era mais necessário, a b***a — como todos antes me chamavam — havia se tornado alguém fraco, eu não me importava mais em matar, a cor vermelha se tornou algo comum, eu era uma casca vazia.
Eu sequer pude ter alguma reação assim que pude ver Carla novamente, tudo que eu sentia se tornou em nada, tudo era apenas trabalho e trablhado, Carla já havia se tornado uma mulher adulta com poderes de sedução muito mais efetivos e em seus olhos eu podia ver o mesmo que eu via quando olhava para mim mesmo, eu havia transformado ela em mim mesmo.
Do lado de fora do hospital:
Eu havia saído um pouco para fumar um cigarro, o tempo todo passavam médidos desesparados e alguns dos homens mais confiáveis de Dylan, apesar de toda a surpresa agora eu estava tranqula, aquele era apenas o priemeiro passo para a ruína de Dylan Petri.
— Senhora — falou Hector que acabara de correr para perto de mim — o senhor acabou de acordar!
Eu não sabia como eu deveria reagir, deveria estar feliz por ele ter despertado? Deveria estar triste por ele ter sido quase morto? Eu não comseguia sentir nada disso, muito pelo ocntrário, eu tinha que conter o meu sorriso durante quase todo o tempo, um ferimento era nada demias para um homem grande como ele, eu queria machucar o que era mais importante para ele.
Quando entrei na sala ele sequer virou a cabeça para me olhar.
— Você está bem? — uma pergunta falsa.
— Estou — e uma resposta falsa.
Era assim que seria o nosso relacionamento a partir de agora.
No mesmo dia ele havia recebido alta já que de acordo com o plano de Taylor esse seria apenas um alerta, uma fomas de dizer “nós estamos chegando”, os próximos passos de Dylan eram fáceis de decifrar, assim que recuperasse a sua consciencia ele mandaria seus homens procurar de onde que atiraram, uma investigação rápida e facilmente eles achariam o culpado, mas assim que seus homens chegassem na localização eles caíriam em uma armadilha, seriam pegos e interrogados, em seguida seriam mortos e entregues na porta da casa de Dylan, esse seria só o começo do m******e que viria a seguir.
Haveria ainda muito derramamento de sangue e por esse motivo Taylor acha melhor que eu fuja assim como eu havia feito, depois de tantos ataques eu seria a última preocupação de Dylan. Mas eu já passei do tempo de ser apenas uma princesa esperando para que alguém a salvasse, fugir seria a resposta mais sensata mas eu não queria apenas fugir mais, eu não queria apenas a minha liberdade, eu queria destruir ele completamente e então finalmente me sentir em paz sabendo que seu corpo estava enterrado de baixo da terra e ele nunca mais estaria atrás de mim.
— Senhora? — pisquei rapidamente e saí dos meus pensamentos.
Havíamos acabado de sair do hospital e o carro já havia chegado em casa.
Eu já estava com o meu quarto separado então assim que eu entrei fui direto para lá, a melhor forma de me comunicar com o Taylor era através de ligação mas era arriscado falar algo mesmo estando no meu próprio quarto, e assim decidimos mandar mensagens anônimas um para o outro.
“Quando você acha que a máfia vai agir?”
“Eles já estão prontos, Dylan precisa dar o primeiro passo”.
Aquelas foram as mensagens que trocamos enquanto eu ainda estava esperando o Dylan no hospital, enquanto eu olhava o celular me assustei com uma batida repentina na porta, só havia uma pessoa que bateria forte na porta daquela forma mesmo estando fraco. Escondi rapidamente o meu celular e fui abrir a porta, o corpo de Dylan caiu sobre mim mas não totalmente — se fosse dessa forma provavelemente eu rpecisaria de ajuda para me levantar — o que me permitiu levá-lo até a minha cama, voltei novamente para encostar a porta e olhei para ele, ele estava largado com o braço cobrindo a sua testa.
Porque ele veio até o meu quarto naquele momento? O que ele queria de mim? Me aproximei lentamente e vi que seus olhos estavam fechados, me senti tentada, eu tinha uma arma e uma faca, eu poderia matá-lo ali mesmo, mas não era assim que as coisas funcionavam, se fosse tão fácil a máfia não precisaria de um plano para matar ele.
Eu estava sentada ao seu lado e senti repentinamente sua mão sobre o meu quabril, em seguida ele me abraçou.
— Você está louco? — perguntei indignada, aquilo não era sua atitude comum — Por acaso está doente?
Ele continuou sem se importar com as minhas queixas, eu não podia simplesmente me soltar de suas mãos fortes então eu dormi ali mesmo.
Quando acordei no dia seguinte Dylan já não estava mais ao meu lado, tomei um banho e coloquei o meu roupão, depois que fiz todos os meus cuidados diários eu desci para tomar o café da manhâ, quando desci as escadas vi que Dylan estava saindo de casa, assim que ele abriu a porta algo havia caído do telhado e algo vermelho escorria manchando a sua cabeça de sangue.
Eu já sabia que isso iria acontecer mas eu não sabia que seria dessa forma, eu não esperava que eu ficasse assim tão surpresa com o acontecimento, Dylan convovou uma reunião de emergência e foi embora, alguns funcionários foram correndo limpar os corpos, me vesti rapidamente e mandei Hector me levar para o local da reunião, eu tinha que saber o que ele iria fazer e quais seriam os seus próximos passos.
Em algum lugar escondido:
Ela não havia aparecido como normalmente e isso durante uma semna, não muito tempo depois as notcias começaram a correr e chegaram até os meus ouvidos, Dylan estava sendo atacado e havia trancado Carla em sua casa, muitas pessoas estavam envolvidas, aquela seriam uma guerra que iria demorar, meu pai aproveitou o momento para fazer o seu plano, ele iria atacar Dylan quando ele estava mais fraco, pela primeira vez eu fui chamado até a casa da minha família onde eu finalmente seria reconhecido e introduzido como um dos membros. Houve uma grande festa em meu nome com as pessoas comemorando a minha chegada, muitos não ficaram felizes, eles não conheciam o filho do chefe e não sabiam se ele era confiável, mas na máfia sempre se pe fiel a família independente de quem esteja no topo, claro que um bom líder impõe respeito, minha tarefa seria mostrar o meu valor, eu era um dos principais envolvidos para que Dylan caísse, sua ruína seria a minha vitória, mas eu lutava por algo maior que a minha posição.
Comecei então a morar na casa da família e ajudar em todo o plano, aquilo era tudo que eu poderia fazer enquanto Carla estava trancafiada naquela casa, foi difícil suportar mas quando me dei conta o tempo já havia passado e Carla finalmente estava de volta.
Quando a vi pela primeira vez depois de anos eu percebi de imediato a sua mudança, ela estava ainda mais bela e ainda mais cativante, sua sensualidade exalava em cada movimento que fazia e em cada parte do seu corpo, ela havia se tornado a mulher que nasceu para ser, deixou de pertencer a alguém e então pertenceu a si mesma.
— Ele mordeu a isca — alguém falou.
No mesmo momento eu levantei a cabeça, estávamos em uma reunião, o primeiro passo já havia sido dado, foi naquele momento em que todos perceberam que finalmente começou, muito sangue seria derramado mas um dos lados teria que sair vitorioso.
Eu nem conseguia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo, foi tanto tempo planejando que parecia algo irreal, mas agora não era mais, eu tinha que me preparar junto com a Carla, eu tinha que tirar ele o mais rápido possível dali.
Tudo estava seguindo com o plano e isso signifcava que estávamos na vantagem pois nós sabiamos os próximos passos, não haveria como ele descobrir o que estávamos planejando a não ser é claro por um traidor.
De repente tudo havia mudado, agora estávamos com as armas apontados um para o outro, tudo isso em um segundo, havia uma falha no plano e ela foi exposta.
— Se acalme, agir dessa forma não vai mostrar o traidor, todos sabemos do juramento, não irá restar muito tempo para ele-
A frase de meu pai foi cortada ao meio, um dos que estavam na mesa acabara de se matar, havia atirado em sua própria cabeça, o traidor havia sido encontrado e antes que pudesse contar algo ele já havia se matado, ele havia passado infromações preciosas nossas e não tinhamos nenhuma informações deles.
Já estava tarde da noite e eu retirei para o meu quarto, tirei a parte de cima do meu terno e joguei em qualquer canto, quando eu pensei que tinhamos começado com o pé direito…
O celular no meu bolso vibrou, era uma mensagem.
“Dylan convocou uma reunião e eu fui barrada, não pude escutar o que ele planeja, mas não se preocupe, logo darei um jeito”
“Não se esforçe demais, tivemos problemas do nosso lado, aparentemente tinha um traidor entre nós”
“ Isso é um problema. Dylan parecia estar em transe mas eu acho que ele está preparado para lutar agora”.
Nossas últimas conversas haviam se tornado apenas negócios, e eu não estava nada feliz por aquilo.
Peguei uma garrafa de tequila que havia e coloquei em um copo, enquanto eu tomava eu encarava aquelas mensagens na esperança de receber algo que nem mesmo eu sabia o que era, eu sabia que eu não podia ligá-la mas a ganância me fazia pensar ao contrário, quando a bebida começou a fazer efeito surgiu em mim a coragem, eu esperava que eu estivesse ligando em vão mas quando ela atendeu e eu pude ouvir sua voz então eu senti que valeu a pena.
— Alô? — ela respondeu, eu precisava falar algo mas as palavras não queriam sair da minha boca.
— Carla… — eu só conseguia dizer seu nome.
— Aconteceu alguma coisa? — ela perguntou, no fundo eu conseguia ouvir uma música suave e o barulho de chuveiro.
— Eu atrapalhei você?
— Não, eu estava apenas indo tomar banho.
— Desculpe por ligar agora, eu sei que o que você falou…
— Não se preocupe com isso.
Eu não sabia mais o que dizer, desde o começo eu nem esperava que ela me atendesse.
— Você quer sair? — o que eu estava perguntando?
Ela ficou em silêncio, claro que ela não aceitaria, tantas coisas estavam acontecendo, a gente não podia simplesmente sair e fingir que não tinha coisas caóticas rolando.
— Claro.