bc

SENTIMENTO PECAMINOSO

book_age18+
143
FOLLOW
1K
READ
HE
heir/heiress
drama
secrets
like
intro-logo
Blurb

Beth Coldwell não deveria estar apaixonada por Christian Henderson. Ela é uma adolescente. Ele é um homem adulto. Ela queria poder se importar com a convenção, mas ela é uma órfã morrendo de uma doença cardíaca, então, ela estava decidida que poderia estar apaixonada por quem ela quisesse. Afinal, ela só tem alguns dias de vida antes de uma operação no coração da qual ela pode nunca acordar. Além disso, ele não está apaixonado por ela. Isso está claro.

A única coisa que ele sente, é pena por ela… Tanta pena, que ele está ao lado dela, como se pudesse proteger ela da morte.

Ele sofre, por não poder fazer nada. De repente, ele pode fazer qualquer coisa, e luta para que ela possa conseguir a operação que precisa.

Ele é capaz de fazer qualquer coisa para salvar Beth, e ele fará. Ele só não imaginou que um dia teria que proteger ela dele mesmo.

chap-preview
Free preview
CAPITULO 1
— O que está acontecendo? Eu sussurrei, assustada na escuridão. — Estou carregando você. Christian disse suavemente. Embora ele fosse familiar, a sensação dos seus braços ao meu redor não era. Ele me levantou da cama como se eu não pesasse nada. Na cadeira de balanço, ele acomodou a minha cabeça no espaço entre o seu queixo e o seu ombro. A sua respiração desceu pelo meu nariz para parar nas curvas úmidas dos meus lábios. Eu tive que manter a calma. Se eu mostrasse que estava animada, os monitores iriam disparar, e as enfermeiras entrariam. E esse momento seria perdido. Eu tive que ficar firme, fingir que o seu calor, a sua forma e a sua proximidade não significavam nada. — Por que você está fazendo isso? Perguntei. Embora eu nunca tivesse recebido tanto dele, eu já queria entender o que precisava fazer para receber mais dele. — O médico contou para você, algo sobre a minha cirurgia que ele não me contou? — Não. Disse Christian, afastando o meu cabelo do rosto. O quarto estava azul-escuro, mas havia raios de luz por toda parte: os meus monitores piscando, as luzes do prédio do outro lado do pátio e a faixa de luz amarela sob a porta. Balançamos em ritmo de valsa na cadeira de balanço, quase como se estivéssemos dançando. A cadeira que estava no meu quarto, era uma cadeira de acompanhante. Porque eu ainda era jovem o suficiente para ficar na ala pediátrica do hospital. Quando olhei para ele, tentei não pensar em todas as crianças mortas que tinham sido embaladas e sentiu o seu último momento de conforto, antes de darem aqueles passos fatídicos para o mundo dos espíritos. Christian, o meu suposto anjo da guarda, me segurou como uma princesa naquela cadeira, perto dos meus monitores. Ele nunca tinha me embalado antes e certamente nunca me visitou no meio da noite. Ele não deveria estar aqui, fora do horário de visita, mas estava. O maior presente que já recebi até hoje. Eu me pego pensando onde está a Senhora Will. Ela deveria estar dormindo e roncando, agora mesmo na cama que está intacta. Ela não veio? Não, que a presença dela fizesse muita diferença. Ela só falava comigo o essencial. As noites sozinhas no hospital eram as mais difíceis. Quantas vezes sonhei que alguém estava ali comigo, me abraçando? Alguém que realmente se importe, e não uma senhora com mais de 60 anos, que está aqui apenas pelo dinheiro e não tem nenhum sentimento por mim. Estremeci de felicidade. Ele puxou um cobertor sobre o meu corpo e me aconchegou como uma garotinha, ele não imaginava, que o meu tremor era por estar nos braços dele. Eu fechei os olhos para aproveitar o só momento. Ele cheirava a perfume caro e o seu cheiro era de um homem adulto, justamente o que ele era. Ele não estava me segurando por causa dos meus sonhos de menina. Ele simplesmente não teve coragem de ficar ausente. As adolescentes que morriam de doenças cardíacas eram irresistíveis, pois não podiam ser deixadas sozinhas. Os seus sentimentos por mim não poderiam ser o que eu desejava. Ele se sentou na cadeira e me abraçou, uma garota tão perfeitamente à beira da morte, e me embalou como se quisesse me fazer dormir. Se eu estivesse morrendo em circunstâncias normais, talvez ele não tivesse me visitado depois da meia-noite. Talvez ele nem estivesse aqui. A minha tragédia foi mais profunda do que a morte que se aproximava de mim. Três meses antes, os meus pais haviam morrido num acidente de carro. Foi um acidente impensado. A minha mãe estava dirigindo, enquanto o meu pai dormia no banco do carona, numa noite chuvosa, enquanto ela passava batom, bateu nas vigas de sustentação de uma ponte. Ela matou os dois instantaneamente, simplesmente por que achava que estava bonita o suficiente. O problema é que nunca tive muito contato com os meus pais incrivelmente ricos. Eu estava sempre longe deles, com babás e professores, que tentavam me ensinar balé e tocar piano. Eu era apenas uma medíocre menina, em qualquer uma dessas atividades pagas. A minha mãe não era boa nisso. Ela dizia que não era boa em ser mãe. A única coisa que a minha mãe era realmente boa, era em parecer bonita, algo em que ela era incrivelmente habilidosa. Infelizmente, consegui não me parecer em nada com ela. O mais próximo que estive dos meus pais foi quando eles descobriram que eu estava doente e que a minha vida estava em perigo. Eles me apalparam e me acariciaram como se eu fosse um cachorrinho obediente, e disseram que tudo ficaria bem. Mas, aquela atenção não durou. Não poderia durar. As crianças não eram apenas uma companhia incrivelmente chata para as socialites, mas a tristeza que acompanhava as frequentes internações hospitalares teve um impacto incrível sobre eles. Eles não conseguiram lidar com isso. Eu não estava melhorando e o meu declínio não foi rápido o suficiente para ser uma fonte de drama substancial para alimentá- los. Foi quando o meu pai me deu um presente. Ele não entendia muito sobre mim ou sobre as minhas necessidades específicas, mas entendia que eu não deveria ficar sozinha. Ele pediu ao meu padrinho, Christian Henderson, que cuidasse de mim. Papai precisava que o meu padrinho assumisse a minha tutela, já que nenhum dos meus pais morava em Edmonton, onde eu estava recebendo tratamento. Ele precisava de alguém que pudesse entender, então, ele me deu Christian. E Christian foi glorioso. Ele era paciente, atencioso, inteligente, tão charmoso e conquistador de corações que era impossível explicar. Eu gostava mais dele do que de todos os médicos. Ele era um homem, eu não sabia sua idade exata, mas, ele devia ter uns trinta anos, talvez um pouco mais. Ele usava coletes de botão que sugeriam músculos magros por baixo e tinha o hábito de transformar todo o seu corpo em nada além de ângulos. Ele apoiava o cotovelo no joelho e colocava o dedo indicador na têmpora para fazer triângulos e losangos com os seus memb*ros. A sua voz, era sempre música para os meus ouvidos. Às vezes, ele colocava um dedo na ponte do nariz e o outro entre as sobrancelhas e olhava para mim através do ângulo dos dedos, como se estivesse olhando para mim através de um vidro que o ajudava a ver melhor. Na verdade, percebi que até ele me olhar daquele jeito, eu nunca tinha sido vista. Quando os meus olhos encontraram os dele timidamente, pensei que nem os meus pais, nem eu estávamos indo para um lugar terrível no além. Afinal, tinha que haver um céu, já que existia um Chistian. Eu sabia por que ele estava aqui, na verdade. Eu faria uma cirurgia em alguns dias e havia uma possibilidade muito real de eu não acordar dela. Ele me abraçou e eu não conseguia me sentir sozinha, porque ele estava lá. Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e disse suavemente: você não precisa se preocupar com isso. Eu estou bem. Não importa o que aconteça agora. Eu vou ficar bem. Os seus olhos se voltaram para mim. — Não faz diferença. Eu disse, continuando indiferente. — Eu vou morrer em breve. Você sabe as chances de eu viver depois da minha cirurgia não são boas. Era por isso que os meus pais não quiseram estar comigo. A minha mãe não suportava me ver morrer, e agora ela não vai ver mesmo. Assim como a garotinha que morreu no quarto ao lado na semana passada, não havera muitas pessoas para ver quando eu sair deste mundo. Não importa, porque eu m*al estive aqui. Eu esperava que as minhas palavras aliviassem um pouco a pressão que ele sentia, mas eu tinha apenas quatorze anos e não sabia como fazer com que ele sentisse o alívio que eu queria para ele. Christian olhou para mim e os seus olhos eram cheios de compaixão e inquietação pessoal. — E se eu fosse a sua fada madrinha e pudesse conceder para você um último desejo? Se eu fosse o seu pai, eu concederia todos os desejos que você quisesse. Eu fiz uma careta. — A última coisa que quero é que você seja o meu pai. O meu peito doeu e coloquei a mão nele. Christian ergueu a minha mão livre e mediu a minha frequência cardíaca. Ele nunca prestou atenção aos monitores e insistiu em sentir o meu coração por si mesmo. Meu corpo me traiu ao mostrar meu entusiasmo. Christian podia sentir a diferença. Ele não gostou do resultado e apertou o botão de chamada.

editor-pick
Dreame-Editor's pick

bc

Uma virgem em minha Cama

read
123.2K
bc

A Princesa Prometida do Mafioso

read
1.5K
bc

Obcecado pela irmã (MORRO)

read
64.8K
bc

Aliança com a Máfia - Herdeiros

read
31.4K
bc

Fortemente quebrados

read
1.9K
bc

Depois do seu Olhar

read
6.8K
bc

LÁGRIMAS DE SANGUE - MÁFIA

read
24.7K

Scan code to download app

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook