Capítulo 02

2260 Words
Cheguei pontualmente às oito horas e fui direto para minha mesa. Késia já estava sentada e me olhou curiosa se aproximando e parando em minha frente. - Mel! Você está bem? Não consegui encarar minha amiga e respondi de cabeça baixa. - Tudo ótimo. Késia deu uma risadinha. - Tudo ótimo? Com essa cara? Você parece que nem dormiu. Realmente eu não tinha dormido muito bem. - Não foi nada, fiquei pensando numas coisas ai. Késia me conhecia muito bem e sabia que eu estava escondendo alguma coisa. - Tudo bem, depois você me conta, porque eu sei que tem alguma coisa ai nessa cabecinha. Quando Késia se afastou, respirei fundo e tentei controlar as batidas do meu coração. Como iria permanecer ali depois de ter transado feito uma v***a com o chefe? Minha mente se voltou para o momento seguinte aquela declaração e desejei morrer de vergonha. - Você é louco! Você sabia que eu sou sua funcionária e não me disse nada! Ele tinha olhado descaradamente para mim. - Se eu dissesse, você teria aceitado vim aqui? - Claro que não! Ele virou e pegou um copo de água calmamente na geladeira. - Por isso que não falei. Eu andava de um lado para outro nervosa. - Como vou continuar trabalhando lá? - Do mesmo jeito, ora. - Como vou encarar você depois de tudo que fizemos aqui? Ele arqueou uma sobrancelha. - Você não precisa me encarar. - Como assim? - Lá é ambiente de trabalho. O que fizemos aqui, fica aqui. - Você me enganou! Não gostei nada dessa história! Ele se aproximou e me segurou pela cintura fazendo meu corpo colar ao dele de cima a baixo. Antes que o desejo me traísse empurrei-o e peguei minha bolsa indo em direção à porta. - Me solte, eu vou embora. Ele apenas me olhou rindo. - Até amanhã ruivinha, e não se atrase. Sai voando do apartamento dele e em casa passei boa parte da noite, rolando na cama pensando na loucura que eu tinha feito. Agora estava ali, morrendo de expectativa de como seria aquele dia de trabalho. Késia tinha me passado a incumbência de refazer o artigo do dia anterior e passei boa parte da manhã naquela tarefa. Almocei com késia e Danielle na cantina da empresa, que ficava no andar de cima da redação. Daniele era uma n***a alta de corpo escultural que falava pelos cotovelos. Pareceu que não gostou muito de mim e me olhava meio de cima como se me considerasse um ser insignificante e sem importância. Fingi não perceber aquela animosidade da parte dela e procurei interagir de forma natural. Quando voltamos para a redação percebi algo estranho no ambiente. Todos estavam calados e concentrados em suas mesas. O motivo daquele silencio estava encostado na mesa de Késia com as mãos enfiadas nos bolsos da calça e balançava a perna impaciente. Késia era uma das funcionárias mais antigas daquela empresa e era a única que tinha certa liberdade com o chefe, e por isso ele passava as ordem através dela para o restante da equipe. Ele olhou o relógio e nos encarou com ar de superioridade. - O intervalo de almoço é de apenas 30 minutos senhoritas. Estou a quase 1 hora aqui de plantão esperando pelas princesas encantadas. Aquela voz penetrou em minha cabeça e me transportou para outro momento que não deveria ser lembrado naquela hora. Evitei olhar para ele e Késia salvou a situação. - Sr. Ruan! Não sabia que estava aqui. - Mas estou Késia e quero uma reunião agora na minha sala. - Reunião com todos? - Sem dispensar ninguém. Levantei o olhar para ele e eu podia jurar que ele estava fazendo esforço para não ri. Foi impossível não perceber a mudança de comportamento de Danielle na frente dele. Ela o olhava como ele fosse um doce raro que estava ao alcance dela, mas que não podia pegar. Não era de se admirar. Ruan Medeiros era lindo de morrer e aquela pose de homem poderoso e sexy realmente destruía corações. Acho que metade daquele escritório devia ser apaixonada por ele. Imaginem se soubessem que passei horas cavalgando no p*u daquele homem. Se ele teve ou tinha alguma coisa com a Daniele não deixou isso transparecer, porque nem olhou para a cara dela e aquilo pareceu aborrecê-la um pouco pois ela nem esperou que ele terminasse de falar e passou direto para a  mesa dela. Ele então deu uma última olhada para a redação como se conferisse se todos estavam em seus devidos lugares e virou-se em direção ao elevador. - Espero todos em 10 minutos. Késia suspirou e sentou pesadamente em sua cadeira. - Aff! o que eu fiz para merecer um chefe desses? - Ele me pareceu simpático. Késia me olhou de boca aberta. - Espere até ele colocar os olhos em você. Ele já colocou os olhos, as mãos e todo o resto.                                       *** Alguns minutos depois todos estavam sentados na imensa sala de vidro, no vigésimo andar do prédio. A sala dele era uma coisa de outro mundo. Uma mesa enorme de madeira polida e brilhante bem ao lado da janela de vidro que deixava ver o mar ao fundo. Um sofá de couro enorme e vários quadros pendurado na parede. Um tapete macio que afundava os pés e uma mesinha de centro vermelha quebrando a seriedade do ambiente. Tudo ali denunciava riqueza e poder e combinavam exatamente com o homem alto e bem vestido que estava atrás da mesa falando em Iphone de última geração. O olhar dele encontrou o meu e ele fez um leve aceno com a cabeça, quase imperceptível para as outras pessoas daquela sala. Meu coração palpitava, mas agora eu já estava mais calma. Que culpa eu tinha daquele cretino ter me engando e me levado para a cama sem dizer que era meu chefe? Ele agora que lidasse com a situação. O que eu queria mesmo era trabalhar e ganhar meu dinheiro. Ele iniciou a reunião, apresentando o artigo que tinha feito sobre a retratação com o prefeito da cidade e colocando que desta vez faríamos também uma matéria de apresentação do empreendimento imobiliário, mostrando fotos e depoimentos dos moradores. Ruan não parecia muito empolgado com aquele matéria, mas acho que foi de certa forma obrigado a fazer por causa da notícia anterior. - Quero que a Srta. Melina escreva a matéria, gostei da forma como ela escreve. Eu senti todos os olhares voltados para mim. Com certeza aquilo desagradou alguns veteranos ali, mas era a minha oportunidade de mostrar meu serviço. - Tentarei fazer o melhor, senhor Ruan. Ele me olhou sério. - Não quero que tente Melina, quero que faça o melhor. Késia segurou o riso. - Farei sim. - Quero uma reunião apenas com você, para mostrar os detalhes do empreendimento para que você saiba do que vai falar. Engoli em seco. - Uma reunião só comigo?! Ele estava rindo de mim, com certeza. - Sim. Algum problema? - N... não. Ele voltou-se para as outras pessoas. - Podem ir. Quando a última pessoa saiu ele foi até a porta e trancou. Voltou-se e parou em minha frente. - Pronta? - Claro! - Então tira a roupa. Pensei não ter ouvido direito o que ele disse. - Como!? Ele se aproximou de mim e segurou meu queixo puxando meu rosto para bem perto do dele. A boca quase encostada na minha e deu aquela risadinha que não deixava dúvidas que sabia o poder que exercia sobre mim. Pegou minha mão e colocou sobre o p*u dele duro feito uma pedra. - Não posso conduzir uma reunião desse jeito, concorda? Que safado! Por isso ele dispensou todo mundo.  Tentei parecer o mais profissional possível e puxei a mão. - Não acho que aqui seja o lugar para isso. Ele já puxava minha blusa de dentro da saia e afrouxava o nó da própria gravata. - Que foi? Vai contestar seu chefe agora? - Alguém pode chegar aqui. Ele deu uma gargalhada e continuou desabotoando o cinto. - Quem é louco? Quem chegar aqui agora está demitido. Ele terminou de abrir o cinto e empurrou a calça para baixo juntamente com a cueca boxer e eu me vi frente a frente com um p*u duro que não admitia outra situação que não fosse ser saciado naquela hora. - E então ruivinha, vem aqui cuidar do seu chefinho. Eu estava apenas de saia e sutiã e me aproximei devagar tocando-o timidamente com a mão. - Eu não sou essa pessoa que você tá pensando. Não vou ter um caso com você. Ele me pegou no colo como se eu fosse uma pena e me colocou em cima da mesa levantando minha saia e enfiando a mão por baixo em busca da minha calcinha. - Certo, depois você me fala que tipo de pessoa você é, agora abre as pernas. Jesus! Como aquele homem podia me dominar daquele jeito? Minhas mãos tremiam e um calor desceu pelo meu ventre e respondeu molhando a calcinha que Ruan já tirava raspando os dedos em minha b****a úmida. Sem outra opção me deixei ficar ali em cima da mesa, sem calcinha e louca para sentir de novo aquele sensação de prazer intenso que tinha vivido com ele na noite anterior. Ele me puxou e grudou a boca na minha enquanto enfiava dois dedos dentro da minha b****a. Ele enfiava os dedos nos mesmo ritmo que a língua quente invadia minha boca arrancando gemidos agoniados do fundo da minha garganta. - Ta doidinha pra me sentir dentro de você  não é ruivinha? Agora não tinha jeito, era se entregar e pronto. - Então, tá esperando o que chefinho? Colocar uma camisinha nunca pareceu demorar tanto, mesmo com a habilidade que ele demonstrou com o envelope e no minuto seguinte eu trincava os dentes tentando não gritar ao sentir todo aquele volume abrindo espaço dentro de mim até não restar nenhum espaço entre nós. Ele parou um pouco e lambeu meus s***s enquanto eu cruzava as pernas nas costas dele prendendo-o junto ao meu corpo. Joguei a cabeça para trás e mordi os lábios ao senti-lo entrar e sair do meu corpo em arremetidas longas e profundas. - Pode gritar ruivinha, aqui ninguém vai te ouvir não. Como um homem podia ser tão sexy e gostoso? Ele passava as mãos em minha barriga, subia para os s***s, apertava meu pescoço, sem no entanto parecer grosseiro ou violento. Ele era um mestre na arte da dar prazer e aquilo estava me deixando tremula e eu senti que ia gozar. - Ruan... - Isso ruivinha, fala meu nome enquanto você goza, vai.... Enfiei as unhas nas costas dele e senti o orgasmo vindo em ondas sucessivas fazendo meu corpo se retesar ao mesmo tempo que ele mordia meus lábios gemendo e apertando minha b***a. - Ai gata malvada, assim você me mata! Senti que ele também enrijecia o corpo aumentando a velocidade dos movimentos até soltar um gemido longo e profundo ficando imóvel completamente dentro de mim. Depois de alguns minutos e ele se afastou e tirou a camisinha enrolando em um lenço de papel. Pegou outro lenço e se aproximou passando em minha b****a dolorida enquanto me beijava de novo. Naqueles poucos meses de namoro que eu tive, o David nunca teve aquele cuidado comigo depois do sexo e aquilo me deixou feliz e eu me senti de certa forma respeitada por ele, mesmo depois daqueles dois encontros nada convencionais. Desci da mesa e ajeitei minha roupa observando ele vestir a calça e abotoar o cinto. - Não foi certo o que fizemos? Ele riu com o canto da boca. - Certo ruivinha? Certo para quem? Eu achei certo e dai? - Estamos no trabalho, alguém pode desconfiar Ele deu a volta e sentou na cadeira alta do outro lado da mesa. - Esta empresa é minha, esta sala é minha, eu como quem eu quiser dentro dela. Eu tive que ri do jeito que ele falou. - Não quero que fale assim comigo, não sou uma qualquer que você come a hora que quer. - Desculpe, não falei pensando nisso, foi só uma expressão. Eu estava agoniada com aquela situação. - O que viu em mim? Posso saber porque me meteu nessa enrascada? Ele me olhou meio de lado parecendo pensativo, depois encolheu os ombros. - Sei lá, quando vi currículo aqui na minha e olhei para sua foto me encantei por essa carinha linda cheias de sardas e pensei: eu vou levar essa garota para minha cama. E então eu investiguei um pouco sobre você e pronto, resolvi seguir meus instintos. - Investigou minha vida?! Como assim? -Nada demais, perguntei pra sua amiga késia e mandei meu segurança seguir você uma semana e ai descobrir onde você mora, onde vai e coisinhas assim. Olhei para um pouco decepcionada. - Você jogou sujo comigo. Já me conhecia e eu não sabia nada sobre você. Ele veio até mim e acariciou eu rosto. - Perdão, deveria ter falado, mas achei o jogo interessante e resolvi brincar, mas juro que não pensei nada r**m de você. Me afastei dele e sentei na cadeira em frente á mesa. - Podemos falar sobre o artigo que vou escrever? Se demorar mais um pouco não terei o que explicar para as meninas, ou vai querer que eu diga que estava transando com o chefe? Ele voltou para a cadeira e me encarou. - Boa menina, está aprendendo a dividir as coisas hein! Vamos falar de trabalho.
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