Arcanjo narrando - continuação Peguei o caderno da contabilidade, comecei a passar o dedo, linha por linha. — Aqui: carga do P2, trinta pacotinho de cinquenta. Aqui, carga do P3, quinze de cem. Aqui tá tudo anotado, mas o dinheiro não tá batendo. Tá faltando sete mil reais. Sete mil! Já virei bicho. — Vamo lembrar, p***a! Quem foi que pegou droga e não anotou? Quem foi que entregou sem cobrar? Ou usou a p***a da carga? Ou botou no cu e esqueceu de avisar? Cadê o que justifica essa diferença? Os moleque tudo me olhando com cara de cu, um com medo, outro fingindo que nem era com ele. — Vambora, c*****o! Essa p***a aqui não é feira livre, não! Isso aqui é boca, p***a! Cada grama tem que ser contada, anotada, cobrada! Eu quero saber quem é que tá fazendo merda aqui dentro! — Calma, Ar

