Capítulo 11

1120 Words
- Para onde você está me levando mesmo? - Carol pergunta encostada em "meu" carro. - Vou te s********r, te levar para o meio do mato, te m***r e, em seguida, tirar seus órgãos, vende-los e ficar rica. - abro o porta-malas e viro meu rosto para vê-la. - É um bom plano. - sorri. - Não é? Passei a noite toda planejando ele. - brinco enquanto verifico se está tudo ali. Violão, cesta de piquenique e a pequena caixinha. É, está tudo aqui, nem é tanta coisa. - O que está fazendo ai? - Carol fala vindo para meu lado. Querendo que ela não veja, eu fecho o porta-malas de uma só vez, fazendo com que um barulho terrivelmente alto ecoar pelo lugar. Será que quebrou? Mamãe vai me m***r! - Ai meu Deus! - exclamo. - 'Tá doida? Está querendo quebrar mesmo? - Escorregou. - dou um sorriso sem mostrar os dentes para ela. - Aham. - me olha desconfiada. - Vamos. - a chamo. - Você 'tá estranha! - fala. Entramos dentro do carro e eu passo o cinto, ligando o carro em seguida. Espero ela colocar o cinto em si e acelero o carro, andando pelas ruas. - Por que acha isso? - franzo o cenho. - Porque sim! - fala. - Eu te conheço muito bem para saber quando você está estranha. E, agora, você está estranha! - É impressão sua, Ruiva. - Okay. - estreita os olhos, tenho certeza que não se convenceu ainda, só não quer prolongar o assunto. - Agora sério, para onde você está me levando? - Surpresa, já disse. Ela apenas bufa frustrada e deita a cabeça no banco. Coloco minha mão direita sobre sua coxa, apertando-a, deixando a esquerda no volante. O caminho é demorado e a única coisa que se ouvia dentro do carro era o som do carro deslizando sobre o asfalto, o de nossas respirações e o da música baixa que Carol havia colocado no som. Eu estava nervosa! Vai ser a primeira vez que eu vou fazer esse tipo de coisa para alguém. Estou com medo d'ela não gostar e não aceitar. Insegurança. Foi tudo de última hora, tive a ideia enquanto conversava com Carol ontem, depois do nosso encontro. Na mesma hora liguei para Vitão e Bruno, pedindo ajuda. Graças a Deus que havia eles para me ajudar. Vitão pediu ajuda para Thaylise também, e, mesmo ela não sendo muito próxima de mim e da Carol, ela ajudou. Com certeza eu vou amar e apoiar quando ela e Vitão começarem a namorar. Menina incrível! Enfim, eles compraram tudo que eu pedi e aqui estamos, dentro do carro indo para o lugar onde, se Deus permitir, a ruiva ao meu lado vai se tornar minha. - Ei, eu conheço esse caminho. - Carol fala quando percebe para onde estamos indo. Acabamos de passar da placa da entrada de Miami. - Claro que conhece. - digo apenas, dando-lhe um pequeno sorriso. - Aqui está mais lindo do que eu me lembrava. - Carol exclama admirada, se encostando no pequeno muro. - E olha que não faz nem dois meses desde a ultima vez que estive aqui com você. - É. - me aproximo dela, ficando ao seu lado no muro. Havíamos acabado de chegar. Eram por volta das uma hora da tarde, normalmente o sol nesse horário estaria rachando de tão quente, mas graças a Deus ou a qualquer outro ser hoje o tempo estava meio nublado, mas não corria o risco de chover. Pelo menos eu acho que não... - Por que me trouxe até aqui? - pergunta depois de um tempo calada. - Eu já te falei, vou te m***r e vender seus órgãos. - me aproximo dela. - Pelo menos me levava para comer alguma coisa antes. - fala com a voz manhosa. - Meu espirito taurino está implorando por alimento. - Não se preocupe, eu trouxe comida para nós. - me desencosto do muro. - Afinal de contas, não sou uma sequestradora tão má assim. - brinco. - Desconfiei que não fosse. - ri. Me afasto dela e vou até o carro, que não estava muito longe de onde estávamos. - Quer ajuda com alguma coisa? - ela pergunta se aproximando de mim, depois de eu abrir o porta-malas. - Já que você insiste. - pego o violão e entrego para ela. - Pode levar isso. - Não sabia que você sabia tocar. - fala depois de pegar o instrumento. - Poucos sabem. - dou de ombros. Pego a cesta e, sem que Carol veja, pego a pequena caixa também e escondo dentro da cesta. - Vamos. Fomos para de baixo de uma árvore que havia ali. Eu pego uma toalha quadriculada que tinha dentro da cesta e estendo no chão, espalhando as comidas que eu havia trago sobre ela. O clichê dos piqueniques! - Na maioria dos piqueniques que eu vejo em filmes, as comidas são todas naturais. Frutas, sanduíches naturais, suco, bolos - Carol fala se sentando em cima da toalha, no canto. - Você decidiu quebrar o tabu e trocou as coisas saudáveis, por não-saudáveis. - Ei, isso aqui. - pego uma jarra de suco. - É de maracujá natural, okay? - E os outros? - São naturais também! - pego um hambúrguer. - Natural do Mcdonald. - sorrio. Eu havia trago na cesta hambúrgueres, refrigerante, suco e alguns morangos com chocolate, para a sobremesa. Esse último ainda está dentro da cesta. Eu não optei por trazer outras coisas, como o bolo que ela falou, porque iria ser nosso almoço, e vamos concordar que bolo no almoço não é legal. - Você comprou isso tudo antes de ir para a escola? - Não. - n**o. - Vitão foi comprar para mim na hora do intervalo e deixou no meu carro. - Ah. A observo pegar um dos hambúrgueres e os levar até a boca, mordendo-o. Eu acompanho tudo pelo olhar, dos movimentos da sua boca quando vai morder a comida, até os movimentos da sua língua quando ela lambe os próprios lábios, para tirar o molho que havia ficado. Como ela consegue ser tão linda mesmo com o cabelo amarrado em um coque alto e com a boca suja de molho de hambúrguer? - Não vai comer? - ela pergunta me olhando. - Ahn? - Vai me deixar comer sozinha? - Ah, não. - pego um hambúrguer e começo a come-lo também. - Estava no mundo da lua? - bebe um pouco do suco. Ela é rara, são poucas as pessoas que preferem beber suco do que refrigerante. Não, no do sol, mais conhecido como Carol Biazin! - Só estava pensando em umas coisas. - respondo. - Nada demais.
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