Capítulo 6

2706 Words
Bia, mas não a da série: oi eu não sou Casas Bahia, mas prometo dedicação total a você :') (Visualizada) Day? (Visualizada) Dayane? (Visualizada) Dayane do céu (Visualizada) minha cantada foi tão r**m assim? (Visualizada) é, acho que foi sim (Visualizada) você nem deve saber o que é Casas Bahia (Visualizada) desculpa, prometo melhorar na próxima :( (Visualizada) acho que você morreu e quem tá visualizando essas mensagens é sua alma oi alma da Day :) (Visualizada) nunca recebi tanto vácuo na vida como estou recebendo agora na verdade, o Bruno já me deu piores (Visualizada) (Essa mensagem foi apagada) ops Eu: Ei, eu li isso Quem é Bruno? Pera... 《CELULAR DA CAROL:》 Eu: Brunoooo eu fiz merda BRUNOOO Nicole: Novidade Eu: é sério caso de vida ou morte vou chorar Nicole: O que foi? Matou alguém? Roubou algum lugar? Eu: não, tá doido? Deus me livre Nicole: Então o que foi que aconteceu? Eu: a Day descobriu Nicole: Descobriu o que exatamente? Eu: sobre as mensagens Nicole: Até que enfim Já era hora Nunca vi pessoa mais lerda Como foi? Eu: na verdade, eu não tenho certeza que ela descobriu só tenho quase certeza uns 90% de certeza Nicole: Do jeito que a Day é, é bem capaz dela ter ficado nos 10% Eu: eiii, não fala assim dela Nicole: Boiola Eu: me ajudaaa eu não sei o que fazer Nicole: O que foi que ela falou? Eu: pera Nicole: Pera? Foi isso que ela falou? Eu: não, eu mandei você esperar na verdade, foi isso mesmo que ela mandou kk vou te mandar o print *Print fixado?* Nicole: Mas também, você foi muito burra, Caroline Como você deixou meu nome escapar assim? Eu: bom, não foi a primeira vez que isso aconteceu... eu sei que fui burra me ajudaaa Nicole: Bom Você tem apenas uma opção agora A melhor, mais fácil e rápida Eu: ok fala, qual é? Nicole: Simples Você diz toda a verdade para ela Fala quem é você E também fala o porquê de você ter mandado mensagem para ela em anônimo Ai depois, de quebra, chama ela para sair Um plano perfeito com um final perfeito Eu: você só pode ter enlouquecido mas acho que é essa a melhor opção me deseje sorte que ela não surte e que Deus esteja comigo ouvi um amém, igreja? Amém 《CELULAR DA DAYANE:》 Pera... Bia, mas não a da série: que foi? Eu: Ah não Bia, mas não a da série: o que foi, menina? Eu: Você n******e ser quem eu estou pensando que seja Bia, mas não a da série: em quem você está pensando? Eu: Não, não, não Bia, mas não a da série: ?? Eu: Ela não teria motivos para fazer isso Ou tem? Ai meu Deus Bia, mas não a da série: fala logo (Visualizada) Day? (Visualizada) Dayane? (Visualizada) vai começar de novo? Eu: Desculpa, é que eu estava relendo nossas antigas mensagens Para ver se acho algumas pistas de quem você seja Bia, mas não a da série e achou? :) Eu: Achei sim Oi Carol... Bia, mas não a da série: oikkk "Bia, mas não a da série" foi alterado para "Caroline 2.0" Eu: Por que? Caroline 2.0: por que o quê? Eu: Por que fez isso? Caroline 2.0: isso o quê? Eu: Você para que a lerda aqui sou eu Caroline 2.0: ainda bem que sabe lol Eu: Agora responde Caroline 2.0: sei lá queria de alguma forma me aproximar de você Eu: E esse foi a única maneira que achou para fazer isso? Caroline 2.0: a mais fácil :) Eu: Pensou nisso como? Lendo fanfics? Caroline 2.0: óbvio Eu: Bem criativa Gostei Caroline 2.0: não ficou brava? Eu: Por que ficaria? Caroline 2.0: não sei, vai que né não sei o que esperar de você Eu: Não fiquei, não se preocupa Caroline 2.0: ufaa mas então Eu: Hm Caroline 2.0: já que você descobriu quem sou eu... por falar nisso até que enfim você é lerda ein? porra Eu: Aham, joga na cara Continua vai Caroline 2.0: então que tal a gente sair qualquer dia desses? Eu: Jurava que ia ser a pessoa que ia perguntar isso Caroline 2.0: por que? pelo o que eu percebi, a com atitude aqui sou eu você é a lerda Eu: Por que você é a com atitude? Pelo o que eu me lembre, foi eu que dei o primeiro passo para te beijar Ou já se esqueceu, querida? E eu reconheço que sou meio lerda as vezes, viu? Não precisa me lembrar toda hora Caroline 2.0: esqueci não, querida Eu: Acho bom Caroline 2.0: iihh o encontro...? Eu: Claro É só marcar que eu já estou pronta Caroline 2.0: pode ser no sábado? Eu: Sábado? Vai demorar demais :( Amanhã, que tal? Caroline 2.0: amanhã não posso, minha mãe marcou um jantar aqui em casa com uma amiga dela e vai me obrigar a participar :( Eu: Jantar dia de segunda? Caroline 2.0: tem dia para marcar jantares? Eu: Não Depois então? Na terça Pode ser? Ou vai ter outro compromisso? Caroline 2.0: na verdade... Eu: Ah não, Carol Caroline 2.0: é sério eu tenho que ir para um lugar fazer um negócio mas você pode ir comigo não tem problema Eu: Para onde? Caroline 2.0: surpresa só vai saber se for comigo vai? Eu: Ok Eu vou Caroline 2.0: ótimo Eu: Então, até terça Caroline 2.0: não vai pra escola amanhã? Eu: Não Minha cabeça vai estar doendo (...) - Carol. - ouço minha mãe me chamar e logo a vejo abrir a porta. - Ainda não está pronta? - Falta apenas arrumar o cabelo, mãe, relaxa. - tranquilizo ela. Ela havia convidado uma colega de trabalho, junto com sua família, para jantar aqui em casa hoje e por conta disto estava com os nervos a flor da pele. A mesma já tinha checado se a comida estava boa umas dez vezes, e já repetiu outras dez vezes que está com medo dela esfriar. Nós duas tínhamos passado toda a manhã e metade da tarde limpando a casa, cada milímetro dela, o que eu achei um exagero, levando em consideração que as visitas vão ficar apenas na sala e na sala de jantar, mas tudo bem. - Certo. - respira fundo no exato momento que a campainha toca. - Chegaram. - Acho melhor a senhora descer. Onde está o papai? - pergunto enquanto arrumo meu cabelo na frente do espelho. Meus cachos estavam bem volumosos hoje, o que eu amei. Estava vestindo um vestido simples rosa clarinho, colado no corpo e de alças finas, nos pés havia calçado um tênis branco da adidas. Por mim eu ficaria descalça, mas quando falei isso para minha mãe ela não concordou, então nem insisti muito. - Está lá embaixo. - me empurra para o lado, para se olhar no espelho. - Como eu estou? - Está linda, mãe, como sempre! - sorrio. - Okay, já vou descer. Não demore! - sai do quarto. Me olho no espelho uma última vez e sorrio satisfeita com o resultado. Observo meu celular encima da cama e, meio que instantaneamente, Dayane me veio na cabeça. Ela, depois de muito tempo, descobriu sobre as mensagens anônimas que eu mandara para ela, e, graças ao meu bom Deus, não ficou brava ao descobrir, pelo menos foi o que ela falou. A reação dela foi diferente do que eu achei que ia ser, eu realmente não sei o que esperar dela. Dayane Lima é uma caixinha se surpresa, ao qual faço questão de querer descobrir o que tem dentro. Fico feliz em saber que amanhã irei vê-la novamente. Hoje ela faltou á aula, como a mesma já havia dito. Combinamos de sair amanhã a noite, e como em todas as terças eu tenho compromisso a noite, vou leva-la para comigo. Ela só não sabe aonde é, resolvi fazer suspense. Pego meu celular e saio do quarto, descendo as escadas e indo até a sala, dando de cara com uma mulher conversando com minha mãe e meu pai, e um rapaz sentado no sofá mexendo no celular. - Oh, ai está ela. - mamãe fala sorrindo assim que me vê. - Carine, essa é minha filha. - nos apresenta. - Carol. - sorriu a cumprimentando. - É um prazer conhecer a senhora. - O prazer é meu querida. - sorri também. Ela é uma mulher bem bonita, e aparenta ser bem nova, se não fosse por algumas rugas em seu rosto lhe daria uns 25 anos. É alta e tem a pele parda mais puxada para o moreno, seu cabelo é preto liso, e seus olhos castanhos escuro. Parece ser bem simpática. - Garota? - escuto o rapaz falar. - Que corpo é esse menina? Ele falou isso de um jeito tão engraçado, que eu não me aguentei e comecei a rir. - Alvaro, se comporte. - Carine fala envergonhada. - Esse é meu filho, Alvaro. Desde já me desculpe por ele, ele é um pouco... agitado e extrovertido. - Satisfação, porque prazer é só entre quatro paredes, bebê. - pisca para mim. Sinto que esse jantar vai ser divertido. (...) Eu amo o Alvaro! Sério! Nos poucos minutos que passamos juntos eu não parei se rir um segundo sequer. Depois do jantar, meus pais e a mãe dele voltaram para a sala e eu e ele fomos para a varanda de casa. Eu estou sentada em uma cadeira, com as pernas cruzadas, e ele está em pé, fazendo a segunda coisa que ele sabe fazer de melhor, dançando funk, um estilo de música brasileiro. A primeira, segundo ele, é entre quatro paredes, para não dizer outra palavra. - Se teu ex não te quis tem quem queira. - começa a cantar em português, com a voz rouca. - Vamo dançar comigo, Carolzinha. - chama. Faz meia hora que ele está me chamando para dançar essas músicas com ele. - Eu não sei dançar isso, Xaro. - o chamo pelo "sobrenome" dele. - Na verdade, não sei dançar nada. - Largue de coisa, menina. - me puxa. - É treinando que se aprende. Bora. E é ai, apartir desse momento, que eu, Caroline dos Reis Biazin, passei o maior mico da minha vida na porta da minha casa, ao lado da pessoa que mais passa mico na vida, Alvaro "Xaro" Murta. - Bora, garota, rebola essa raba que eu quero ver do que você é capaz. - fala enquanto coloca um dedo na boca, fazendo bico. - É essa a questão, eu não sou capaz de dançar! - Nem uma reboladinha? - n**o. - Uma sarrada? - Nem sei o que é isso. - AHÁ, pera lá que eu vou te ensinar. - pega o celular e coloca em uma música. De todas as músicas que ele coloca para tocar, eu não entendo um "a" delas, pois são todas em português, mas posso afirmar que o ritmo é ótimo, bem envolvente. - Então, primeiro você faz isso aqui... Passamos um bom tempo assim, com ele tentando me ensinar a dançar músicas brasileiras, falhando miseravelmente, e, de quebra, me fazendo passar vergonha, pois a gente estava na frente de casa, ou seja, dava perfeitamente para quem passar por ali, ver nós dois. E como eu disse: Não levo jeito para dança! - Você é louco! - afirmo. - Ai, sou mesmo, menina! Louca e v***a, principalmente v***a. - bate na própria b***a e começa a rebolar. Estava tocando uma música chamada "Gaola é o tloco", ou alguma coisa parecida com isso, sei lá. Ela é a preferida dele. Sento gargalhando. Minha barriga já estava começando a doer de tanto rir. Não tem como não o achar engraçado, a cada dez coisas que ele fala, dez são engraçadas, pode até ser coisa séria, mas na voz dele tudo fica engraçado, ainda mais com o sotaque que ele tem. - Você está bem? Quer uma água? - se aproxima de mim, me abanando com a mão. - Uma rola, talvez? - Ai, meu Deus, socorro. - respiro fundo. - E eu não gosto! - Sabia que o "socorro" de vocês traduzido para o português do Brasil, fica o nome da minha antiga vizinha? - se senta em outra cadeira. - E não gosta de quê, Carol? - De... sabe... aquilo que você disse agorinha... - Rola? - concordo sem graça. Aposto toda a minha coleção de Harry Potter que eu estava vermelha de vergonha. - Por que não me disse antes, uh? - puxa a cadeira para ficar mais perto da minha. - Mas já que agora eu sei: Eai, e as namoradinhas? NO OUTRO DIA... As seis e meia do dia seguinte, eu já estava de pé. A aula iria começar só lá pelas sete e meia, então tinha tempo sobrando. - BOM DIA, MIAAAAAAAAAAAAMII - pulo com o susto e coloco a mão no coração, sentindo as batidas aumentarem. - Hoje o dia promete. Olho para a janela do meu quarto e vejo Alvaro na janela do quarto dele. Me aproximo e percebo que está tocando uma música, a mesma de ontem. Como é que uma pessoa acorda tão feliz assim? - Bom dia, Carol. - fala assim que me vê. - Ai, eu estou muito gringa, só falo em inglês agora, dá licença. Depois de longas horas de conversa ontem a noite, descobri que ele é meu novo vizinho, tanto de casa quanto de janela. Descobri também que o mesmo vai estudar na mesma escola que eu, o que tenho certeza que vai ser divertido. - Bom dia. - sorriu enquanto coço meus olhos com as costas da mão. - Pronta para ir a escola? - se apoia na janela. n**o. - Não? Que é isso, mulher? Que negócio é esse? Vamos, se anime, a vida é bela e a gente também. - Só você mesmo, Alvaro. - rio negando com a cabeça. - Claro, sou única. Agora deixa eu ir me arrumar para conhecer os gringos. - fala. Ele sai de perto da janela, e eu também. Tenho que me arrumar! {...} - Já estou indo mãe. - falo enquanto pego minhas chaves. - Boa aula. - ouço ela responder. Saio de casa e vou para a calçada, logo Alvaro aparece. Ele estava vestido com uma calça jeans, uma camisa polo preta e um tênis preto com branco. - Vamos? - pergunta quando chega próximo a mim. - Não - n**o. - ainda tenho que esperar o Bruno. - Bruno? Nome de um dos meus ex namorados. - coloca um dedo na boca fazendo bico. - Quem é Bruno? - Meu amigo. - respondo trocando o peso da minha perna. Eram sete horas e Bruno normalmente chegava aqui esse horário, já devia estar perto. Nós vamos para escola á pé todos os dias juntos, ele mora a alguns quarteirões daqui, nada muito longe, e a escola é perto também. Não tão perto quanto a casa dele, mas é perto. - E então, você vai me apresentar sua namoradinha hoje? - Álvaro pergunta. - Ela não é minha namoradinha. - digo corada. - É namorada? - Não! - Peguete? - O que é isso mesmo? - Vocês aqui não sabem as gírias brasileiras, não sabem o que estão perdendo. - fala incrédulo. - Peguete é a mesma coisa que ficante. - Ah... - penso um pouco. Não acho que Dayane se encaixe no termo "peguete", já que só ficamos uma única vez. Ou encaixa? Não... - Ela também não é minha peguete. - Nossa, e o que vocês são? - Amigas? - arrisco. - Pensei que vocês gringos fosse mais interessantes. Lá no Brasil não era assim não. - Bom dia, amiga. - ouço a voz de Bruno atrás de mim. - Quem é esse? - Bom dia, amigo. - me viro e o abraço. - Bruno, esse é o Alvaro, meu novo vizinho, amigo e colega de classe. E Alvaro, esse é o Bruno, meu melhor amigo. - É isso ai, melhor amigo, como um irmão de mães diferentes. - Bruno completa olhando com uma cara que eu não consegui identificar para Alvaro. É impressão minha ou tem alguém com ciúmes aqui?
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