Capítulo 7

1511 Words
Dayeness: Oiiiii Bom diaaaaa Que dia lindoooo Que dia feliiiiiizzzz Eu: bom dia Dayeness: Nossa Eu venho aqui, toda toda te mandando mensagem de bom dia Toda bonitinha Carinhosa Alegre Feliz E você me responde assim? Com um bom dia simples? ? Eu: bom dia composto Dayeness: Nossa :( É assim que você trata sua futura namorada? (Essa mensagem foi apagada) Eu: Deus viu o que você apagou futura namorada? gostei disso, Dayane, gostei disso (...) - Para onde vamos mesmo? - Dayane pergunta enquanto coloca o cinto, depois de me cumprimentar. - Aqui. - pego meu celular e coloco no GPS, colocando a rota. - A&G Bistrô? - pergunta confusa quando vê a localização, eu havia colocado meu celular apoiado no painel do carro. - Sem perguntas, só vai. - respondo. Ela apenas dá de ombros e liga o carro, dando partida. Dayane havia pegado o carro da mãe novamente, para que a gente pudesse sair sem precisar pegar uber ou ônibus. A observo enquanto dirige, ela estava vestida com uma regata branca e uma calça moletom preta, seu cabelo estava solto em um estilo meio despojado, bagunçado. Mesmo simples, ela estava linda, para variar. - Então... - começa a falar depois de alguns instantes calada. - sobre as mensagens... - Ah...as mensagens? - É, as mensagens. - concorda com a cabeça sorrindo. - As mensagens! - murmuro. - Que mensagens? - sorrio nervosa. - Para Carol. - passa a marcha. - Me conta, como e quando teve essa incrível ideia? - Nem eu sei, só tive. - dou de ombros. - Acordei um dia com essa ideia, fui em uma loja, comprei um chip e te mandei mensagem, simples. - Do nada? - concordo. - E como conseguiu meu número? - Tenho meus contatos. - enrolo um cacho do meu cabelo nos dedos e ela me rapidamente com a sobrancelha arqueada. - Pedi para a Thaylise pedir para o Vitão. - confesso. - Desde quando você conversa com a Thaylise? - Não conversava, na verdade foi o Bruno que pediu, eu não teria coragem de fazer isso. - Então tudo foi garças ao Bruno? - sorri. - Foi, como sempre! - E o i****a do Vitão não me disse nada. - acusa. - Ele meio que não sabia de nada, né. Nem a Thay sabia, ela pediu meio que no escuro, sem saber para que era. - ela apenas assente com a cabeça. - Todos foram vítimas! Ficamos caladas novamente. O caminho da minha casa até a lanchonete/bistrô era demorado, visto que ficava do outro lado da cidade. Olho pela janela, observando a noite. Tinha poucas estrelas no céu e a lua em forma de banana brilhava, clareando as ruas. O transito de Miami hoje não estava muito congestionado comparado aos outros dias, poderia até dizer que estava calmo. Nem parece que estamos em uma terça-feira. Hoje pela manhã, na escola, eu havia apresentado Alvaro a Dayane. Posso dizer que ambos se deram até que bem, até Bruno colocou o ciúmes de lado e virou amigo do brasileiro. - Por que você começou a me mandar elas? - ouço Day falar novamente. - Hum? - pergunto confusa. Não havia entendido o que ela tinha falado. - Por que mandou as mensagens? - repete a pergunta. - Uh, não sei se falo. - sinto meu rosto esquentar. - Vamos lá, fale. - me olha quando para em um sinal. - Você está vermelha? Que fofa! - Eu não estou vermelha!- viro meu rosto em direção a janela. - É a luz do farol que está batendo em meu rosto. - Aham, a luz. - pega em meu rosto e o vira em sua direção. Seus olhos estavam com um brilho de divertimento neles. - Fala vai. - pede de novo. - Para quê você quer saber? Já não descobriu sobre elas? Então, não precisa saber de mais nada! - encaro seu rosto. - Descobri! - concorda. - Mas eu quero saber e ouvir sair da sua linda boca o porquê de ter feito tudo isso. - Quer saber mesmo? - pergunto, mesmo sabendo a resposta. - Sim! - Okay. - respiro fundo. Por que esse sinal não abre logo? Será que quebrou? - Eu mandei as mensagens porque gosto de você! - fecho os olhos, esperando por qualquer reação negativa que ela vá ter, mas nada acontece. Certo que ela meio que já deve saber, porque eu mesma disse isso em uma das nossas conversas pelo número anônimo, mas falar isso em voz alta é constragendor. Abro meus olhos e ela ainda estava lá, me olhando fixamente, com aquele sorriso quadrado que acho lindo. Ouvimos um carro buzinar e percebemos que o sinal já havia aberto. Ela para de me olhar, voltando a prestar atenção na estrada. Deito minha cabeça no banco, cruzo os braços e olho para a janela frustrada. Pensei que ela ia ao menos responder alguma coisa, mesmo que fosse algo negativo e que eu não gostasse tanto de ouvir, tipo ela me dando um fora falando que não sente nada por mim e tudo que estamos passando agora é apenas coisa do momento, se é que estamos passando por algo. Mas ela não disse nada, apenas ficou calado o resto do caminho todo, concentrada na estrada. Ao chegarmos no local, Dayane para em uma vaga em frente ao bistrô e desliga o carro. Novamente, ela não havia falado nada durante todo o caminho, nada mesmo. Durante o percurso, a única coisa que se podia ouvir era o barulho do carro andando pelas ruas e o som das nossas respirações. Reviro os olhos e tento abrir a porta do carro, mas ela ainda estava travada. Sinto uma mão segurar meu braço e olho para Dayane confusa. - Eu também gosto de você, ruiva! - arregalo os olhos e sorrio. Ela me puxa para ela e aproxima seu rosto do meu, me dando um selinho. - Muito. - completa. - Ah, eu... - Pensou que eu iria te dar um fora e falar que "tudo isso" foi só coisa do momento? - me interrompe, completando minha fala. - É, eu sei. - Você lê mentes e eu não sabia? - pergunto sorrindo. - Isso é um dos meus segredos, n******e contar para ninguém. - pisca um olho para mim. - Então você tem mais segredos? - estreito meus olhos, brincando. - Talvez. - pega um cacho do meu cabelo e o coloca atrás da minha orelha. - Vamos entrar? - olha para a entrada do bistrô. - Vamos! Ao entrarmos, um sorriso aparece em meu rosto no automático. Eu amo esse lugar! A decoração do bistrô é rústica, com fibras naturais incorporadas - como por exemplo, o sisal - e nas paredes tijolos expostos em uma decoração sofisticada cria um efeito incrível. As mesas e cadeiras de madeira escura eram espalhadas de forma organizada pelo local. Não tinha muita gente ali, dias de terça-feira aqui não fica tão lotado como em dias de sexta e fins de semana. O ambiente é aconchegante e, ao mesmo tempo, elegante. Arrumo a alça da bolsa do meu violão em meu ombro, enquanto caminho ao lado de Dayane. Ela está vidrada olhando toda a decoração do lugar. - Uau... - exclama. - Aqui é lindo! - É, não é? - sorrio. - Costuma vir muito aqui? - pergunta. - Apenas três vezes por semana. - dou de ombros. Ela me olha com a sobrancelha arqueada. - Daqui a pouco você vai descobrir o que eu faço por aqui. - Okay... - estreita os olhos. - Ainda não entendi o porquê de você ter trago seu violão também. - Você vai descobrir tudo daqui alguns minutos! - repito. Aceno sorrindo quando vejo Norah caminhar até mim. Norah é a filha dos donos do bistrô, é pouca coisa mais baixa que eu, tem cabelos loiros lisos que vão até a metade de suas costas, olhos azuis e tem 15 anos, ela é apenas dois anos mais nova que eu. Uma perfeita barbie! - Carol. - cumprimenta me abraçando apertado. - Quanto tempo. - Pois é, seu pai me obrigou a pegar férias. - É, ele me disse. - faz bico. - Senti sua falta, aqui fica tão chato sem você! - Eu também senti a sua! Minha r*****o com Norah é ótima, desde que a gente se conheceu, nos tratamos como irmãs. Seus pais, Antonella e George Preston, sempre me trataram como uma filha também, desde que eu comecei a "trabalhar" com e para eles. Na verdade, toda a família Preston é como se fosse minha segunda família, e o A&G Bistrô é minha segunda casa. Eu havia passado um tempo afastada daqui, duas semanas para ser mais exata, George me obrigou a pegar pelo menos duas semanas de férias, já que na época certo eu não aceito-as. Esse trabalho não é nada cansativo para que eu possa tirar férias, e eu só venho aqui 3 vezes por semana, para quê folga? - Hm. - ouço Dayane coçar a garganta ao meu lado.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD