Capítulo 16 (SEGUNDA TEMPORADA)

3524 Words
Um ano e alguns meses depois... Point Of View Dayane A sala onde eu me encontrava era pintada de um branco opaco. Havia poucos móveis, e os que ali se encontravam eram, também, da cor branca: uma mesa, daquelas típicas de hospitais, duas cadeiras posicionadas uma de cada lado da mesa, uma prateleira com alguns livros de diferentes cores, tamanhos e gêneros, a maioria sobre psicologia e, por fim, o ar-condiconado, que estava suspenso na parede, é claro. Esse último não fazia tanto efeito em mim, levando em consideração que eu estava suando, enquanto pressionava minhas mãos contra minhas coxas. Eu não era habituada a estar nesta sala, na verdade, é minha segunda vez aqui. E, pode ter certeza de que eu estou aqui apenas por quê minha mãe insistiu muito, quero vê-la feliz e sei que me ver assim, do jeito que me encontro nos últimos meses, a deixa demasiadamente triste. Por mim eu estaria com ela, ao seu lado observando-a. - Como está, Dayane? - Dra. Evangeline Hall pergunta, com a voz calma. Desde que conheci ela - semana passada, na sexta - comecei a invejar a calma que a mesma tem. Evangeline, certamente, está exercendo a profissão certa! Dra. Evangeline tinha a pele morena, olhos castanhos claros e cabelos negros e lisos, cortados até a altura do seu ombro. Ela é pequena, não tento, arriscava dizer que tem 1,60 de altura, e aparenta ser nova, cerca de trinta anos, ou até menos. Pelo pouco que conheci dela, é bem séria quando precisa e sempre focada no trabalho. Uma das melhores no ramo da psicologia! - Bem... - respondo, mesmo sabendo que não é bem essa a verdade, e ela também sabia disso. Não é fácil ficar bem depois de tudo que ocorreu em minha vida! - Então, quer me contar o que aconteceu para você estar aqui? - mordo meu lábio inferior e respiro fundo. Na nossa primeira sessão não conversamos sobre o porquê de eu estar vindo até aqui. Conversamos mais sobre outras coisas, como quais eram nossas cores favoritas, comida preferida, hobbies, gostos músicais, essas coisas sabe? Mais para eu ficar mais a v*****e com a presença dela. - Não precisa ser agora se não quiser, ainda estamos na segunda sessão, é normal se sentir insegura para conversar sobre sua vida pessoal com uma estranha. - continua falando. - Quero que saiba que eu não estou aqui para obriga-la a falar, estou aqui para ouvi-la, conversar com você e te aconselhar, como uma amiga. Mas, para que eu possa fazer isso, preciso que você confie em mim, Dayane. - Certo. - murmuro, concordando com a cabeça. Não gostaria de falar sobre isso com alguém que eu m*l conheço, mas eu tenho que tirar todo esse peso de minhas costas, eu preciso, necessito. Como minha mãe falou enquanto me convencia a ter essas consultas: Preciso desabafar com alguma pessoa, uma pessoa que saiba ouvir e me aconselhar. Isso me levou a aceitar vir até aqui. A única pessoa que sabe realmente me ouvir é Caroline, ela me entendia! Respiro fundo e suspiro, deixando com que as lembranças de todos aqueles meses maravilhosos que passei ao lado dela tomassem minha mente, fazendo meu coração se aquecer. Que falta que ela me faz! Flashback on: Um ano e um mês antes... Aperto a campainha da casa de Carol várias vezes seguidas, enquanto faço o máximo de esforço para conseguir segurar as sacolas que estavam em minha outra mão. Havia combinado de vir hoje para sua casa, para nós passarmos a tarde juntas. Fazia pouco mais de dois meses que estamos namorando, e está melhor do que imaginei que seria. Carol é uma pessoa fácil de conviver, além de bonita e engraçada, ela é super inteligente, amorosa, companheira e tem uma capacidade incrível de me fazer sorrir por qualquer coisa, por mais b***a que fosse. Estamos na reta final das aulas, as últimas provas do ano estão se aproximando e, com isso, nós duas quase não estamos nos vemos. São poucas as vezes que nos encontramos fora da escola, pelo simples fato de estarmos estudando todo o tempo. Sorte que estudamos na mesma sala, pois, se não fosse por isso, iria ser raro nos vermos. - Até hoje me pergunto o porquê de eu ter me apaixonada por você. - minha namorada fala assim que abre a porta. Claro que ela sabia que era eu, quem mais chega na casa alheia tocando a campainha assim? - É inevitável isso não acontecer, gatinha. - sorriu. - Oi. - Oi amor. - se apróxima de mim com um sorriso, ficando nas pontas dos pés e me dando um selinho casto em meus lábios. - Trouxe comida. - levanto minhas mãos, mostrando as sacolas. O sorriso dela aumenta ainda mais. - Lembrei do porquê de eu ter me apaixonado por você. - ri, pegando uma das sacolas e me dando passagem para entrar dentro de sua casa. Eram apenas duas sacolas. - Interesseira! - acuso. - Taurina! - se defende. Entro dentro da casa e percebo seus pais, Roseli e Isaias, sentados no sofá assistindo à um programa de TV. - Oi, sogrinhos lindos do meu coração. - cumprimento eles. - O que é que você quer agora, Dayane? - Isaias pergunta rindo. - Calúnia! - coloca as mãos no coração, fazendo drama. - Não posso mais ser carinhosa com meus sogros? - Poder pode, mas vindo de você temos que desconfiar de tudo. - Tia Rose fala. - Última vez que você chegou nos chamando assim, Caroline passou quatro dias longe de casa e voltou, deixando a virgindade dela sei lá aonde. - gargalho alto quando ela diz isso. Eu me lembrava muito bem desse dia! Como esquecer? Eu havia pedido permissão para os pais de Carol, para ver se ela podia ir para a casa de praia da minha família, o lugar não era tão longe, cerca de duas horas de viajem de carro até chegar lá. Carol estava tão nervosa aquele dia, me lembro que eu ria da cara dela, pela forma que ela estava se comportando na minha frente, e a mesma, como era de se esperar, colocou uma carranca no rosto e bateu em mim, até que eu parasse de rir. Foram os melhores quatro dias da minha vida! Minha r*****o com meus sogros era muito boa, tipo muito mesmo, e eu agradeço por isso, pois já ouvi vários casos onde os sogros odiavam os genros. Graças a Deus isso não se encaixa em minha vida! - Ainda temos que conversar sobre isso mocinha. - Isaias afirma, espremendo os olhos. - E depois temos que jogar xadrez, quero minha revanche! - Claro, temos sim! - respondo fazendo meu melhor olhar ameaçador. - Mas não se iluda, vai ter que ralar muito para conseguir ganhar de mim. Sou a rainha do xadrez. - me gabo. - Parecem dois velhos falando sobre jogos de velhos. - Carol acusa nos olhando. - Xadrez não é jogo de velho, amor. - afirmo. - É jogo para e de pessoas inteligentes, não é mesmo, Isaias? Saibam puxar o saco do seu sogro! - Isso mesmo! - responde sorrindo. - De pessoas inteligentes, sei. - a ruiva solta uma risada nasal. - Vamos para o quarto, Day? - Vamos! Mas antes. - me aproximo do sofá e deixo a sacola que estava em minha mão ao lado de Rose e Isaias. - Comprei comida para vocês também! - sorriu. Eles agradecem e eu vou atrás da Carol. Saibam como puxar o saco do seu sogro e sogra! Consigo alcanço minha namorada antes que ela chegue em seu quarto. Enlaço sua cintura com minhas mãos e coloco minha cabeça na curvatura do seu pescoço, caminhando com ela assim. - Ah d***a! - exclama. - O que houve, gatinha? - pergunto confusa. Ela se afasta de mim e me entrega a sacola que estava segurando. - Esqueci de pegar o refrigerante na geladeira. - coloca a língua entre os dentes. - Se quiser eu posso ir lá. - me ofereço. - Não, eu vou. - me dá um selinho. - Pode ir indo para o quarto, volto já. Carol sai em direção a cozinha e eu vou até seu quarto, cantarolando uma música chiclete que não saia da minha cabeça. (N/A: VEM DE RÉ COM A RABA VEM ME ENCAPETAR) Eu conhecia cada canto dessa casa, de tanto que eu vinha aqui, já é como se ela fosse minha também. Até acho, ás vezes, que Roseli e Isaias abusaram minha cara. Abro a porta do quarto da Carol e entro, fechando-a novamente atrás de mim. O ar-condicionado estava ligado, então o quarto estava frio, muito frio. Coloco a sacola em cima da mesa de estudos da Carol e vou até sua cama, com a intenção de pegar o controle do ar-condicionado para ajustar a temperatura, mas antes que eu possa fazer isso, levo um susto ao ver algo se mexer em cima da cama e solto um grito. Que m***a é essa? - p**a que pariu. - coloco a mão no coração e respiro fundo, tentando normalizar minha respiração, que ficou ofegante devido ao pequeno susto. - Day? Está tudo bem? - Carol aparece na porta, segurando duas latinhas de refrigerante. - O que ele está fazendo aqui? - aponto para aquela coisa. Carol me olha confusa, logo depois olha para a cama, me olha de novo e começa a rir alto. - Você se assustou com isso, baby? - deixa as latinhas em cima da mesa e vai até a cama, pegando o animal de lá. - Álvaro viajou esse final de semana com a família dele para a cidade ao lado e deixou o Kevin aqui comigo. - Não tem como não se assustar com esse rato. - faço careta e Carol me olha f**o. - Kevin não é um rato, é um porquinho da índia! - exclama. - E ele é fofo, claro que tem como não se assustar. - Pode até ser, mas é estranho! - afirmo. - Já viu como ele age? Ele m*l se mexe, fica o tempo todo parado olhando para tudo com esses olhinhos pequenos e assassinos. Tenho certeza que um dia ele vai atacar alguém! - a ruiva se aproxima de mim, segurando ele. - Tira esse bicho de perto de mim, Caroline. Não é que eu não goste do Kevin, é que eu tenho um pouco de medo desse bicho. Já viram como ele age? Como ele olha para as pessoas? É como se a qualquer momento ele vai pular em mim e me morder até a morte. A primeira vez que eu vi ele levei um p**a susto. Álvaro tinha convidado eu e os outros para irmos na casa dele, passar a tarde lá comendo e fofocando da vida alheia, sabe? Tudo de bom! Em um determinado momento, eu subi para o quarto dele, para pegar o carregador de celular do mesmo, pois meu celular havia descarregado e eu tinha esquecido o meu em casa. Na hora que eu entrei no quarto dele, vi Kevin lá, em cima dos travesseiros. De primeira eu pensei: "que pelúcia mais fofinha" , mero engano, não era uma pelúcia. Na hora que eu ia pegar nele, Kevin correu para o outro lado da cama, me dando um susto e me fazendo soltar um grito. Desde então eu morro de medo dele. - Você é muito dramática! - Carol coloca Kevin na "jaula" dele, me fazendo agradecer internamente por isso. - Só quero minha segurança, é diferente. - deito em sua cama, depois de ajustar o ar-condicionado. Observo minha namorada ir até a sacola e abrir a mesma, tirando de lá as duas embalagens de hambúrguer e batata frita. Existe melhor comida que essa? Sou viciada! - Você quer me ver gorda né? - pergunta quanto vê a comida. - Acho que nem se eu te entupir disso ai você vai engordar, baby. - respondo fechando meus olhos e colocando meu braço sobre eles. - Eu sei, sou muito gostosa! - se gaba. Olho para ela e constato que sim, minha namorada é muito gostosa! Ela estava vestida apenas com um top branco e um short curto soltinho, seu cabelo está preso em um coque e em seus pés encontramos meias pretas com dois riscos brancos na ponta. Solto um riso nasal ao perceber que depois que começamos a namorar, a alto estima de Carol subiu em um nível muito elevado. É, ninguém mandou eu falar tantos elogios para ela. Estou criando um monstro convencido! - Mentindo não está. - a chamo com a mão. - Vem cá, gatinha. Gatinha. Esse foi um apelido que realmente pegou. Sempre uso ele para chama-la, quando não é ele, ou é amor ou baby. Eu sou muito b***a por essa menina! - Hum? - chega perto de mim e segura minha mão. A puxo, fazendo a mesma cair sobre mim. - Você não me deu um beijo decente hoje. - faço bico. Ela se arruma em cima de mim, abrindo suas penas, assim deixando as minhas no meio das suas e colocando as duas mãos uma de cada lado da minha bochecha. - Você está manhosa hoje, é? - beija o canto da minha boca e depois meu queixo. - Só estou com saudades da minha namorada! - respondo e ela me dá um selinho demorado. Passo minha mão por sua cintura exposta e paro quando chego em sua b***a, metade dela estava exposta também, o short não cobria muita coisa, é curto, e sua b***a não ajuda nada com o tamanho que tem. Não que eu esteja reclamando do tamanho da b***a dela, longe de mim reclamar disso. Sorrio e a beijo profundamente, fazendo questão de apertar sua b***a. Ela no começo do nosso namoro era até tímida, por tudo ficava vermelha e começava a gaguejar, mas depois de um tempo; mais especificamente depois da nossa primeira vez, a timidez foi embora. Não toda, ela ainda fica parecendo um pimentão às vezes. Posso até dizer que ela ficou mais s****a. Como eu falei antes: "estou criando um monstro!" - Amor. - interrompe o beijo me chamando. - Oi? - coloco minha cabeça em seu pescoço e beijo o lugar, a vendo se arrepiar em seguida. - Vamos comer? - Eu estou querendo, mas você não colabora. - falo. - i****a! - bate meu ombro. - Estou falando sério. - Eu também! - retruco. - Eu estou com fome. - diz com a voz manhosa, repousando sua cabeça em meu pescoço. - Okay, vamos comer. - me rendo. Ela sorri, me dá um selinho e sai de cima de mim. Ela pega nossa comida, que graças a Deus ainda estava morna, e se senta na cama com as pernas cruzadas estilo índio, ao meu lado. Me sento do mesmo jeito que ela. - E, de qualquer forma, a gente não ia poder fazer nada, pois estou menstruada. - comenta, como quem não quer nada e logo depois dá uma mordida em seu hambúrguer, sorrindo. Porra! Flashback off Sinto meu coração bater fortemente assim que as lembranças aparecem em minha memória. Uma saudade terrível me toma, saudade dos seus beijos, dos "eu te amo" que ela me falava sempre quanto me via, dos seus sorrisos, abraços, caricias, dela... - Por hoje já está bom, Dayane. - Dra. Evangeline fala, assim que percebe uma lágrima solitária escorrer sobre minha bochecha. - Foi um grande avanço para o segundo dia... Ela diz mais algumas coisas, mas eu não consigo entender, minha mente está concentrada em Carol. Depois que Evangeline me libera, eu me levanto da cadeira com cuidado e pego minhas muletas, caminhando para fora da sala com a ajuda delas. Eu odeio ter que andar com isso, odeio ter esse gesso cobrindo metade de minha perna junto com essa bota h******l, e, acima de tudo, me odeio por eu e ela estarmos da forma que estamos por minha culpa. Quando chego no corredor de espera, vejo Vitão sentado em uma das cadeiras enquanto mexe no celular. Ele havia vindo comigo hoje, já que minha mãe não pôde por conta do trabalho. Vitão levanta a cabeça assim que ouve o barulho das muletas tocando o chão. - Precisa de ajuda? - pergunta se levantando e vindo até mim. n**o com a cabeça. - Não precisa, eu consigo sozinha. - murmuro e ele concorda com a cabeça. Antes ele discutiria comigo, mas agora ele entendeu que gosto de ser independente, mesmo que a independência doa um pouco. - Então vamos? - se vira. - An... Vitão? - o chamo. - Eu queria... queria ver ela. - Tem certeza? - assinto. - Certo, vou ver na recepção se você pode ir até lá. Sei que ele perguntou se eu tinha certeza apenas por se preocupar comigo, lembrando da última vez. Me sento em uma cadeira e, depois de alguns minutos, ele retorna, colocando um pequeno crachá branco com o nome "visitante" em minha blusa. - Você sabe onde é o quarto! - fala. - Quer que eu vá com você? - pergunta preocupado. - Não. - n**o. - Não precisa, quero ficar sozinha com ela! - afirmo. Ele assente com a cabeça e se senta na cadeira, falando que vai me esperar. Respiro fundo e vou até seu quarto lentamente, eu já sabia qual era o número do seu quarto, pois venho aqui sempre que posso. Passo pelos corredores brancos e sem graça do hospital com o coração batendo forte em meu peito. Eu nunca iria me acostumar a vê-la daquela forma, nunca! Só de lembrar do estado que ela se encontrava aquele dia meu coração se partia. Finalmente chego em frente ao lugar desejado. Quarto 202. Bato na porta delicadamente e a abro em seguida, dando de cara com Roseli sentada em uma poltrona branca. - Dayane, querida. - sorri ao me ver. - Não pensei que fosse vim hoje. - Eu vim... hum, conversar com a doutora Evangeline e decidi passar aqui para vê-la. - aponto para a cama envergonhada, desviando o olhar. Eu não consigo manter o contato visual com os pais de Carol por muito tempo, me sinto m*l por saber que, por minha culpa, a filha deles está assim, mesmo eles dizendo que não tenho culpa de nada. Ainda não entendo como eles conseguem não sentir raiva de mim depois de tudo. - Fico feliz que decidiu seguir nosso concelho. - se aproxima de mim, colocando uma mão em meu ombro e me olhando carinhosamente. - Saiba que todos nós queremos seu bem, assim como queremos o bem da Carol. Você é importante para nós, Dayane! Para ela! Sei que, quando ela acordar, vai querer de ver bem! - suspira e me dá um beijo na testa. - Vou deixar vocês duas à sós e aproveitar para ir na lanchonete comer alguma coisa. - sai. Olho para a cama e suspiro, caminhando até lá e me sentando na poltrona que tem ao seu lado. Observo seus cachos ruivos que caiam sobre o travesseiro coberto por uma fronha branca, eles não tinham o mesmo brilho de antes, estavam apagados, como se estivessem dormindo junto à ela. Sua pele, que antes tinha um leve tom de rosa na parte das bochechas, estava pálida. Há alguns arranhões em sua bochecha, um corte no supercílio, em seu lábio inferior e em seus braços. Isso com certeza não me ajudava a me sentir melhor. - Oi, gatinha.- sussurro pegando em sua mão. - Quando é que você vai acordar ein? Sei que você gosta bastante de dormir, mas já passou tempo demais! - meus olhos começam a arder ( N/A: os meus tbm :( O aparelho que mostra seus batimentos cardíacos começa a mostrar eles acelerando e eu sorrio com isso. Fico feliz quando isso acontece, pois significa que ela está me ouvindo, mesmo não podendo falar nada e nem abrir seus olhos. O médico disso que é sempre bom a família ou alguém bem próximo conversar com ela, isso ajuda com que ela recupere a consciência mais rápido. - Hoje eu tive minha segunda sessão com a doutora Evangeline, a psicóloga que eu havia mencionado para você em nossas últimas conversas. - volto a falar, apertando levemente sua mão. - Eu conversei com ela sobre você, sobre nós. Eu... eu finalmente consegui falar com alguém sobre a gente depois do acidente, me doí lembrar da época em que nós éramos felizes, porque me faz lembrar que você está neste estado por minha causa. - seus batimentos tornam a acelerar. - Não adianta discordar como os outros, eu sei que é minha culpa. Se eu não tivesse te chamado para aquela maldita festa nada disso teria acontecido, você estaria bem, bem aqui comigo. Sorrindo para mim, me beijando, me abraçando. Sabia que seus abraços são os melhores? - soluço entre as lagrimas. - Eu sinto tanta falta deles! Tanta falta de você! Por que não acorda logo? - trago sua mão gelada para perto da minha boca e dou um beijo nas costas dela carinhosamente. - Eu te amo, ruiva, muito!
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