Allonso Albuquerque Já estava começando a ficar impaciente. Que inferno… por que toda mulher demora uma eternidade no banheiro? Não é como se fosse uma viagem à Europa. Reviro os olhos, olho mais uma vez pro relógio e resolvo ir ver o que está acontecendo. Mas, antes de dar o primeiro passo, escuto uma voz doce como pimenta no olho. — Allonso, quanto tempo… — diz Estefânia, com aquele sorriso forçado que me dá náusea. Levanto o olhar devagar, e lá estão as duas: Verônica e sua filhinha mimada. Mãe e filha, versões diferentes do mesmo veneno. — Dona Verônica. — cumprimento seco, educado por obrigação. — Allonso... não sabia que estava namorando. — ela diz, com aquele tom passivo-agressivo típico de quem finge surpresa, mas tá se corroendo de inveja. — Não gosto de sair espalhando min

