Jo acordou cedo, batiam as oito horas, já ela saltava na cama
chateando Lari para se levantar.
-levanta-me esse r**o jeitoso da cama bitchhhh!!!!! Temos de
ir gastar dinheiro!!!
-Jo, por favor…- Lari implorou, ela só queria descansar mais
um bocado.
- Andaaaaa!!!!!- este último pedido acordou-a por completo,
fazendo-a sentar-se na cama. Jo saiu da cama, foi buscar o
tabuleiro do pequeno-almoço, colocou a frente da sua amiga,
um bolinho de cupcake e uma vela, dois copos e uma garrafa
do melhor champanhe e um envelope n***o com letras
douradas, com o seu nome.
- Parabéns minha galderia!!!- Jo abraçou a sua amiga com
amor. Lari apagou a vela e dividiu o cupcake pelas duas,
segurou o envelope preto na mão.
- E isto o que é?
-Não sei galderia, o rapazito louro, gostoso é que veio aqui
entregar, deve ser do teu gajo. Abre la isso que até me coço
toda para saber o que ai esta. -
Lari abriu o envelope, la dentro tinha um cartão dourado, de
crédito e um papel escrito.
“Parabéns para a melhor pessoa de todo o meu mundo. Tens
sido uma inspiração, tens sido a lufada de ar, tens sido o meu
colo e porto de abrigo, quero ser teu nesta e em todas as
vidas que nos for permitido viver… não sabia o que dar a uma
pessoa completa, então resolvi dar-te tudo o que te apetecer
ter, é teu, usa-o como bem entenderes.
PS: a melhor surpresa, é a inesperada!
Com amor, teu Jason.”
Lari arregalou os olhos e colocou a mão na boca, surpresa.
Ela pensou que ele não iria se lembrar do seu aniversario,
afinal ele tinha tudo planejado.
- O que foi galderia?! Diz-meeee!!!!- Jo estava em pulgas para
saber o que se tratava. Tirou-lhe a carta das mãos, leu.
- OH f**a-se!- Jo estava realmente admirada com o gesto
dele. – repete lá o que é que ele faz da vida, Lari?
- P… Polícia…- ela balbuciou.
-Polícia? Lari, a sério? Nenhuma força policial tem este poder
financeiro, nem este tipo de vida luxuosa, ou seguranças,
motoristas… vamos a apostas, quanto achas que tens nesse
cartão para gastar? Eu aposto em cerca de vinte mil…
-Joanna tas completamente doida, não pode ser esse
dinheiro todo, não pode…
Bem seja como for, se ele te deu, vamos gastá-lo,
independente de onde possa ser proveniente. Sei que não
precisas, mas ele ofereceu to…
- Nem sei o que dizer sobre isto…
- Não digas nada, vai-te vestir e vamos celebrar o teu
aniversario. Arranjei-te um vestido lindo, vais ficar deliciosa
dentro dele. Por muito que me custe admitir, vai te ficar
melhor do que a mim, com esse r**o super, eu sou meio
tabua.
- ahahahahaha a sério Jo?? Sabes bem que és linda e sempre
foste!
- Claro que sou! Não te enganes v***a, eu amo este corpinho!
- enquanto dizia Jo tocava o seu próprio corpo. - as duas
riram-se. Lari foi tomar duche e vestir-se. Colocou o vestido
que a sua amiga havia lhe dado. Um vestido branco perola, de
cetim, de costas abertas, alças finas, e uma a******a quase
até a coxa, bastante generosa. Ela adorou quando viu o seu
corpo naquele vestido, com um rímel leve e um batom
castanho escuro glamoroso, ela estava verdadeiramente
deslumbrante. O seu cabelo era cheio de longos caracóis,
perfeitamente definidos, sandálias de salto com tiras
transparentes e uma corrente fina dourada, delicada. Ela
sobressaia, a beleza dela transbordava. Desceu as escadas
ao encontro de Jo.
- OH p**a!!! Tu estas tao linda!!! Se o teu gajo te vir assim, é
hoje que te come toda!! – Joanna estava emocionada por vê-
la assim, fazia muito tempo que Lari não se cuidava tanto.
Enzo esperava-as, para o dia maravilhoso que as esperava.
Primeira paragem, a baixa, lojas de griffe, Gucci, Yves Saint Lorrain, Chanel, Michael Kors, Lou Bouttin, Enzo e Stefano
acumulavam cada vez mais sacolas nos braços musculosos.
Lari parou numa ourivesaria, queria oferecer algo especial a
Jason, algo que o fizesse lembrar de ambos, da sua historia
em inicio de construção. Ela sabia que ele adorava relógios,
ele tinha um relógio condizente com cada fato que usava,
mas uma pulseira deslumbrante chamou a sua atenção, ouro
branco, de corrente mais grossa, o centro da atenção seria o
símbolo do infinito discreto e ao mesmo tempo chamativo,
era impossível não reparar naquele pormenor lindíssimo. Lari
achou-a perfeita para ele.
- Sei que já te disse isto, mas, gostas mesmo desse gajo,
vadia! - Lari sorriu para Jo que acabara de aparecer nas suas
costas. Depois de tantas compras, de muita diversão entre
elas, almoçaram num restaurante elegante, na praia, riam,
falavam de tudo, brincavam como duas miúdas ainda no
colégio, comeram e beberam. Finalmente Lari sentia-se a
viver, nunca se tinha sentido tao na posse da sua liberdade
como ali, onde era ela que tinha poder de escolhas sobre si
mesma. Onde podia estar sentada num restaurante com a
sua melhor amiga, sem medos nem preocupações, em ter de
olhar por cima do ombro. Ela acreditava que Jason tinha
assustado Anthony, ela sentia-se segura.
-Jo… tirei o extrato do cartão… guardei-o, sem o ver.
-AHHH!!! Isso mesmo! Vamos ver galderia!!! Até porque quero
descobrir se ganhei a aposta. - Lari tirou o papel dobrado, de
dentro da sua bolsa, entregou a sua amiga.
- Ve tu primeiro, por favor.- pediu-lhe. Jo abre o papel.
-CALA-TE!!!- Lari fez “xiuuuu” num gesto com a sua mão,
lembrando-a que estavam no meio do restaurante, rodeadas
de pessoas, que agora, algumas as olhavam.
-Lari…. Te…. Tens de ver… isto! – aquela era uma novidade
para ela, nunca tinha visto Jo quase sem palavras daquela
forma. Ela tirou o papel da mão da sua amiga. Quando viu, ela
compreendeu, de imediato o choque deixou a embasbacada.
-Um… Um mi… milhão… eee…- Lari sentiu se num mundo
alternativo onde a realidade se mistura com a ilusão. Mas a
sua amiga completou a sua frase.
- E duzentos mil! LARI! – Mais uma vez, Joanna não conseguiu
abafar o histerismo. Nenhuma delas acreditava nos seus
próprios olhos.
- Não sei o que se passa aqui Jo… não entendo nada disto.
- Eu também não galderia, como deves ter percebido… mas
ouve, Lari, ele gosta de ti, trata-te como uma rainha… vai
tentando entender o que se passa, porque quer dizer, ele
pode ser policia, mas só se for um passatempo, ele não
precisa disso para nada… - Jo queria tira-la daquele choque,
mas Lari, no fundo, estava a tentar juntar alguma peça que
achasse perdida na sua cabeça, que ele pudesse ter lhe dito
e ela não se lembrar, mas não existia nada, ele falou do
padrinho, era a pista mais forte que tinha, só poderia vir dali,
tanto dinheiro. Ela não ia esquecer o assunto, apenas deixá-
lo de parte, guardado na caixa mental. Ela celebrava o seu
aniversario, era nisso que ela queria se focar, já se sentia
abatida, queria estar com ele, a pessoa que ela gostava, ele
não estava com ela, por muito que tivesse tentado esquecer,
o lembrete cerebral estava ali, sempre a piscar em luzes amarelas néon. Mas ela tinha o reverso da moeda, ela não
festejava com a sua amiga fazia anos, então era isso, ela
queria se divertir com Jo. Como que lendo os seus
pensamentos, Jo levantou-se da sua cadeira:
- Anda c***a, vamos. - estendeu-lhe a mão para levá-la dali.
Já era três horas da tarde quando passeavam pela praia,
pararam num bar de praia, beberam champanhe deitadas nas
espreguiçadeiras, olhando para o mar azul cristalino a sua
frente, apesar de tudo, estava de facto a ser um dia ótimo.
- Vamos a casa, mudamos de roupa, vamos jantar, mais
álcool, claro, depois, discoteca, mais álcool, logico. - Jo ria-
se perdidamente. – v***a, compraste aquele vestido curto, é
perfeito para o dia que é!
- Ok, vamos!!!- Lari queria ocupar a cabeça com algo que não
fosse a ausência de Jason. Fizeram se ao caminho, Enzo
conduziu-as de volta a casa, quase a chegar, recebeu ma
chamada, que atendeu e falava italiano fluente com a pessoa
do outro lado. Chegaram, Stefano que vinha num carro
separado, estacionou e levava o máximo de sacos que lhe era
permitido levar. Lari e Jo iam de mãos dadas, cantarolando
uma das suas músicas de adolescência, Jo entrou primeiro
em casa, Lari seguia atras da sua amiga, ia a procura do seu
telemóvel dentro da bolsa quando Jo para abruptamente em
frente a sala fazendo-a esbarrar contra ela. “Mas que
porra?...” A imagem que Lari teve a seguir fez o pensamento
desaparecer. Jason de fato feito a medida, camisa cinza-clara
com dois botões despertados, via- se um pouco do peito
perfeitamente desenhado e as tatuagens, cabelo n***o,
penteado para trás, uma argola de ouro pequenina e uma
cruz pendia dela, um copo de whiskey numa mão. Uma visão extraordinária, a sua frente na mesa, um bolo pequeno de
coberto de chantilly, pêssegos e ananases enfeitava-o, e
alguns frutos vermelhos, Emile havia se esmerado naquele
bolo, havia champanhe e copos. Jason levantou- se da
cadeira confortável, dirigiu-se a ela, com movimentos de
felino, lembrou-lhe um tigre a rodear a sua presa.
Alcançou-a, rodeou a sua cintura dela com os seus braços,
apertou-a, beijou a intensamente.
- Parabéns, minha pequena!!!- Levantou-a do chão e
abraçou-a inteira, com calor, carinho, entusiasmo,
necessidade.