intemporal

Lari era casada com Anthony, conheceram se muito novos, Lari morava numa vila pequena onde Anthony sempre teria sido seu vizinho. Era natural os miúdos brincarem juntos devido a ser um espaço tao reduzido. Anthony andava na mesma escola que ela e a sua melhor amiga Joanna, na altura ela não tinha qualquer interesse em namorar. A vida dela era traumática, o seu pai batia regularmente na sua mãe sem qualquer motivo, ele bebia, passava os dias ora, depois de sair do trabalho queria mulheres e álcool. Quando vinha para casa inicialmente seria só a mãe, com o crescimento de Lari, tornava se um hábito também ela ser maltratada. Anthony era seu amigo, todos na vila sabiam o que se passava na casa dos Bellagio, então ele aproximou se dela sempre pela via amigável, ouvindo os seus desabafos, tentando sempre apoiar. Quando lari fez dezassete anos, Anthony levou-a para uma festa, onde estaria a sua turma da escola misturada com várias outras. Foi a primeira noite de álcool, drogas e claro o primeiro contacto s****l. Depois de vários copos, Anthony aproveitara se do estado de embriagues dela, levando a para um dos quartos e pela primeira vez ela tinha relações sexuais, mesmo sendo com alguém que não desejava, a experiência teria sido péssima, Anthony era muito novo, e já ali mostrava sinais de alerta vermelho. Ela era muito nova para entender, e como não tinha conhecimento de como deveria ser a primeira vez, para ela teria sido normal ele ser bruto, agressivo e ter basicamente abusado dela e do seu estado naquele momento. Depois daquela noite, Anthony sentia se proprietário dela, namoraram, apenas com os dezoito anos de Lari eles casaram. Ela viu naquela oportunidade uma fuga ao seu pai abusivo. Anthony era filho de pais ricos que haviam lhe estragado com mimos a vida inteira, quando casaram Anthony já tinha uma pequena empresa, com dinheiro dado, pelo seu pai, ele tinha estabilidade para ter uma vida independente. Assim foi, mudaram se para a cidade, Anthony comprou uma casa perto do seu negócio. Lari, entretanto, tinha conseguido tirar o seu curso de estética então até conseguir ter o seu próprio gabinete, ela trabalhou arduamente atendendo as pessoas nas suas casas. No princípio, Anthony só era agressivo quando tinham sexo, ele gostava de lhe bater na cara e no corpo, ele tinha t***o de infligir dor enquanto estava no ato. Quando algum homem mostrava interesse sobre Lari, ele perdia a cabeça, então batia lhe sem terem relações, passava a ser um hábito, se ela se atrasasse com algum compromisso com ele, era pretexto para agressão, quando em casa ele via algo que não era do seu agrado. Tudo passara a ser motivo de agressões, pior, ele deixou de ser seu marido passando a ser apenas seu dono. Fazia o que queria com ela. Lari havia perdido qualquer desejo, amor por ele. A relação deles era feita da vontade de uma única pessoa, Anthony. Lari passou a ter uma vida igual a de sua mãe, Anthony vinha bêbedo para casa, espancava a e abusava dela sexualmente, ela só lhe servia para tratar da casa, de algum outro assunto que ele pudesse precisar e claro para os seus atos atrozes. Os anos passaram, lari tinha agora vinte e quatro anos, tinha no centro de lisboa um gabinete de estética pequeno onde atendia muitas pessoas diariamente. Anthony tinha a sua empresa ainda no mesmo sítio, os maus-tratos tornaram se piores, ao ponto dele uma das vezes lhe ter partido uma costela, apenas porque ele levou um colega de trabalho a casa e ele havia lhe dito que ele tinha uma mulher lindíssima. E era de facto, ela tinha olhos castanhos-escuros, pele tom de caramelo, lábios grossos e desenhados, o seu cabelo era comprido cheio de caracóis castanho-avermelhados que batiam bem no fundo das suas costas. O seu corpo era o sonho de qualquer homem, s***s cheios e perfeitos, cintura fina e barriga lisa, as suas ancas e r**o eram grossos. Ela era um mulherão de facto. Anthony sempre fora um miúdo bonito, mas desde que havia mostrado o monstro que só ela via, as expressões do seu rosto eram sempre sombrias, fazendo dele mais feio, ele tinha cabelo espetado escuro, um metro e oitenta, era magro, os seus olhos eram esverdeados, lábios finos e queixo saliente. Lari estava cansada de toda aquela vida de terror que vivia, ele ameaçava a sempre que a mataria se ela o deixasse. Como ela sabia do que ele era capaz, teve sempre medo. Quando estava sozinha no seu quarto, porque desde muito cedo no casamento que eles dormiam em quartos separados, Anthony dizia: “a rale não se mistura com os ricos”. Lari era o tipo de menina que tinha ambição, era determinada, destemida, mas agora passados quase oito anos de abusos, Anthony arruinava a sua verdadeira essência… Mas ela não se incomodava por ter o seu próprio quarto, alias ela rezava todos os dias para ele nunca pensarem la ir, aquele tinha se tornado o seu santuário, ela trancava se e iludia se que assim ele não conseguiria entrar no seu espaço. Mas de nada valia, quando ele realmente queria ele arrombava a porta. Lari deixou devagar de acreditar no amor, não totalmente, porque honestamente, existe sempre uma centelha divina que nos faz acreditar que tudo e possível, deixando de confiar em homens, acreditando que todos seriam assim, aproveitadores, traidores, maus. Mas ela estava enganada, infelizmente ela nunca tinha conhecido uma pessoa boa, um homem que ame, que saiba reconhecer uma mulher. Mas as sua ideias iriam mudar drasticamente, apesar de ela não saber, existiam pessoas únicas que iriam entrar na sua vida. Que poderiam virar o mundo que ela conhecia, do avesso….