The Contract

P.o.v Jully Jully Ellise Twist, 17 anos, britânica e atualmente vivendo na cidade dos sonhos, Londres. Mas precisamente, nesse momento sendo obrigada a arrumar minhas malas. Não para uma viagem, mas para na verdade morar em outra casa, com meu pai e a nova noiva dele. E ela não é chata, Ana na verdade é um amor, e me trata como se eu fosse sua filha legítima, mas não queria sair daqui onde fui criada. A casa fica na mesma cidade, mas essa é o meu lar de verdade, onde minha mãe dormiu e deu seus passos pesados comigo na sua barriga. Na realidade, não cheguei a conhecer ela, só a vi em fotos e tenho certeza de ter sido uma ótima pessoa. Ela morreu durante meu parto e ás vezes sinto me culpada por isso, mas meu pai insiste que não, que ela já estava fraca e mesmo que aguentasse não viveria por muito mais tempo. - Jully, filha, não demore tanto, por favor. - meu pai grita, com a voz doce de sempre, e eu só grito "ok" de volta. Termino de fechar as malas maiores, e começo a guardar meus itens pessoais numa mala menor. Vejo uma foto que não foi junto com meus vários porta retratos, que tem eu e meu pai juntos, numa viagem pequena que fizemos. Admito que não ter ele só para mim vai afetar minha criação um pouco mimada, mas ele está feliz, e é isso que importa. O único item que eu vejo realmente como um problema é o filho dela, Harry Sykes, famoso com sua banda e por isso, quase que insuportável de se conviver. Não entendo porque ele é tão e******o comigo, como se eu quisesse mesmo ganhar um irmão, que pouco se importa com a minha presença, ainda mais que habitaremos a mesma casa. - Vamos Jully, já está na hora.- meu pai grita novamente do andar de baixo. Pego minhas malas e tenho que fazer duas viagens entre meu antigo quarto e as escadas, encontrando meu pai  empolgado na sala. - Vou colocar as malas no carro, pai.-Falei, enquanto caminhava até o carro que já estava parado ao meio - fio, com o porta malas aberto e a porta do passageiro também. Gostava daqui porque era seguro, mas imagino que no condomínio da família Sykes, a segurança seja tripla. - Okay, só vou ver se está tudo trancado e já saímos.- Ele diz, subindo pro segundo andar. Entrei no local do passageiro e liguei o rádio, estava tocando Fancy e começei a cantar baixinho, me distraindo com os ponteiros do meu relógio de pulso. Logo meu pai sai e tranca a porta da casa, entra no carro, liga e acelera pela rua que ainda estava com rastros de raios solares deixados pelo entardecer. Estava tocando o refrão da música e comecei a cantar mais alto. - Sua voz está cada dia melhor filha, parabéns. - meu pai elogia, olhando para mim. - Só está sendo gentil.- Digo revirando os olhos, não com um ar de soberba, mas eu sabia que ele estava querendo me agradar também. Desligo o rádio e cerca de 10 minutos depois paramos em frente á casa de Ana. Abro a porta e já me deparo com a mesma saindo pela porta, vindo alegre até nós. Ela abraça a meu pai e depois a mim. - Estou tão feliz que vão morar aqui. - ela exclama, e Harry logo aparece ao seu lado, mas calado. - Eu também..muito feliz. - declaro, e Harry me encara. Mesmo que eu não esteja totalmente sincera, ele não pode revogar, já que nem isso faz questão de disfarçar. - Não consegue ser simpática sem fingir? - ele solta, o rosto sem expressão. - Você também não consegue, então não reclame.- Digo, para depois ir até o porta - malas, abro e pego as mesmas andando em direção á casa. Todos me seguem e entram na residência também. - Onde é meu quarto? - minha cara ainda não está convidativa, mas meu pai é compreensivo e apenas observa. - É lá em cima, leve-a até lá Harry. - Ana pede. - Vamos.- Ele segue subindo as escadas, vou atrás dele, até parar na terceira porta á esquerda do enorme corredor branco. O garoto abre a porta e eu entro. Deixo as malas no chão enquanto observo tudo, vou até ao banheiro e quando volto Harry está parado na porta. - Obrigada, mas já pode sair. - dou um sorriso forçado, acenando a mão em despedida para ele. - Ingrata. Harry diz e sai, batendo a porta audivelmente. Idiota. Penso comigo mesma. Estava muito cansada, afinal fiquei o dia todo arrumando caixas e malas. Decido por tomar um banho para relaxar e assim o fiz. Fui até o banheiro e me despi, liguei a água e entrei no voz. Meus músculos foram se relaxando á medida que a água quente caía sobre mim. Cerca de 5 minutos depois desliguei a água, sequei meu corpo e coloquei meu pijama curto, até porque o dia estava razoavelmente quente. Penteei meus cabelos e me joguei na cama, ainda não tinha jantado mas nem estava com fome. Coloco meus fones e adormeço. P.o.v Harry Estava vendo um filme sem graça na sala, quando minha mãe aparece na porta da cozinha. - Harry, vá chamar a Jully para o jantar. Bufo e levanto em direção ás escadas, subo e vou para a porta do quarto. Dou duas batidas, espero um pouco e nada. Bato mais duas vezes e a chamo. - Jully, é o Harry, minha mãe está te chamando para o jantar. - Espero, e como não obtenho resposta tomo a liberdade de entrar no quarto. A encontro deitada na cama, dormindo. Decido por não acorda-la, já que não quero conhecer seu humor, pior ainda, quando é despertada de seu sono. Volto a descer e digo á minha mãe que ela acabou por dormir. Ela fica triste pois tinha feito um jantar especial á eles, mas logo depois serve o jantar e nos sentamos á mesa. Minha mãe e meu novo padrasto estavam cheio de apelidos fofos e tudo mais que argh! até perdi a fome, dei boa noite á eles e vou pro meu quarto. Tomo banho e coloco só uma cueca. Desligo a luz e adormeço logo em seguida.