ZACK [•••] Me jogo na enorme cama do quarto e me espreguiço, ronronando igual um gato manhoso, pois o colchão é tão macio que eu pareço está flutuando nas nuvens. Toco de maneira distraída a tatuagem de uma enorme serpente enrolada no meu antebraço. Essa foi a primeira que fiz, quando tinha 16 anos. Precisei viajar para a cidade de Caio e fazer lá, enquanto ele segurava minha outra mão e me ouvia gritar de dor — achei que seria tranquilo, mas a realidade é que dói pra c*****o —. Nem ele e nem minha mãe aprovaram isso, mas fiz para mim, e não para eles. E apesar da dor, faço uma tatuagem nova à cada cinco meses, além de retocar o meu cabelo sempre que as raízes escuras estão aparecendo. O piercing na minha língua e na sobrancelha são os únicos que pretendo ter, pelo menos por enquanto.

