Capítulo 1

1366 Words
AVISO IMPORTANTE! Esta obra é uma criação totalmente fictícia, fruto da minha imaginação. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, situações ou lugares da vida real é mera coincidência. Contém conteúdo +18, com cenas de violência, sexö explícito e temas sensíveis que podem servir como gatilhos emocionais. Reforçando que não teremos conto de fadas aqui. São anti-heróis! A leitura é de inteira responsabilidade do leitor. Peço que relevem erros ortográficos, mas sempre que possível estarei revisando. Lembrando que alguns erros são propositais. Não autorizo adaptações, cópias, fanfics ou qualquer tipo de reprodução deste conteúdo, total ou parcial, sem a minha permissão expressa. Caso não se sinta confortável com esse tipo de material, recomendo que não prossiga com a leitura. E quem decidir embarcar nessa loucura, tenha paciência com a autora e não deixe de comentar e curtir os capítulos, isso motiva muito! Boa leitura minha tropa! Capítulo 1 MARINA NARRANDO 👷🏼‍♀️ Leblon — Rio de Janeiro 📍 A luz do sol invade meu quarto sem pedir licença, me obrigando a abrir os olhos. Reviro na cama, querendo ignorar a vida, mas não dá… quem quer passar no vestibular de engenharia civil não tem esse privilégio. É isso. Minha vida, basicamente, se resume a estudar, estudar e adivinha? Estudar mais um pouco. Tenho 17 anos, tô no último ano do ensino médio e moro com meus pais no Leblon. Meu objetivo é simples: uma vaga na federal. E não existe nada — absolutamente nada — que me faça desviar desse foco. Pego o celular, olho as horas e quase pulo da cama. Me arrasto até o banheiro, faço minha higiene, prendo o cabelo, passo um rímel só pra não parecer um zumbi e desço pra tomar café. — Bom dia, meus amores! — falo, jogando meu melhor sorriso. — Bom dia, princesa — respondem juntos, no tom mais carinhoso do mundo. Me sento e, sem nem respirar direito, começo a desabafar: — Eu tô muito ansiosa pro vestibular! As aulas tão acabando, logo faço dezoito, e se tudo der certo, estarei na universidade. Sério, parece que meu sonho tá aqui, batendo na porta, só esperando eu abrir. Meus pais sorriem. Aquele sorriso que mistura orgulho, amor e um pouquinho de medo do tempo estar passando rápido demais. — Minha menina tá virando uma mulher — minha mãe comenta, ajeitando uma mecha do meu cabelo. — E como tá. Parece que foi ontem que eu te levava na escola de mochila da Barbie — meu pai fala, meio rindo, meio perdido nos próprios pensamentos. Mas não sei. Tem algo no tom dele que não me desce. Tá estranho. Percebo o olhar dele meio distante, preocupado. Só que, como sempre, ele se fecha. Meu pai é assim. Prefere carregar o mundo nas costas sozinho do que dividir qualquer coisa comigo ou com a minha mãe. E, sinceramente, eu acho isso uma baita besteira. Somos uma família, né? — Filha, bora. Te deixo na escola hoje. Preciso entrar mais cedo no banco. — minha mãe avisa, pegando as chaves. — Bora! — me levanto — Tchau, pai! — dou um beijo nele. — Tchau, meu amor. — Ele responde, me abraçando forte, como se esse abraço quisesse dizer algo Mas eu deixo pra lá. (...) Minha mãe me deixa na escola e vai trabalhar. No segundo que desço do carro, já vejo a Jéssica vindo na minha direção. Minha melhor amiga desde que me entendo por gente. — E aí, Mari! — ela fala, me abraçando. — E aí! — sorrio. — Cara o ano tá acabando. Você acha que a gente vai continuar assim? Se cairmos em faculdades diferentes? Não sei lidar com essa possibilidade, sério. Eu te amo, você é a minha irmã que a vida me deu. — Ela fala tudo de uma vez, do jeitinho intenso dela. — Ah, para, né! Nossa amizade é pra vida inteira, você sabe disso. — seguro na mão dela — Mas já decidiu o que vai fazer? — Arquitetura. Na mesma faculdade que você, se Deus quiser. Só que né — faz careta — Quem é a gênia aqui é você. Eu vou só na sua cola. Então não é certeza se vou passar. Dou risada e a gente segue juntas pro prédio. A aula até que passou rápido, entre risadas e aquele nervosismo de quem tá fechando um ciclo e começando outro. (...) Quando saio da escola, dou de cara com meu pai no carro me esperando. — Você é pontual até demais, hein! — brinco, entrando. — E aí, como foi a aula? — pergunta, ajeitando o retrovisor. — Ótima. Eu amo matemática, né? Mas me responde uma coisa: vai almoçar em casa ou veio só me buscar? — Só vim te buscar, filha. Preciso voltar pra empresa. — responde, meio seco. — Pai, não precisa perder o almoço comigo. Eu posso muito bem voltar sozinha. Ele respira fundo. — Aqui tá perigoso, Mari. Prefiro assim. Sua mãe também acha melhor. — fala sério, olhando a rua como se qualquer coisa pudesse acontecer a qualquer segundo. O clima pesa um pouco no carro. Silêncio. Só o som da cidade lá fora preenchendo o espaço. Tá esquisito... Ele tá esquisito. Chegando em casa, ele estaciona, se inclina e me dá aquele beijo de pai preocupado. — Fica em casa, tá? Tá tendo muito assalto por aqui. Qualquer coisa, me liga. Preciso ir. Vejo ele arrancar e sumir no quarteirão. O resto da tarde segue normal. Faço umas coisas em casa, tiro aquele cochilo maroto e depois me jogo no sofá. Ligo a TV e, claro, tá passando reportagem policial. “O dono da Rocinha, conhecido como ‘Malvadão’, é apontado como o líder de uma das facções mais perigosas do Rio. As autoridades tentam capturá-lo, mas ninguém sabe sua real identidade. Nenhuma foto, nenhum rastro. Um fantasma no mundo do crime” Só de ouvir, me dá um arrepio. As imagens são pesadas. Gente chorando, polícia, tiro, confusão... Aquele tipo de coisa que, por mais que pareça distante da nossa realidade, tá ali, no nosso quintal. A porta se abre e meus pais entram. — Nossa, filha Desliga isso. — minha mãe fala, largando a bolsa no sofá. — Mari, pra que ficar vendo essas coisas? — meu pai completa, fechando a porta. — Tava passando só parei pra ver. — desligo, meio desconfortável. — Vamos jantar. E muda esse canal, porque coisa rüim já tem lá fora. Aqui dentro, é só amor e paz. — minha mãe decreta, do jeitinho dela. O jantar, como sempre, foi gostoso. Família unida, risadas, aquela coisa boa que só quem tem lar entende. Subo para o meu quarto, tomo banho, me ajeito na cama e pego o celular pra dar aquela conferida básica nas redes sociais. Até que vibra uma notificação no WhätsApp. [ Jéssica 🌪️ ] — Boa noite, amiga. Estranho. Ela nunca manda mensagem essa hora. [ Mari 👷🏼‍♀️ ] — Boa noite, Jé! Tá tudo bem? Sempre achei meio curiosa a vida da Jéssica. A gente é unha e carne na escola, mas fora dela, é como se existisse uma parede invisível. Ela chega todo dia num carro preto, com vidro fumê e dois caras junto, sempre. Nunca me contou onde mora. Já dormiu aqui várias vezes, mas eu nunca pisei na casa dela. E, sempre que tento puxar assunto sobre isso, ela desconversa, fica estranha. [ Jéssica 🌪️ ] — Amiga acho que vou ter que sair da escola. Meu coração dispara. [ Mari 👷🏼‍♀️ ] — Como assim? Por quê? O que tá rolando? [ Jéssica 🌪️ ] — Problemas de família... não posso falar... [ Mari 👷🏼‍♀️ ] — Você vai amanhã? [ Jéssica 🌪️ ] — Não sei, preciso desligar. A gente se fala. Boa noite . [ Mari 👷🏼‍♀️ ] — Boa noite, mas, por favor, me dá notícias. Tô preocupada. Bloqueio o celular e fico encarando o teto. A cabeça a mil. Tudo isso tá muito estranho. Muito errado. E é com essa pulga atrás da orelha que, sem nem perceber, acabo pegando no sono. REELEITURA E REESCRITA, MAS VALE A PENA LER OU RELER!
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