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1111 Words
Dário Marino O baile finalmente chegou. Para meu azar, meu pai estava todo feliz hoje, e eu não entendi o porquê, mas também não quero me envolver nos assuntos dele. Assim, não dou margem para ele se envolver na minha vida pessoal. Se bem que, se eu colocar na ponta do lápis, fica difícil saber quando ele não se envolve na minha vida. Mas isso vai acabar daqui a 7 dias. Hoje, eu vou escolher a minha querida esposa e me casar com ela no final de semana. Depois disso, eu assumo a casa Nostra, e meu querido pai se aposenta, me deixando em paz para sempre. Antônio: Ansioso para o baile ? Dário: O senhor não tem noção! Eu estou tão animado que provavelmente vou sair por aí saltitando como a Chapeuzinho Vermelho, levando doces para a avó dela. Pena que o Lobo Mau não conseguiu devorá-la; a história seria muito mais divertida se tivesse sido assim. Antônio: Dário. Dário: O que houve, pai? Já te disse que estou animado para o baile de máscaras. m*l posso esperar! Se eu pudesse, sairia correndo, mas como não posso, irei escolher. O senhor disse que eu posso me casar com uma mulher que eu escolher. Lembre-se disso: a palavra dos Marinos não tem volta. Antônio: Você pode se casar com qualquer moça que esteja nesse baile. Eu não vou te impedir; eu te dou a minha palavra. Só quero que você faça a escolha certa e que você seja feliz. A Sasha e a Paulina vão estar lá; elas são ótimas pretendentes. Dário: A Bruxa do 71 também era uma ótima pretendente, e o Seu Madruga não quis casar com ela. Mesmo assim, o senhor entende que, às vezes, aos seus olhos, elas são ótimas pretendentes, mas aos meus não são. Só de pensar nessas duas, eu já fico enjoado. Melhor não me lembrar do nome delas; senão, eu posso acabar no hospital. Seria um desastre o anfitrião da festa, que está fazendo 26 anos hoje, passar m*l e parar no hospital. m*l posso esperar por esse momento! Eu adoraria passar a minha noite tomando soro, mas é uma pena que a minha saúde esteja perfeita. Mas se o senhor continuar falando dessas duas, eu com certeza irei para o CTI, e talvez seja um caminho sem volta. Eu posso entrar em coma, principalmente porque o senhor insiste que eu tenho que me casar com uma dessas duas. Elas não sabem nada da máfia; são filhas de conselheiros que provavelmente querem me espiar, e eu não vou ficar nas mãos deles, e muito menos vou me casar com as filhas deles. Antônio: Eu soube que as duas gostam de você desde a sua adolescência; você que nunca olhou para elas. Dário: É claro que não! Elas não são meu tipo de mulher; fúteis demais! Elas nem sabem ler. Eu acho que elas são da época dos homens das cavernas. Sinceramente, não adianta ser bonita de rosto, Paizinho, se elas vão ser vazias de conteúdo. Eu, no mínimo, quero me divertir dentro do meu casamento. Quero manter uma conversa sobre livros, filmes ou documentários, e quero que a pessoa, no mínimo, entenda o que eu estou falando. E essas duas têm o cérebro do tamanho de uma ervilha. E eu vou até pedir desculpas para a ervilha; eu não quero ofendê-la, porque comparar ela com aquelas duas é uma ofensa geral. Antônio: Elas seriam ótimas mulheres para você se casar. Eu acho que você está julgando o livro pela capa. Dário: Ainda bem que eu ando passando longe de bibliotecas, porque se eu abrir um livro desse, com certeza eu jogo fogo, e seria uma ofensa ao autor, no caso, os pais. Eu quero elas longe de mim nesse baile, por favor! Não estrague a noite do meu aniversário. Um baile de máscaras não é a melhor forma de comemorar. E, para piorar a situação, eu ainda vou ter que aguentar as duas a noite toda. Me dê espaço para eu fazer a escolha certa; eu não quero me arrepender depois. E como um pacto de sangue não pode ser desfeito, ou você é obrigado a cortar a cabeça da minha mulher, seria um pouco deselegante da minha parte. Antônio: Eu, sinceramente, não me casaria com você se eu fosse mulher. Você tem um humor muito ofensivo para uma pessoa tão jovem. Dário: Eu acho que o senhor está duvidando da minha capacidade de arrumar uma mulher inteligente o suficiente para entender o meu amor, que gosta de ler e que tenha um hobby que preste, que não seja gastar o meu dinheiro em salões de beleza e nem com roupas caras e bolsas desnecessárias. Antônio: Você sabe que pode moldar a sua esposa ao seu jeito. Dário: Isso seria entediante demais para o meu gosto. Imagina eu tendo que explicar para uma mulher como ela tem que se portar, como ela tem que escrever e o que ela tem que ler. Não, eu estou velho para isso. Eu vou me arrumar para o baile, e eu pedi uma máscara que tampa todo o meu rosto. Assim, as pessoas não vão me reconhecer e não vão puxar o meu saco. Elas vão pensar que eu sou o Vicenzo e vão pensar que ele sou eu. Assim, fica mais fácil de eu escolher a minha querida esposa. E eu peço, por gentileza, que o senhor não me dedure para as duas idiotas; eu não estou disposto a lidar com elas. Antônio: Se encontramos no baile. Dário: Até lá. Eu fui para o meu quarto me arrumar, e eu sei que meu pai já tinha visto a minha máscara. Então, eu fui até o quarto do Vicenzo, que também veio se arrumar na casa dos meus pais, e pedi para ele trocar de máscara comigo. Nós dois temos os cabelos loiros e, graças a Deus, estamos com o mesmo corte de cabelo. O cabelo dele está um pouco maior, mas eu acredito que elas não sejam inteligentes o suficiente para saber diferenciar. Vicenzo: Eu não vou colocar essa máscara; você quer me jogar na cova dos leões? Dário: Eu preciso encontrar uma esposa, e com certeza nosso pai vai informar qual é a minha máscara para as mulheres que estão associadas ao conselho. Eu preciso da sua ajuda, meu querido irmão. Você quer que eu seja o dono da máfia ou não? Vicenzo: Me dê essa droga aqui, mas lembre-se que você está me devendo uma e que tudo que eu beber nas suas boates vai ser pela sua conta. Dário: Perfeito! Ainda deixo você levar umas amigas. Agora vamos nos arrumar; a noite promete.
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