Alexei Dragunov O som das portas do escritório batendo com força me alertou antes mesmo de levantar os olhos dos papéis que analisava. Paolo entrou como uma tempestade, a fúria estampada em cada passo. Ele nem se deu ao trabalho de pedir permissão, algo que já começava a testar minha paciência. Paolo: "Você sabia o que eles fariam com ela, sabia que ela ia morrer, e ainda assim resolveu salvá-la? Por quê? Me diz, por que você fez isso?" Levantei os olhos lentamente, deixando o silêncio se arrastar por alguns segundos. A maneira como ele gritou comigo, como se tivesse o direito de me questionar, era quase cômica. Fechei a pasta à minha frente e me recostei na cadeira, estudando aquele garoto como quem avalia uma peça defeituosa em uma máquina. Alexei (pensando): Ele realmente acredita q

