Elena Saí do escritório como se estivesse fugindo de um incêndio, embora o fogo que me queimava estivesse dentro de mim. Cada palavra dita por Vincenzo ainda ecoava na minha cabeça como um trovão em tarde abafada. Ele me expôs com frieza, me desnudou com verdades cruas — como se eu fosse apenas uma peça em seu jogo, e não alguém tentando sobreviver ao caos que ele mesmo criou. O corredor parecia mais longo do que nunca, um túnel escuro que se estendia infinitamente diante dos meus olhos. Cada passo que eu dava ecoava, um som oco que apenas acentuava a solidão e o pavor que me consumiam. Meus pés vacilaram, tropeçando na minha própria pressa, até que finalmente alcancei a porta do quarto. Agarrei a maçaneta gelada com as mãos trêmulas, a respiração presa na garganta, e girei-a com uma urg

