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Esposa por Contrato do Mafioso

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Blurb

Quando o pai de Elena assina um acordo com a máfia para salvar a própria vida, ela se torna parte da negociação: a noiva por contrato de Vincenzo Vitale — o temido herdeiro da família mafiosa mais influente da cidade.

Frio. Calculista. Letal.

Ele não acredita no amor.

Ela não acredita que possa escapar.

O que deveria ser apenas um casamento de fachada se transforma em um campo de batalha entre orgulho, desejo e verdades enterradas.

Vincenzo não esperava que Elena o desafiasse.

E ela não imaginava que o perigo mais real não viria dos inimigos… mas do próprio marido.

Porque quando a máfia impõe um laço… só a morte o desfaz.

Ou o amor.

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Capítulo 1 – A Aliança Sombria
Elena O eco dos passos de meu pai soava solene no vasto salão de mármore. Cada pedra branca reluzia sob o teto abobadado, iluminado por candelabros de cristal que lançavam reflexos prateados nas colunas dóricas. Eu estava encostada à parede, o vestido de tafetá n***o arrastando no chão polido. Por entre as dobras do tecido, meus pés tremiam, mas eu me recusava a recuar. Antes de mim, sentados em cadeiras de couro carmesim, estavam Don Vitale e meu pai ­– dois homens unidos por palavras seladas em tinta e sangue. Meu coração palpitava em ritmo descompassado, como se quisesse escapar do peito. Meu pai havia me lançado um último olhar, um misto de afeto e pesar, antes de colocar a pena na tinta carmesim. A pena tremeu em sua mão, e meu estômago revirou. Eu já conhecia a reputação dos Vitale: implacáveis, calculistas, donos de um império que se estendia pelas sombras da cidade. Agora, eu era o fiança de meu pai. A noiva por contrato do herdeiro mais temido que já ouvira falar. Enquanto meu pai traçava o último risco na folha de pergaminho — o pacto de sangue — uma lâmina de frieza atravessou o olhar de Don Vitale. Vi a veia pulsar sob sua têmpora, como se aquele ato lhe trouxesse prazer silencioso. Ele fechou o contrato, levantou-se com um gesto preciso, e meus joelhos quiseram ceder. Um suave sussurro de seda denunciou minha hesitação, e olhei para o espelho alto atrás de mim: meu rosto pálido, olhos escuros, lábios cerrados num traço de desafio. Eu jurei a mim mesma que não me curvaria. — Está feito — declarou meu pai, a voz embargada pela emoção contida. — Elena… filha… Ele titubeou, e Don Vitale inclinou o corpo para frente, a luz refletindo no anel de rubi que ornava seu dedo. — Uma aliança benéfica para ambos os clãs — disse ele, apanhando o cálice de cristal ao lado da mesa. O vinho tinto manchou o líquido, lembrando ferrugem fresca. — À prosperidade… e ao respeito mútuo. Os convidados ergueram suas taças; um coro de sussurros percorreu a imensa sala. Senti um arrepio ao perceber que muitos daqueles rostos escondiam punhos cerrados sob os arcos marmóreos. Essa festa não celebrava amor nem união, mas o preço de uma vida, o valor de um nome. E meu nome se tornara moeda de troca. Disseram-me para me aproximar. Os guardas que me cercavam trajavam ternos escuros e pistolas discretas na cintura — o exército particular dos Vitale. Passei pelo tapete carmesim, cada passo meu reverberando um frio absoluto. Meu vestido n***o contrastava com o vidro manchado de golas iluminadas pela sinistra claridade. Sentia o peso do véu de renda sobre meus ombros como um aviso: de agora em diante, minha existência pertencia a eles. Chegando à mesa, ergui o olhar para Vincenzo Vitale. Era ele quem devia me “receber” como esposa de fachada. Seus olhos eram de um azul cortante, gélidos como as profundezas de um lago congelado. Os traços do rosto, austeros e angulares, lembravam estátuas antigas que jamais sorriem. Quando nosso olhar se encontrou, senti o calor subir à minha face. Não por atração, mas por um sentimento inquietante: a certeza de que, sob aquela superfície impenetrável, havia perigos que nem meu pai ousava imaginar. — Elena — disse ele, a voz baixa e precisa. Cada sílaba cortava o ar com a exatidão de uma lâmina. — Sinta-se… bem-vinda. Houve um silêncio tenso. Eu queria falar, protestar, implorar, mas as palavras se recusavam a nascer. Em vez disso, respondi com um aceno leve, forçando-me a um sorriso contido. — Obrigada. O cálice deslizou de suas mãos até as minhas, e pude senti-lo transpirar — um toque gélido, impregnado de autoridade. Bebi um gole rápido, engoli o líquido de gosto amargo e tentei manter-me ereta. Por dentro, meu ser gritava. Eu estaria disposta a tudo para salvar meu pai, mas não estava certa de quanto sacrificar seria demais. A cerimônia logo deu lugar a um banquete formal. As mesas alinhadas em “U” se estendiam com talheres de prata e taças similares. O aroma de ervas e de carne assada pairava no salão, mas cada garfada parecia pesada na garganta. Permaneci silenciosa, fitando as chamas dançantes que queimavam em castiçais de bronze. Enquanto os convidados se ocupavam em brindar, sussurrar e mensurar alianças com olhos sociáveis, eu me sentia como uma sombra enganada, aguardando o momento de fugir. Foi então que ouvi o primeiro sinal de alerta: estalos de rádio na lapela de um dos guarda-costas, seguido de um sussurro urgente. — Senhor Vitale… algo não está certo lá fora. Ele ergueu uma sobrancelha, ladeando o rosto na direção de uma janela alta que dava para o pátio. O céu escuro tingia-se de nuvens pesadas, prenunciando chuva — um presságio oportuno para tentar ocultar um possível alvorecer de violência. O salão caiu num clima de tensão súbita. Alguns homens puseram as mãos nos coldres; outros trocaram olhares preocupados. Vincenzo fechou os punhos sobre a mesa, seus dedos trêmulos não por medo, mas por excitação. Um sorriso frio ergueu o canto de seus lábios. — Parece que nossa festa será… mais agitada que o previsto. Meu coração disparou. Senti minha respiração prender-se enquanto o silêncio voltava a reinar, agora mais pesado. Eu sabia, naquela fração de segundo, que aquele evento não terminaria em mera confraternização de poderosos. Algo rondava as sombras do pátio — talvez um atentado, um golpe rival, uma retaliação. E eu estava presa ali, entre os leões, sem escapatória. Desobedeceria ao contrato para salvar minha pele? A dúvida latejava em minha mente com força c***l. Vi meu pai, sentado à cabeceira da mesa, observando o herdeiro com os olhos marejados. Ele nunca fora do tipo a se render ao medo, mas agora parecia um homem encurralado pelos próprios erros. Eu o amava demais para deixá-lo definhando nessa aliança infernal, mas a noiva contratada sabia que qualquer ato impensado significaria morte certa — para ele, para mim, para nossa família. — Protejam-nos — ordenou Don Vitale a seus capangas, e um grupo de guardas ergueu as armas metálicas, apontando discretamente para as saídas. — Ninguém sai. — Ninguém entra — completou Vincenzo, a voz tão implacável quanto seu olhar. Eu me afastei da mesa, cruzando os braços sobre o b***o. Minhas mãos tremiam, mas meu semblante mantinha-se inabalável. Preciso parecer forte, pensei. Se ele visse medo em meus olhos, talvez isso lhe desse poder sobre mim — e eu não deixaria que isso acontecesse. As velas tremeluziam quando uma rajada de vento invadiu o salão, empurrada pela porta lateral, entreaberta. Um grito abafado ecoou do corredor. Eu me movi num impulso, correndo em direção à porta, mas meu pai segurou meu braço com força. — Elena, fique aqui — murmurou ele. — Por favor. Eu olhei para seus olhos suplicantes e senti as lágrimas se formarem na garganta. Ele não conseguia me proteger, mas exigia meu sacrifício. Senti dor. Dor pela vida que eu deixava para trás, pelas memórias de infância corroídas pelo medo crescente, pela solidão que invadia cada cômodo da casa que antes foi lar. Ao retornar ao meu lugar, percebi que Vincenzo me observava com atenção inquieta. Seus lábios se entreabriram num meio sorriso: um convite enigmático para um jogo do qual eu não conhecia as regras. Meus pensamentos giravam em torno de uma única certeza: não confiaria jamais plenamente naquele homem, mas, para sobreviver, precisaria aprender a usar minhas armas — a mente, a astúcia e, se fosse necessário, a sedução. O estranho incidente se dissipou tão repentinamente quanto surgira. As portas foram trancadas, as portas laterais cerradas, e o banquete recomeçou com uma rigidez que lembrava velório. Os convidados forçaram sorrisos, brindes ensaiados, conversas em tom cordial — mas eu sabia que estava marchando para um destino incerto. A aliança sombria havia sido firmada, e agora não havia mais voltas. Quando o jantar terminou, conduziram-me a uma ala privativa da mansão. Fui acompanhada por dois guardas até meu quarto de colunas altas e tapeçarias negras. Fecharam a porta. Por alguns segundos, silêncio absoluto. Sentei-me na beirada da cama, o coração ainda a mil, e deixei escapar um suspiro contido. Olhei para o espelho de corpo inteiro e vi a silhueta esguia refletida ali: o vestido n***o, o rosto pálido, o cabelo solto descendo pelos ombros. A jovem destemida que eu imaginara ser parecia distante, quase irreconhecível. Mas eu não era criança; havia me tornado uma peça num tabuleiro do mais perigoso dos imortais. De repente, ouvi um clique suave atrás da porta. Um cartão preso à fechadura: “Amanhã, às oito, no escritório de Vincenzo. Prepare‑se.” Meu estômago se contraiu. O convite era um comando. Senti‑me observada, vulnerável. A chave girou no trinco, mas ninguém entrou. O corredor lá fora permanecia deserto, iluminado apenas por uma única lamparina que lançava sombras tremeluzentes pelas paredes de pedra. Levei a mão ao peito e pressionei o pergaminho do contrato que guardara no bolso do vestido. As cláusulas tortuosas se repetiam na minha mente: “Traição acarreta morte.” “Obediência irrestrita.” “Castigo exemplar.” Cada palavra gemia como lâminas afiadas. Respirei fundo e ergui a cabeça. Se o destino me atrelara a Vincenzo Vitale, eu lutaria com todas as minhas forças. O que deveria ser um casamento de fachada transformou‑se num campo de batalha onde orgulho e desejo se misturariam — e as verdades enterradas iriam emergir, custe o que custar. Apaguei a vela que iluminava o quarto. As trevas envolveram-me como um abraço frio, e eu percebi que a noite seria longa. Afinal, quando a máfia impõe um laço, só a morte o desfaz. Ou o amor. E eu ainda não sabia qual dos dois custaria menos.

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