Capítulo 51. Novas regras

368 Words
Amélie ainda estava parada, hesitante no hall, tentando processar a vastidão e o luxo da mansão ao redor, as palavras de Henrique e a promessa de que ali seria tudo melhor. Depois de alguns segundos em silêncio, baixou a voz e perguntou: — Senhor...posso lhe fazer uma pergunta? — Henrique. — Perdão senhor. Amélie abaixou a cabeça, entendeu aquilo como uma repreensão. Henrique percebeu e seu coração apertou, Amélie deve ter sofrido muito para ser tão medrosa assim. — Amélie, me chama de Henrique, sem senhor por favor, só Henrique. — Mas senhor... Henrique levantou a sobrancelha divertido. — Henrique... — Isso, Amélie, só Henrique. — Henrique...onde vou trabalhar? Qual horário devo me levantar amanhã ? Henrique sorriu levemente, percebendo o tom de preocupação misturado à curiosidade dela. — Você não precisa trabalhar amanhã, é domingo Amélie.— disse, firme, mas gentil. Amélie arregalou os olhos, surpresa. — Não… trabalhar? Mas… por que você está fazendo isso? — A voz saiu quase em sussurro, misto de incredulidade e receio. — Eu… eu não entendo… Henrique desviou o olhar por um instante, como se estivesse escolhendo cuidadosamente as palavras. — Isso… — começou, pausando, observando cada reação dela — é algo que vamos conversar depois. Por enquanto, quero que apenas saiba uma coisa: aqui de finais de semana ninguém trabalha. Tudo bem? Amélie sentiu o coração bater mais rápido, a surpresa e a ansiedade se misturando com um fio de esperança. — Mas… então… eu posso… eu posso ficar aqui… sem fazer nada? — perguntou, a voz trêmula, como se ainda estivesse em dúvida se era real. Henrique assentiu, mantendo a expressão firme, mas cheia de segurança: — Sim. — Por Deus senhor... — Senhor Amélie? — Desculpa, Henrique. Amélie respirou fundo, fechando os olhos por um instante, tentando absorver aquela sensação estranha de alívio. Pela primeira vez em muito tempo, parecia que alguém realmente se preocupava com ela, alguém que estava disposto a protegê-la sem exigir nada em troca, pelo menos por enquanto. Um pequeno sorriso tímido surgiu em seus lábios, e, mesmo receosa, ela começou a acreditar que aquela noite poderia marcar o início de uma nova vida. — Obrigada. — Não tem o que agradecer, Amélie.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD