CAPÍTULO 23 EDUARDA NARRANDO A respiração começou a acelerar. Meu corpo inteiro gelou. E foi tudo questão de segundos. O som do motor do carro aumentou. A porta de trás se abriu com um estalo seco. E antes que eu pudesse reagir, uma mão forte me agarrou por trás. — QUE ISSO?! ME SOLTA! — gritei, chutando, me debatendo com tudo que eu tinha. Mas era tarde. Um segundo homem apareceu do lado e me puxou com brutalidade. Meu corpo foi lançado pra dentro do carro, batendo o ombro contra o banco, a cabeça rodando, tudo girando. — SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! SOCORRO! — berrei, desesperada, tentando sair, tentando empurrar, mas o cheiro de gasolina, o calor, a tensão me engoliram. A porta bateu com força. O carro arrancou com tudo, o pneu cantando no asfalto. — CALA A BOCA! — o motorista gri

