CAPÍTULO 102
PAULA NARRANDO
Fiquei sem saber o que responder. O cara jogou essa assim, na maior naturalidade, como se fosse a coisa mais simples do mundo.
E eu ali, com a boca cheia de batata frita, sem coragem de engolir nem de responder.
— Tá rindo por quê? — ele perguntou, me encarando com aquele olhar maroto.
— De nada… — desviei o rosto, limpando a boca com o guardanapo. — Só achei engraçado esse teu jeito de falar as coisas assim… sem pensar.
— E tu acha que eu não penso? — ele arqueou a sobrancelha. — Penso pra c*****o. Ainda mais quando o assunto é tu.
Fiquei muda. De novo. Porque era f**a escutar isso de um cara como ele.
Do Maconha. O mesmo que bota os arrombado pra correr na pistola, agora tava ali, me olhando como se eu fosse a única coisa que ele queria naquela noite.
