Capítulo 4 - Mel e canela

1319 Words
O dia começou como qualquer outro para Samael Blackwolf — pontual, preciso e implacável. Mas o destino parecia decidido a testar o homem que controlava tudo… menos o próprio coração. Acordou nu em sua cobertura, o brilho frio do sol da manhã invadindo as janelas panorâmicas e colorindo o mar ao longe. Ao seu lado, sua bela e irresistível esposa ruiva dormia de bruços, o corpo escultural banhado pela luz. O simples vislumbre fez o corpo de Samael reagir: um lobo nunca está satisfeito, ele pensou. Ele se levantou e foi até o banheiro, tentando seguir a rotina matinal — escovar os dentes, encarar o reflexo —, mas nenhum gesto comum era suficiente para acalmar aquele desejo cru e urgente. Ele voltou para a cama, o olhar fixo nela, e começou a despertá-la com delicadeza e intensidade, uma mistura de predador e amante. Seus lábios tocaram os ombros, descendo lentamente pelo corpo que conhecia tão bem, explorando, provocando, reacendendo o fogo que nem o tempo poderia apagar. Ela se moveu, virando-se de frente, e emitiu um ronronado gutural antes de abrir as pernas em um convite silencioso. A visão da i********e dela, linda, macia e rosada, fez o m****o dele latejar e uma gota de excitação deslizar. Sem demora, ele se posicionou e começou a beijar a coxa dela, subindo em direção ao centro. No instante em que sua língua encontrou o ponto quente e úmido, ela arqueou as costas com um gemido abafado. "Aah, sim, que delícia...", a voz dela era apenas um sopro enquanto o corpo se contorcia para ele. A língua de Samael era implacável, lambendo e sugando toda a extensão macia e quente. Os gemidos de prazer se intensificaram quando ela atingiu o clímax, e ele sentiu a garganta dela se contrair e a apertar a língua dele. Então, sem esperar, ele a segurou pela cintura, ficou sobre ela e enterrou seu m****o de uma só vez. Ela soltou um grito rasgado, agora de êxtase. Ele rosnou, um som grave de pura testosterona, quando a sentiu por dentro: apertada, quente e perfeitamente molhada para ele. Ele pegou um dos s***s que já estavam duros e rígidos e abocanhou com fervor. As estocadas se tornaram cada vez mais ritmadas, um ritmo primitivo que o fez se perder dentro dela mais uma vez. Aquele dia, definitivamente, começou bem para Samael. Samael chegou cedo à Blackwolf Advocacia. Parou de frente para o elevador, tirou os óculos escuros e se pegou no reflexo das paredes espelhadas gigantes. Alto, musculoso, loiro, pele bronzeada, vestindo um terno caríssimo que parecia feito sob medida para cada curva do seu corpo, emanava poder e elegância. Mesmo com toda a imponência, uma lembrança o atravessou como um choque: o cheiro doce de mel e canela de Hannah ainda pairava em sua mente. “Ela não sai da minha cabeça.” Daniel apareceu ao lado dele, cumprimentando com um sorriso, mas Samael apenas assentiu, perdido entre a perfeição refletida e a memória da mulher que jamais esqueceria. A agenda estava lotada — reuniões, contratos, decisões que movimentavam milhões. Para muitos, seria exaustivo; para Samael Blackwolf, apenas rotina. Samael passara a manhã mergulhado em relatórios e videoconferências, a voz dos acionistas internacionais ecoando pelos fones de ouvido enquanto ele mantinha o semblante frio e profissional. Mas, de repente, algo quebrou a ordem impecável do seu mundo. Um estouro — alto, inesperado — reverberou pelos corredores da Blackwolf Advocacia. O instinto do lobo falou mais alto. Mesmo com o som abafado pelos fones, ele sentiu. Um arrepio percorreu-lhe a espinha. — Um segundo. — disse, tirando o fone do ouvido e se levantando. Caminhou para fora da sala de reuniões, o olhar atento e o passo firme. O coração batia mais rápido do que o normal — e ele ainda nem sabia o motivo. Assim que chegou à recepção, o mundo pareceu parar. Ali, diante dele, em meio ao burburinho dos funcionários e ao caos contido da confusão, estava ela. Hannah. O tempo simplesmente… parou. O ar ficou pesado, e o cheiro doce de mel e canela invadiu seus sentidos, inconfundível, inebriante. Seu coração deu um salto doloroso no peito. “Então ela estava realmente aqui, todos esses dias eu sentindo o cheiro dela , mel e canela e as lembranças...” Anos tentando apagar aquele rosto, aquele riso, aquela presença — e bastou um segundo para tudo ruir. Sem pensar, as palavras escaparam de sua boca, como se sua alma tivesse falado antes dele: — Hannah? Ela se virou. Os olhos dela o encontraram, e por um instante o tempo congelou. A expressão era um misto de choque e medo, como se o passado tivesse acabado de invadi-la também. Eles se encararam — dois corações pulsando rápido, duas histórias interrompidas que o destino, caprichoso, insistia em cruzar outra vez. — Sa… ela engole em seco Samael — Ela disse, a voz ainda tremendo, surpresa e contida ao mesmo tempo. — O que está fazendo aqui? — ele perguntou, tentando manter a compostura, mas o coração acelerado traía qualquer frieza que tentasse impor. Antes que Hannah pudesse responder, Babi, sua cunhada, apareceu ao lado dela com um sorriso firme e decidido: — Ela vai trabalhar aqui, não é demais ?! Samael franziu a testa, confuso, como se o mundo tivesse dado um giro repentino. Antes que pudesse processar a informação, elas a arrastaram para longe dele, levando-a pelos corredores da Blackwolf Advocacia. O que ficou para ele foi um vazio repentino, uma sensação de perda imediata, misturada à inquietação que seu lobo interior gritava. O cheiro dela ainda estava no ar, doce e picante, mel e canela, e cada fibra de seu corpo reagia. Ele queria segui-la, queria falar com ela, mas algo dentro dele dizia que precisava se conter. Mesmo parado ali, tentando recuperar a compostura de CEO impecável, Samael se sentiu perdido por um instante, o lado humano e o instinto selvagem disputando cada decisão. Miguel se aproximou do tio, que permanecia imóvel, como uma estátua no meio da imponente sala de espera. O rosto de Samael estava sério, os olhos fixos no nada, mas cada fibra de seu corpo ainda reagia à presença dela, ao cheiro de mel e canela que parecia pairar no ar. — Tio? — Miguel chamou, colocando a mão firme no ombro dele. — Tá tudo bem? Samael piscou, tirando-se do transe. Inspirou fundo, tentando recompor a postura de CEO impecável, mas por dentro, o lobo ainda gritava, e o coração batia mais rápido do que ele queria admitir. “Trabalhar aqui? Como isso é possível?” “Depois de todos esses anos… depois de tudo…” “Por que agora? Por que ela?” — Sim… — respondeu, a voz controlada, quase firme demais. — eu só … estou pensando. Miguel arqueou uma sobrancelha, percebendo que havia algo mais. Mas não insistiu. Samael se afastou, ajustou o terno, passou a mão pelo cabelo loiro, respirou fundo e tentou se concentrar no mundo corporativo, embora cada pensamento ainda estivesse presa a ela, àquela mulher que marcara sua vida de forma indelével. Percebendo os olhares intrigados ao redor, Samael respirou fundo e se recompôs, erguendo a postura de CEO impecável. — Vamos ao meu escritório, preciso falar com você. — disse, a voz firme, sem deixar transparecer o turbilhão que sentia por dentro. Miguel assentiu, curioso, e os dois seguiram pelos corredores silenciosos da Blackwolf Advocacia. Enquanto caminhava, Samael não pôde evitar de pensar: “Preciso de uma bebida imediatamente…” No escritório ele vai até a adega e se serve de whisky um Macallan 25 Year Old, caro e inestimável Miguel sente a perturbação do tio. — Não é muito cedo pra beber? Ele pergunta sentado às pernas cruzadas a sobrancelha erguida. Samael toma um grande gole e depois fala : — A mulher que saiu com a Babi , quero um dossiê sobre ela , quero saber tudo!
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