Serpente Narrando Mano, quando a Key soltou aquela bomba que o pai dela tava se recuperando e tinha pedido pra ela assumir as paradas dele, foi como se tivesse tomado um soco no meio do peito. Fiquei sem ar, na moral. O peso da responsa bateu de um jeito doido, porque não era só ela virando frente, era a filha do inimigo do meu coroa se tornando oficialmente minha rival no submundo. Tipo, de frente mesmo, frente de comando, tá ligado? A mente rodou na hora, pressão no peito, e eu tentando disfarçar na voz. — Tá na linha, Leandro? — ela perguntou. — Tô sim, — respondi rápido, engolindo seco — mas a gente precisa trocar ideia, olhar no olho. Ela deu uma respirada funda, silêncio que parecia eterno, e depois falou: — Vou descer pro asfalto. Não pensei duas vezes, inventei uma desculpa

