Our Love

— Vamos querida, eu prometo se você for eu não irei lhe pedir mais nada! — Minha mãe disse manhosa se jogando na cama ao meu lado. — Pelo menos não hoje! — Pra que mãe?! — Resmunguei encarando a mais velha. — Vai ser a mesma chatice de sempre. Pessoas usando roupas desconfortáveis, bebidas sem graça, músicas tediosas e ainda muita, mas muita falsidade. — Vai que você reencontra o amor da sua vida? — Sorriu lerda para mim. Sabia que ela estava se referindo ao Jaesper, nunca aceitou muito bem a ideia de termos terminados. — Que eu saiba chocolate ainda não aprendeu a falar! — Resmunguei novamente recebendo uma risada da mesma. — E se você parar de me atentar e me incomodar pelo o restante do dia, irei! — Sua mãe não está mais aqui! — Deixou um selar em minha bochecha. — Você sabe o horário, eu vou mais cedo um pouco, mas o seu primo vai levar você. — Assenti em resposta, vendo-a sair do meu quarto fechando a porta consigo. Soltei um suspiro longe e alto levantando-me da cama indo em direção ao meu closet. Parei em frente à minha coleção de vestidos de gala que minha mãe me obrigou a comprar em caso de uma emergência. Três anos se passaram desde que o Jaesper terminou comigo e até hoje eu me sinto m*l ao lembrar-me disso, afinal o primeiro amor nunca se esquece tão fácil. Além de tudo que aconteceu eu perdi o contato com os meninos, é como se eles tivessem sumido do planeta terra ou que estivessem em outro planeta. Meus pais e as meninas sempre evitam mencionar o nome dele e de qualquer pessoa que esteja envolvido com ele para não piorar nada, mas nem sempre conseguiam e soltava, fazendo tudo que acontecer vir átona. Confesso que já dormir com alguns meninos deste que terminamos, mas nada se comparava com o nosso sexo... Ele de alguma maneira, me fazia sentir confortável ao estar nua em sua frente e ainda por cima me proporcionava um enorme prazer incomparável.  Às vezes eu me sinto uma i****a completa por ainda pensar nele, se sendo ele nunca pensou em mim nem por um único segundo nestes anos e com certeza está se divertindo com várias outras meninas em boates e bebendo mais do que tudo. — Ei, o que está fazendo aí?! — A voz do meu primo soou pelo closet ao me ver sentado em um canto com a cabeça encostada no joelho. — Pensando em qual roupa usar! — Exclamei mentindo vendo-o se sentar ao meu lado abraçando-me de lado. Eu aprendi a mentir melhor, muito mesmo, mas meu primo, somente ele, sabia se eu estava mentindo ou não. — Trouxe o terno? — Indaguei e ele assentiu encarando-me fixamente. — Será que dá pra parar de me olhar assim? — Resmungue empurrando-o pra longe de mim. — Posso olhar para minha prima mais não? — Ele disse se levantando estendendo sua mão pra me ajudar a levantar. — Vai vestir qual? — Esse! — Exclamei pegando um vestido justo vermelho marsala, com um decote em V na parte da frente e outro decote na parte de trás que deixava minhas costas amostra. Além de ser cauda de serei, ou seja, quando eu andar, ele se arrastaria elegantemente atrás de mim. — O que acha? — Indaguei vendo um sorriso lerdo surgir em seus lábios. — É sexy, combina perfeitamente com você. Deusa da sedução! — Gargalhou e eu soltei uma risada baixa perante seu comentário. — Obrigado Chanse! — Murmurei colocando novamente o vestido no lugar que antes estava. — Antes que você diga algo, não vou usar vestindo esse vestido porque provavelmente o Jaesper vai estar na festa também. — Claro, claro que sim! — Exclamou entre risos falsos indo até o quarto. — Se ele REALMENTE estiver lá e te ver com essa roupa, ele com certeza irá se arrepender de ter terminado com você! — Porque você acha isso?! — Segui-o parando no batedor da porta com os braços cruzados, encarando-o.  — Porque você está mais gostosa do que antes! — Respondeu-o na maior tranquilidade, deixando-me corada. — Idiota... — Resmunguei pegando um travesseiro que havia na poltrona, indo em sua direção. — SUA MÃE NÃO LHE EDUCOU NÃO? — Comecei a bater nele com o travesseiro. — CRIANÇA ... m*l ... EDUCADA! — TIA... — Ele gritou enquanto se defendia em meio aos risos. — A LINCY QUER ME MATAR! — SE VIRA, VOCÊ QUE COMEÇOU, VOCÊ AGUENTA! — Minha mãe do andar de baixo fazendo com que eu começasse a rir parando de bater no meu primo com o travesseiro. — Doida. — Ele resmungou arrumando seu cabelo, olhando-me no chão rindo. — Pelo menos você está rindo. Vem vamos comer antes de irmos! — Ajudou-me, novamente a levantar do chão e nos saímos do quarto com o destino a cozinha.   Já fazia uma hora que a festa do meu pai havia começado e eu estava terminando de me arrumar, pois eu e meu primo decidimos ir um pouco mais tarde para não ter que cumprimentar ninguém contra nossa vontade. Terminei de passar meu batom vermelho e encarei-me no espelho. Por um instante admirei-me usando aquele vestido em meu corpo, acentuando cada curva que tinha, a minha maquiagem que não era leve e nem pesada, meus cabelos ondulados curtos que mostrava ainda mais as minhas costas. Sorri orgulhosa de como estava e sai do quarto encontrando meu primo sentado na cama mexendo no celular enquanto me aguardava. — Terminei! — Exclamei fazendo-o me olhar e arregalar os olhos, olhando-me de cima embaixo. — Realmente uma deusa da sedução. — Se levantou e meio em minha direção enquanto guardava o celular no bolso do blazer. — Podemos ir, minha dama? — — Claro, meu cavalheiro! — Entrei na sua brincadeira abraçando seu braço e saindo do quarto. Descemos as escadas, passamos pela a sala e em seguida saímos da casa. Ao aproximarmos do carro, ele abriu a porta para mim. Adentrei e observei ele dando a volta entrando no banco do motorista. Logo o carro estava em movimento indo em direção de onde a festa estava ocorrendo. Estava muito nervosa e não estava conseguindo esconder isso. Será que estou nervosa porque provavelmente ele estaria na festa e eu iria vê-lo depois de três anos? Em questão de minutos chegamos ao local. O carro parou e no mesmo instante, fotógrafos de revistas e jornais vieram em nossa direção. Contemplei seguranças retirando-os do caminho para que saíssemos do carro. Chanse deu a chave para o frentista assim que saiu do carro e veio na direção da minha porta, abrindo-a para mim. Abracei seu braço e nos adentramos o local da festa sendo recebidos por vários olhares. — Será que estão olhando para nós assim por causa do meu vestido? —Indaguei em um sussurro para o meu primo que negou com a cabeça. — Ele está aqui! — Respondeu no mesmo tom fazendo com que meu coração batesse mais rápido. — Age normalmente, como se ele nem estivesse aqui! — Assenti em resposta, olhando em volta avistando as meninas. Ao lado da Emni estava o Guymeo. Ele me encarou, deixou um beijo em sua namorada e saiu de perto dela. — Olá! — Exclamei sorrindo indo abraçar as meninas ignorando o que eu havia acabado de ver. — Muito linda! — Hwanice disse pegando em minha mão rodando-me sorrindo. — Pegava! — Olha só, também te pegava! — Exclamei passando minha mão em sua cintura vendo-a sorrir e pegar na minha b***a. — Se ninguém conhecesse vocês pensariam que são lésbicas! — Chanse disse assim que se aproximou de nós, arrancando risadas de nossa parte. — Não querendo atrapalha a diversão de vocês, mas tem alguém olhando para você Lincy! — Mijung disse olhando rapidamente para trás, mas eu não olhei, pois já imaginava a pessoa que era. — Quero nem ver quem é! — Exclamei sorrindo fraco tentando demonstrar que estava perfeitamente bem, mas creio eu, havia falhado. — Vou procurar minha mãe! Sai de perto delas olhando em volta a procura dela, encontrando-a conversando com uma de suas amigas ao lado de uns meninos. Ao lado do Jaesper. Olhei para ele percebendo que ele também me olhava. Sua estrutura física estava mais forte, seu rosto mais másculo e mais definido e seu cabelo estavam vermelhos. Desviei meu olhar dos seus e caminho em direção a minha mãe abraçando-a por trás. — Eu vim mãe! — Exclamei para a mais velha ouvindo-a sorrir e se despedir das suas amigas — Fico tão feliz minha filha. Aliás, você está muito linda! — Ela disse olhando-me de cima embaixo. — Aposto que consegue agarrar um homem aqui com a maior facilidade do mundo! — Lincy... — Meu primo veio parou atrás de mim colocando suas mãos em minha cintura sendo metralhado com o olhar pelo Jaesper. — Para você! — Entregou-me uma taça de champagne. — Obrigada! — Sorri agradecendo meu primo e vendo que ele estava retribuindo o olhar para o Jaesper. — Vamos voltar para as meninas que é melhor do que ficar aqui! Ele concordou olhando o Jaesper de cima em baixo fazendo uma cara de nojo, guiando-me novamente em direção as meninas. Sabia o que ele estava fazendo e não estava me importando, queria que o Jaesper sofresse como eu sofri. Paramos ao lado das meninas e eu fiquei encostei na parede ouvindo-as conversando e rindo e obvio que eu também estava, porém meu pensamento estava em outro local. Olhei rapidamente para ele vendo e então contemplei uma menina loira indo em sua direção abraçando-o e deixando um beijo em sua bochecha. Estreitei meu olhar vendo uma aliança de namoro em suas mãos. Chanse segurou meu rosto tirando a minha visão do rumo dele, naquela hora estava sentindo meus olhos marejarem e a dor em meu peito aumentava. — Cuida dela por um instante? — Ele disse para as meninas que concordaram. Ele se afastou de nosso correndo em uma direção. Em questão de minutos voltou com uma garrafa de champagne em suas mãos. Ele entrelaçou nossas mãos, convidando as meninas para nós seguirem. Deixei com que ele me guiasse escada a cima com cuidado por conta do meu vestido. Entramos em um corredor e em seguida ele abriu uma porta onde havia uma sala de estar linda. — Deve que é prima dele! — As meninas disseram em uníssono e se entreolharam surpresas por ter feito aquilo. — Acho que não e também eu não tenho nada a ver com a vida dele. Terminamos a três anos! — Exclamei pegando a garrafa das mãos do meu primo, por sorte ela já estava aberta comecei a beber pela a boca da garrafa mesmo. — Sabe o que eu desejo? — Um maravilhoso sexo, resolveria meus problemas... — Encarei meu primo. — Aceita? — Seus olhos se arregalaram perante o que eu disse. — Você está delirando! — Resmungou puxando as garrafas de minhas mãos. Ele saiu e as meninas o seguiram. Soltei um longo suspiro enquanto me levantava e os seguia de cabeça baixa desejando estar em minha casa naquele momento, porém acabei esbarrado em alguém. Antes que eu fosse ao chão, essa pessoa segurou minha cintura e eu senti um arrepio pelo meu corpo, sabendo perfeitamente quem era somente pelo o toque. Ergui meu olhar confirmando que era o Jaesper. empurrei-o rapidamente, recompondo-me e seguindo o caminho de cabeça erguida, mas no meio do caminho senti suas mãos em meu pulso me impediram. — Me larga! — Exclamei soltando-me das suas mãos olhando para ele friamente. — Finge que nem me conhece, por favor. — Impossível... — Ficou em silêncio por alguns segundos. — Eu ainda te amo! — Concluiu sua fala e eu soltei uma risada irônica arqueando minha sobrancelha para ele. — Ainda me ama? — Debochei. — Tem certeza? —Frangi o cenho para ele. — Se me amasse não teria terminado comigo no dia da nossa formatura. Agora se me dê licença! — Deixa eu explicar pelo menos! — Segurou novamente meu pulso e eu virei-me bruscamente. — EXPLICAR O QUE? Jogar novamente na minha cara que não gosta de mim ou simplesmente se desculpar por me fazer sofrer durante três longos e tortuosos anos, fazendo com que eu me sentisse culpada ter lhe amado mais do que tudo neste mundo e ter-me entregado para você! — Exclamei sentindo meus olhos marejando vendo que ele estava em choque apenas me olhando. — Se você ao menos me ouvir. Eu faço tudo que você quiser Lincy, eu só lhe peço que me ouça! — Finalmente se pronunciou enquanto se aproximava de mim novamente. — Faz tudo mesmo? Então some da minha vida Jaesper! Me pergunto porque eu fui a única que não conseguiu seguir a vida como você disse, eu tentei, mas sabe, foi difícil... É difícil! — Comecei a chorar e a me afastar dele. Por fim encontrei o Chanse vindo em minha direção rapidamente com uma expressão preocupada no rosto. Antes que falasse algo, abracei-o com força, escondendo meu rosto em seu peitoral. — M-Me tira daqui! — Supliquei em meio ao choro. — P-Por favor! — Ele assentiu guiando-me escada a baixo enquanto eu me mantinha de cabeça baixa. [Narradora] Enquanto Chanse guiava a sua prima para fora daquele lugar, Iyrb Jaesper, havia se sentado no chão encostando suas costas na parede soltando um longo suspiro ao se lembrar das boas memórias que teve com ela e das suas dolorosas falas. Ele colocou sua cabeça apoiada em suas mãos sentindo lágrimas se formarem em seus olhos e sem controle das mesmas, elas começaram a descer pelo o seu rosto. Enquanto Jaesper chorava em um canto, seu irmão Guymeo estava à procura dele para chamar-lhe para ir embora. Ele passou em frente a um corredor, logo voltando ao ver seu irmão sentando no chão. Rapidamente voltou e se aproximou dele lentamente, agachando-se ao seu lado. — Está tudo bem? — Ele indagou para seu irmão mesmo sabendo da resposta. — Não! — Jaesper respondeu-o erguendo seu olhar, mostrando para o seu irmão que ele estava chorando. Não tinha vergonha dele, de mostrar suas fraquezas a ele. — Porque não conta para ela que lhe obrigaram a terminar com ela e nos nós afastar dele? — Ele disse e o seu irmão soltou um suspiro limpando seu rosto, mas mesmo assim, as lágrimas continuavam descendo. — Essa é a parte mais difícil... Ela não quer me ouvir e eu já magoei ela demais! — A resposta soou de seus lábios enquanto se levantava do chão. — Vem, vamos embora desse lugar! — Dizendo isso, ele puxou-o para fora do lugar e em seguida convidando os meninos para irem em uma boate para que ele pudesse esquecer de tudo que estava acontecendo. [Sonji Lincy] Jaesper com uma namorada. Dizendo que ainda me amava. Querendo se explicar comigo. Essas coisas não saiam da minha cabeça e de certa maneira estava me deixando maluca. Meu primo fazia de tudo para acalmar-me até ligou para minha mãe, seu namorado e meu pai tentando-me ajudar com tudo que podia. Até que uma ideia louca passou em minha cabeça. Fui ao closet trocando a roupa que eu usava vestindo um vestido colado preto e um salto da mesma cor com o solado vermelho. Sai do closet vendo meu primo olhar-me com uma sobrancelha arqueada, mas em questão de minutos ele entendeu o recado saindo do quarto. Desci as escadas arrumando meus curtos cabelos que estavam levemente bagunçados.  Iria em uma boate, afinal o melhor lugar para onde as pessoas triste e pensativas vão é para uma boate na esperança de se divertir e beber até se esquecer do seu próprio nome. Meu primo desceu as escadas fechando o zíper da sua calça com as chaves do carro em suas mãos. Segui-o para fora de casa indo em direção ao carro que estava estacionado na porta da casa. Entramos e ele deu partida no carro e em seguida indo em direção a uma boate em que nós sempre gostávamos de ir. No caminho ele conversava comigo na tentativa de me distrair, mas suas palavras entravam em um ouvido e saía pelo o outro. Em questão de minutos chegamos na tal boate. Desci do carro descendo meu vestido esperando meu primo ativar o alarme do carro.  Suas mãos foram postas em minha cintura e nós entramos na boate indo em direção a área VIP. Sentamos em uma mesa e logo uma mulher veio e colocou duas bebidas em nossa mesa passando a mão no braço do meu primo piscando para o mesmo, voltando de onde veio. — Coisa estranha! — Ele resmungou dando um pequeno gole na bebida. — Falei para meu namorado que estamos aqui, espero que não se importe. — Eu adoro seu namorado! — Exclamei ouvindo-o rir. — Falando nele, olha ele ai! — Apontei para o seu namorado que vinha em nossa direção. — Blaise! — Sorri em sua direção largamente. — Finalmente achei vocês! — Ele disse sorrindo largamente fixando seu olhar em mim e em seguida no meu primo. Trocaram longos olhares até que Blaise se sentou ao lado do meu primo. Eles estavam conversando por olhares e era bem engraçado, pois o motivo da conversa deles, era eu que estava bem na frente deles vendo tudo perfeitamente, mas não entendo, mas vendo. Eles tentavam o máximo possível evitar demonstrar qualquer tipo de afeição em público para evitar comentários desnecessários, mesmo que eles não estejam pouco se importando. — Pensando nele novamente? — Ele indagou roubando um pouco da bebida do seu namorado. — Sim! — Respondi-o sinceramente sem ao menos pensar. A bebida estava começando a fazer efeito, principalmente porque não havia comido absolutamente nada. — Vou dançar um pouco, cuide de meu primo! — Óbvio que eu vou cuidar bem do meu namorado! — Ele disse sorrindo para mim. Sorri de lado saindo da área VIP indo em direção a pista de dança. Comecei a movimentar meus quadris acompanhando o ritmo e as batidas da música. Quando me dei contava estava totalmente solta no ritmo. Vários meninos tentaram se aproximar de mim, mas eu recuava e empurrava eles e continuava a dançar. Naquele momento não queria nenhuma mão em mim, queria apenas aproveitar meu momento enquanto a bebida subia ainda mais. Um homem se aproximou de mim segurando minha cintura, tentei-me afastar dele, mas como ele era mais forte não consegui. Comecei a gritar para ele me soltar, mas por conta da música alta ele não conseguiu ouvir. Esse homem soltou a minha cintura ao receber um soco de um desconhecido. Encarei-o no chão, olhando para cima para ver quem era a pessoa que tinha me salvado. Uma luz piscou de led piscou dando-me a visão da pessoa. — J-Jaesper? — Indaguei em choque. Ele era a última pessoa que queria ver naquele momento.