(1 anos atrás)
Estefani Martins
Cassandra via seu pai diferente nos últimos dias. Ele estava mais sorridente, mais alegre, então resolve investigar e o motivo nem a surpreendeu, ele estava com um novo caso.
A mulher era mais nova, tinha trinta e quatro anos. A empresária estava com todo o histórico da mulher em mãos, ela parecia ser diferente das outras, pelo menos tinha uma formação, comportada e talvez, só talvez, ela pudesse fazer seu pai aquietar, mas esse pensamento se desfez quando houve o jantar.
- Estefani, essa é a minha filha.
A loira encara a morena, claro que seu corpo reagiu a ela. Todas reagem. Então a mais velha lhe lança um sorriso. Cassandra não retribui, apenas é gentil o máximo que pôde. Na hora do jantar a loira logo percebe onde estava se metendo, pois no lugar principal da mesa, onde deveria estar Tomás, estava a mulher, então ela soube que tudo não passava de uma mentira do “namorado”.
- Então, você é formada em Engenharia? – A empresária pergunta, séria.
- Sim, me formei e trabalhei uns anos, mas meu ex-marido era um tanto machista, por isso acabei saindo do emprego e cuidando apenas da casa e da minha filha.
- Você tem uma filha?
- Sim, de dezessete anos.
A empresária só podia pensar que a loira teve filho muito nova e isso era verdade, Estefani foi um boba e burra apaixonada na juventude.
- Certo.
Foi só o que a morena disse, pois percebeu que a loira não parava de lhe encarar, talvez se não tivesse em um relacionamento com seu pai, Cassandra desse um jeito nesse fogo da outra, mas t*****r com a “madrasta” era errado até para ela. O problema é que a loira não pensava dessa forma, depois do jantar não tardou em dá em cima da mais nova.
- Então é você quem manda.
Cassandra não lhe dá atenção, continua bebendo seu uísque e olhando para fora da janela o seu lindo jardim, o pai está no escritório falando com sabe-se lá Deus quem.
- Até onde eu sei, sim.
- Interessante.
A morena trava o maxilar, odiava se sentir atraída por aquela mulher, odiava ela ser do seu pai, odiava pensar que ele conseguiu uma mulher interessante pela primeira vez. Então resolve acabar com aquilo de uma vez. Coloca seu copo na mesinha e empurra o corpo da mulher contra a parede. Pressionando com o seu, chega muito próxima quase tocando os lábios.
- Eu não brinco, não sou marionete de ninguém, então fique longe, se meu pai é i****a em cair em seus encantos, eu não sou, confesso que achei você uma mulher bonita, atraente, mas como você existem muitas por aí.
- Você não me conhece, eu não desisto. - A morena sorri.
- Você que não conhece, eu sempre tenho o que eu quero, e se eu quiser você longe, você estará.
- Esse é o problema, você não me quer longe.
Então elas se afastam e Cassandra sai da sala quando o pai volta.
- Que infernos foi isso? – A milionária acabou ficando mais confusa.
Ester Franco, Emília Costa e Bethany Silva
Um mês depois Estefani e Tomás estavam noivos, e então veio o jantar de noivado. Cassandra resolveu apenas ficar longe, muito longe na verdade. Via o pai feliz, apesar de ser um escroto, ainda era o seu pai. Observava aquelas mulheres andarem pela casa, então uma em especial lhe chamou atenção. Estefani só tinha duas convidadas, então aquela ali só poderia ser a sua irmã. Se aproxima, mas a mulher não eleva o olhar.
- Olá.
A loira ergue a cabeça, e então veio o choque, aqueles olhos claros eram hipnotizantes, aquele rosto meigo mostrava medo, um pouco de vergonha, mas a mulher era linda, então a morena sorri, coisa que não costuma fazer com frequência.
- O... Oi.
- Você deve ser a irmã de Estefani, certo?
- Sim.
- Ok, eu sou Cassandra, filha do noivo.
- Sim, eu sei.
A morena não parava de olhar aqueles olhos azuis, mas também não podia se dá ao luxo de continuar encarando.
- Eu...
A loira não teve tempo de responder, pois alguém chega perto.
- Oi. – A outra loira encara a morena, que mais uma vez tenciona o corpo. – Tia, podemos ir lá fora?
Tia, deve ser a filha de Estefani, e m***a, ela também é linda e menor de idade.
- Sim, claro. Desculpe. – A tia disse olhando para a morena.
- Tudo bem, vai lá.
As duas se afastam rebolando aquelas maravilhosas bundas. Beleza não era problema para aquela família.
- Que diabos essa família tem? – A morena fala em voz alta.
- Perdão?
Cassandra se vira e ver uma mulher com um uniforme e uma bandeja na mão.
- Nada, Bethany, nada. Então, como vai o primeiro dia? - A loira respira fundo.
- Agitado, mas estou gostando.
Cassandra a encara, a mulher era jovem e bonita, a empresária gostava do que via, foi um dos motivos para ter contratado a loira. Ela tinha um rosto angelical, mas um corpo de mulher adulta, aquilo atraía a mais velha, porém ela sabia que era errado, afinal era a sua funcionária, nunca se envolveu com uma funcionária, seja pessoal ou na empresa, era contra os seus conceitos, mas não admirar a beleza da loira era impossível. Então ela troca a taça na bandeja e sorri fraco para a Bethany.
- Obrigada, apenas tenha atenção e tudo sairá bem.
- Obrigada pela dica, senhorita.
Então a empregada sai mais uma vez pela casa servindo todas as pessoas. O rebolado, o maldito rebolado.
- Essas mulheres hoje estão me provocando, só pode ser isso.
Pietra Fonseca
Naquele mesmo jantar Tomás tinha uma surpresa, sua enteada que estava morando um tempo em São Paulo, acabara de se formar e conseguiu um emprego no Rio, essas foram as palavras animadas do pai de Cassandra, que apenas concorda para o pedido silencioso do homem para a garota ficar na casa.
Então ela encara a “irmã”, ela tinha malditos olhos negros e um sorriso lindo, e lá estava o tremor no corpo da empresária.
Cassandra lembrava de Pietra, mas com certeza ela não era aquela mulher linda e encantadora que é hoje. Apesar do seu rosto angelical, ela tinha o olhar frio, o que fez a empresária lembrar de si mesma. Então depois de um discurso meloso do homem, eles estavam noivos e Estefani com um anel gigante no dedo.
Aquele era um encontro de mulheres lindas que fazia o corpo de Cassandra reagir só com um olhar.
Fátima Nascimento e Cintia Braga
Depois do famoso noivado entre o pai de Cassandra Martins e a engenheira Estefani Costa, a semana começa de novo para a empresária, então logo que entra em sua empresa dá de cara com um rosto novo e desconhecido, porém muito belo e atraente.
- Senhorita Martins.
- Você e nova, certo?
- Oh, sim, desculpe, sou Fátima Nascimento, comecei hoje.
- Hum... Interessante.
O corpo da morena dizia “ela é desejável”, mas sua mente dizia “fora dos limites”, além de ser sua funcionária, também exibia uma linda aliança no anelar esquerdo. Aquilo era como se a mulher fosse homem para ela, mas a quem queria enganar, nem em seus piores pesadelos aquela mulher seria um homem, era bonita demais para ser confundida com um homem.
- Eu...
A loira ficou nervosa, aquele olhar esverdeado, aquele corpo naquela saia colada e aquela camisa branca social, aquilo sim era um pecado.
- Seja bem-vinda, Fátima.
Fala simples e sai de perto, pois seu corpo poderia lhe trair. Então respira fundo e logo está em seu andar, mas ali também tinha um rosto novo.
- Senhorita Martins.
- Hoje é dia das novatas?
A loira engole seco com o tom firme da patroa.
- Desculpe, senhorita, mas eu pensei que a sua secretária tinha lhe avisado, eu sou a nova estagiária.
O medo, a timidez, a voz baixa da loira fez a morena estremecer. “d***a de mulher”.
- Certo, certo, ela deve ter mencionado. Espero que seja tão competente quanto Taís.
- Farei o meu melhor, senhorita.
E aquele maldito olhar azul. Então deixa a estagiária ali e entra em sua sala, sentando na cadeira e se jogando contra o encosto da mesma.
- Essas mulheres vão me deixar louca. – Disse também lembrando do dia anterior e do noivado.
Não todas, mas com certeza uma vai.