II

1144 Words
Helena foi ao banheiro jogou um pouco de água no rosto e voltou para o quarto, sua namorada estava arrumando as cobertas para deitarem. Quando viu a outra sorri fraco, ato sendo retribuído pela brasileira. - Vem.             Heloise estendeu a mão no ar. Helena foi até ela, ambas já apenas de baby-doll quando a morena chega perto a n***a segura seu cabelo pela nuca, fazendo um carinho gostoso. - Adoro o seu cheiro. – Heloise começa a beijar o pescoço da namorada, essa que suspira, gostava de t*****r com a mulher, mas hoje não era um bom dia. - Amor... espera. – A morena tenta se afastar, mas tem o corpo seguro pelo da outra, que era mais forte. - Não, para! - O que foi agora? – A voz da n***a sai firme, o que assustou a outra que se afastou mais. - Eu... eu não quero. - Você não quer? Como assim você não quer? - Podemos... apenas deitar e dormir? Estou cansada, o treino hoje foi exaustivo. - É sério isso? Está me recusando s**o? Eu sou sua namorada. Helena morde o lábio, que já tremia para não chorar, então levanta e beija os lábios da outra com carinho, agora ela coloca a mão n nuca para acariciar os cachos da n***a. - Por favor, só estou cansada. - Eu... eu quero tanto... sentir você.             Os beijos de Heloise voltam para o pescoço da outra, logo empurrando o corpo da menor para a cama, mas antes que ela não conseguisse controlar, Helena empurra o corpo da goleira, que suspira. - Eu disse que não quero, Helo. - Ok, então fique aí. – A mulher desce da cama e vai em direção à porta. - Onde você vai? - Vou dormir no meu quarto.             Com isso sai do local, sua raiva falou mais alto, ela simplesmente queria t*****r com sua namorada. Helena costumava se culpar quando esse tipo de coisa acontecia, ela ficava m*l, chorava, mas quanto mais pensava, mais entendia que talvez a culpa não era dela, e diferente do que fazia antes, ela não correu atrás de Heloise, a verdade era que ela só queria isso, ficar sozinha, assim poderia entrar em seu mundo particular e pensar no que será o amanhã, cinco anos, esse era um número que ela repetia sempre, cinco longos anos ali e depois poderia sair, poderia descobrir de verdade o que queria, quem sabe poderia estudar, nunca pensou nisso, se dedicou tanto ao futebol que não pensou em mais nada, faria seus irmão estudarem, sabe que é importante, de certa forma agora lhe fazia falta, pois não sabia como seria o depois, era 2018, chegou ao Paris Saint-Germain não como uma promessa, mas como uma realidade, conheceu o Neymar no Santos, agora estavam no mesmo clube, como os camisas dez, aquilo era imperante, era grande, mas até quando ela aguentaria uma pressão que nem sabe direito de onde vinha? No fundo ela sabia que era coisa sua, precisava se descobrir, saber o que queria. Só esperava que fosse logo, antes de ela enlouquecer.   ..................................................               Na manhã seguinte Helena acordou um pouco mais relaxada, precisava daquela noite de sono. Passou sua mão pela cama e não encontrou a namorada, o que a fez lembrar da noite anterior ao sentar na cama. - Será que ela iria me forçar?             A morena perguntou para si mesma, era algo errado, era sua namorada, mas nunca poderia f********o sem querer, namorar significava isso também, saber respeitar os limites do outro. Mas então a porta é aberta e Heloise entra com um sorriso no rosto e uma bandeja com um belo café da manhã, era sempre assim, antes mesmo que a morena se desse conta do que poderia ter sido um belo erro, a n***a chegava com carinhos, amor, sabia que a namorada gostava daquilo, sabia que Helena a perdoaria, pelo menos até ela errar de novo, a dúvida da número dez ia embora momentaneamente. - Bom dia, mon petit. – A n***a senta na cama e coloca a bandeja sobre o colchão, se aproxima e beija a bochecha de Helena. - O que significa isso? – Heloise para de sorrir, sabe que teria que pedir desculpa. - Isso é meu pedido de desculpa, por ser um i*****l com você, petit, me perdoa, por favor, eu devia ter entendido, devia ter lhe dado carinho, sei que errei e estou aqui diante de você lhe pedindo perdão. - Você foi egoísta. - Eu sei, eu sei. Princesse (princesa), perdoa essa boba que nunca sabe agir bem, eu sou uma i****a, mas eu te amo, prometo melhorar, prometo mesmo. Me perdoa?             Helena respira fundo e depois sorri fraco, tinha que admitir o esforço da mulher, Heloise precisava melhorar o seu temperamento, mas ao mesmo tempo se esforçava para lhe dá amor, a morena acreditava no amor de sua namorada, pelo menos queria acreditar nele. - Tudo bem, mas por favor, não faça de novo, não gosto quando você age assim, como se não se importasse comigo ou com o que eu penso. - Hey, por favor, nunca repita isso, eu me importo com você, com tudo, eu juro que não vou fazer de novo, perdoa seu aimer (amor).             Helena sorriu do biquinho que a namorada fez, então se inclinou e a beijou, apenas um encostar de lábios que era suficiente para as duas verem que estava tudo bem. - Bonne journée mon amour. (Bom dia meu amor).            A n***a sorri, ama sua garota lhe tratando com tanto carinho, ela se sentia m*l quando a tratava diferente do que ela lhe oferecia, mas as vezes era inevitável, era ciumenta demais, possessiva demais, queria estar no controle o tempo todo, aquilo podia ser errado, porém Helena nunca reclamou, nem no s**o, onde elas se entendia muito bem, apesar da garota ser sensível, meiga e tímida, a morena sabia lidar com a namorada no ato s****l, era como se as duas se transformassem e isso era bom, pelo menos as duas achavam isso. - J'adore, mon petit (Eu te amo, minha pequena). - Eu... eu também te amo, Helo.             As palavras saíam cada vez mais amargas da boca de Helena, cada vez mais difíceis, cada vez mais mentirosas, ela só não sabia até quando poderia mentir para si e para Heloise. - Vamos comer, daqui a pouco a treinadora Charlote vem bater na nossa porta, ela quer concentração total para o jogo de amanhã. – Heloise diz ao dá um selinho da namorada. – Isso quer dizer que vamos dormir em quartos separados de novo, desculpa, em nem pensei nisso ontem.             Nas noites antes dos jogos, os casais nunca dormiam juntos, era uma regra que nunca deveria ser descumprida, as duas entendiam e respeitavam. - Tudo bem, prometo te dar um beijo de boa sorte. - Eu farei o mesmo, mon petit, agora coma.
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