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Três Corações

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Blurb

Bárbara Alonso, estava com a vida resolvida. Bem sucedida profissionalmente e uma amizade colorida com uma amiga. Até que o seu passado bate a sua porta e ela tem que lidar com a filha que não via a anos e sua ex namorada e antigo amor. Como resolver agora as reviravoltas do seu coração?

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Reuniões
O dia já começou agitado, eu saí de casa praticamente de madrugada, muita coisa para resolver e reunião com acionistas.  Eu estava sentada a horas naquela cadeira e confesso já bem distante das discussões, estes homens velhos com pensamentos antigos não entendendo as mudanças que eu vinha trazendo para a empresa. Bem eu fui contratada para promover mudanças, e o que eles não aceitavam era o fato da transformação vir de uma mulher.  Eu era jovem aos olhos deles, mas nem tanto, me formei em administração de empresas fiz especializações no Brasil e no exterior e agora com 36 anos eu Bárbara Alonso era a mais nova diretora de fundos de investimentos da Action Capital, uma firma em sua maioria masculina desde a fundação, mas com uma presidente com o olhar no futuro e que por isso, vendo a minha competência profissional e a minha relação com o mercado de investimentos viu em mim a ponte entre o arcaico e o futuro.  E no momento, difícil para mim, era fazer aqueles dinossauros ali gritando uns com os outros atravessar a ponte, eles nem estavam vendo a saída para o problema que eles mesmo criaram. Estavamos perdendo um grande investidor americano, por que este estava perdendo a crença na nossa moeda, e os meus colegas de trabalho entraram em pânico alguns pensando em abandonar a empresa com medo de perder seus rendimentos próprios. Eu não podia deixar isso acontecer, esta era a minha primeira grande crise, depois de ter assumido meu novo cargo.  Fiz um barulho limpando a garganta, claro que não me ouviram. Joguei um livro no meio da mesa, o barulho foi assustador. BAMMM!!! Todos me olharam, sorri.  -- Senhores, a fuga não é a saída. Este investidor é importante para nós e Eu não vou perder este capital por causa de especulações. - Louca eu, peguei o monstro no colo.  -- E como vamos fazer isso? - O tom cínico na pergunta do Gustavo meu oponente declarado não era amistoso.  Eu devolvi o meu melhor sorriso freeze, tenho vários destes para ele.  -- Vamos vender a Orange como capital de longo prazo, assim temos os rendimentos líquidos imediatos e mantemos o contrato com os americanos na gestão deste capital por um mínimo de cinco anos, eles não poderão desfazer o contrato sem uma multa rescisória muito alta.  O silêncio que se seguiu foi impressionante e logo depois todos os dinossauros gritando de novo. Comecei a duvidar de mim até que lá no fundo, uma voz que nunca se alterava no tom disse, que a reunião estava encerrada. Que a minha proposta seria enviada para os americanos. Olhei para Margareth e agradeci.  Margareth Mendes era a atual acionista majoritária e principal herdeira da Action Capital, uma mulher temida por todos e atualmente odiada por alguns, porque eles acreditavam que ela me protegia. O que não era verdade, eu estava ali por mérito, tinha boas idéias e visão do mercado e iria fazer a empresa subir mais alguns degraus neste mercado.  Finalizada a reunião os senhores arcaicos, passavam por mim parabenizando a minha proposta e aquela promessa velada de “Vamos ver...” Gustavo também me comprimentou claro por mera formalidade.  Eu estava organizando minha pasta para retornar a minha sala Margareth me acompanhava.  -- Você sabe que além da montanha que tem pra escalar, é preciso derrubar este muro que separa estes leões preconceituosos, garota você é o meu melhor soldado não me decepcione. Ok era incentivo, ela falava isso como apoio, mas era a chefona então era uma p**a pressão.  Não sei se sorri, me despedi dela no elevador e me dirigi para o meu andar.  Como diretora de investimentos eu tinha uma sala ampla, que ocupava grande parte do décimo andar neste prédio da Paulista e me dirigia para lá naquele momento, parando antes na mesa de Alice, minha secretária uma jovem muito competente e animada. Ao me ver ela abriu um sorriso acolhedor, mas os olhos estavam arregalados, sinal de problemas. E eu ainda nem tinha tomado café.  -- Alice bom dia. - Sorri - Preciso de alguns documentos referentes a reunião de hoje e é urgente já te passei a lista via e-mail. Ah você traz por favor um café pra mim, estou tremendo não comi nada ainda.  -- Claro dona Bárbara, e... essa moça está te esperando faz tempo, ela não tem hora, mas diz que é negócio de família.  Só então me dei conta de uma garota de cabelos negros m*l cortado olhando nervosa para mim. Pensei família de quem? Eu não a conhecia.  -- Desculpa… falei me dirigindo a garota. Família? Eu te conheço?  -- Pelo visto não, eu sou Andrea Max, a gente não foi oficialmente apresentada e se não fosse urgente eu nem estaria aqui. Mas precisamos conversar.  -- Ok, você parece nervosa. Alice, pede um café completo para nós? Vem garota, vamos conversar.  ****** -- Muito bem, Andrea Max? Eu realmente não te conheço. Por quê você diz que é um negócio de família, você conhece alguém da minha família? -- Na verdade fiquei sabendo de você a dois dias, eu ainda estou muito furiosa com a minha mãe, mas eu precisava vir te ver.  -- Sabendo de mim? Nós somos parentes? Meu pai… Céus meu pai? -- Não, seu pai não. Minha mãe, você é minha mãe.  Eu estava em pé, e de repente tudo ficou fora de foco, eu estava desmaiando. Não era possível, isso não poderia acontecer não agora. Ela correu até a mim e me ajudou a sentar numa poltrona próxima, Alice entrou com o café neste exato momento, sem entender nada, ajudou a garota a me colocar no sofá. E ambas em pânico tentavam me reanimar. Aos poucos fui recobrando os sentidos Alice olhava furiosa para a garota, pronta para enforcar a menina e eu ainda tive que intervir.  -- Eu preciso conversar com ela Alice, eu estou indisposta por que não me alimentei.  Vi a moça sair ainda desconfiada. Me servi de suco de laranja, falei para a garota se servir também, ela comia com vontade percebi que também estava com fome, comiamos nos avaliando em silêncio.  Preparei uma xícara de café para mim, já mais calma retomei o assunto.  -- Por que você acha que sou sua mãe? -- Abril de 1998, Maternidade das Irmãs em Cristo. Eu não tenho todos os detalhes, a minha mãe se recusou a dar, e arrancou os papéis da minha mão. Só consegui o seu nome e a parte que você abria mão de mim. Então fiz pesquisas na internet, entrei no avião e cheguei aqui. Eu estou a dois dias nesta corrida, preciso ser rápida porque praticamente fugi e minha mãe está vindo furiosa atrás de mim, -- Por que você está fugindo? -- Você não negou que me deu para adoção.  -- Verdade, eu poderia negar, mas você se parece mesmo comigo, menos o cabelo que está m*l cortado. Mas não é uma coisa fácil de conversar ainda mais aqui no meu ambiente de trabalho. E por que você está fugindo garota? Meu peito estava ardendo, eu não estava conseguindo controlar o ar, mas precisava me manter calma para não desabar. Sim, ela era minha filha, sim eu fui imprudente na minha juventude e ela era o resultado de uma noite inconsequente. Eu mesma fugi, fui para uma pensão, passei quase um ano me escondendo da minha família, alegando precisar estudar e o pior, sim, eu abri mão de ser mãe porque queria investir na minha carreira, e agora dezoito anos depois tem uma “fugitiva” na minha sala, me cobrando o passado.  -- Eu estou com problemas, preciso da sua ajuda é a forma mais rápida para resolver tudo.  Sempre soube que era adotada e quando questionei a minha mãe sobre você ela se recusou a me dar qualquer informação, disse que resolveriámos sem precisar falar com você e eu até aceitaria, mas é urgente.  -- Você precisa de dinheiro? Olha apesar do meu cargo, não tenho muito.  Andrea riu, um riso com mágoa e dor.  -- Eu estou naquele momento que prova que dinheiro não compra tudo. Eu tenho dinheiro, muito, mas não tenho saúde e por isso preciso de você. Na verdade preciso da sua medula e depois se você não quiser contato eu volto pra Nova York e você nunca mais vai ouvir falar de mim. Eu me segurei para não cair em vertigem de novo. Como assim minha medula?  -- Garota, você veio de Nova York? O que está acontecendo, porque a medula o que você tem? -- Eu tenho um tipo raro de leucemia, posso ficar numa fila aguardando um doador compatível, ou posso ter um doador na família, por isso te procurei. Preciso de você.  Claro que ela precisava, é claro que eu tentaria entender a situação dela e ajudar. Mas ainda estava em choque.  Em dezoito anos eu construí a executiva de sucesso que eu queria ser, eu tinha arrependimentos e ter dado minha filha a adoção era um deles, mas eu estava certa de que ela estaria bem em um lar que a amava. E então ela aparece do nada e me pedindo ajuda. Num salto, comecei a agir como máquina que sou. Pedi para a Alice cancelar a minha agenda, encaminhar o material que eu tinha pedido para a minha casa.  Peguei a garota pelos braços e sai a arrastando pelo corredor.  -- Eu estou no celular Alice, mas só estou para a Margareth, qualquer outra pessoa remarque.  Entrei no elevador, ainda colada em Andrea, chamei o subsolo e sem saber qual era o próximo passo, parti. 

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