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Blurb

1°Temporada: Ao término dele, caso queiram, é recomendável irem para o segundo livro da saga "I Like It 2".

Kyum Juny, gêmea idêntica de Kyum Minkael todos os dias anoite presencia serenatas realizadas pela doce voz de, Hung Juhan, para a sua vizinha que ela odiava mais do que tudo. Porém, atrás das serenatas de Juhan, existia uma paixão oculta, com um único desejo, ouvir a voz de Juny e se apaixonar cada vez mais pela sua personalidade diferenciada.

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Capítulo 01
Com todas as minhas forças me esforçava para ser uma garota normal como qualquer outra, porém com um simples estralar de dedos falhava e não conseguia tentar novamente. Me recusava a aceitar, porém já tinha me acostumado a tentar e falhar miseravelmente. Comecei a gostar da ideia de ser diferente da demais garotas de minha idade, me sentia, de alguma maneira totalmente estranha, poderosa. Quando menciono que as pessoas me chamam de diferente elas se perguntam por que, bem, tenho certeza de que elas não costumam acordar de madrugada com serenatas sendo realizadas pra sua vizinha de lado. Confesso que a voz do ser era completamente angelical e um tanto deliciosa de ser ouvir, mas pelo o outro lado, quem é que gosta de acordar de madrugada com algo que você nem está envolvida? — Não, não, não... — Exclamei para mim mesmo tampando meus ouvidos com o travesseiro. — De novo não! — Estiquei minhas mãos e peguei meu celular. Demorei a acostumar minhas vistas com a claridade, mas assim que consegui, contemplei que era duas da manhã. Um horário em que as pessoas estão em seus mais deliciosos sonhos. Soltei um longo suspiro e levantei da cama. Aproximei-me da porta da varada e a abri. Meus braços se apoiaram no mesmo instante no corrimão do guarda corpo. — Hey... — Chamei o menino que estava fazendo a serenata tão pouco se importando se ela ou os seus vizinhos estavam dormindo. — Creio que na sua casa não tem relógio né? São duas da manhã! Junan. Hung Junan, alto, pele morena, cabelos negros, forte, um estilo único e um tanto maravilhoso, sempre faz tudo perfeitamente de primeira. Bem, ele era um garoto da minha escola que tem uma queda, queda não, um precipício pela minha vizinha, porém seus sentimentos nunca foram correspondidos a altura. Não entendia essa fissuração dele com ela, afinal ele era do time de basquete, era popular, extremamente lindo e atraente, extrovertido e todas as qualidades que se podem imaginar. Ao pensar nele, só chegava à certeza absoluta de que Deus tinha seus favoritos. — Vai dormir! — Ele parou de cantar olhando para mim enquanto eu revirava os olhos e debochava. — Eu estava, mas você me acordou! — Resmunguei fazendo careta para ele. — Provavelmente ela está na casa de outro menino ou ela está ignorando te deixando com cara de i****a! — Isso não é da sua conta, Juny! — Ele disse sério como se eu tivesse medo, contudo eu ignorei completamente a sua ameaça. — Eu acho que minha segunda hipótese é a mais provável levando em consideração a sua péssima fama no colégio! — Continuei falando olhando fixamente pra ele. — Vai dormir corninho! — Sorri fazendo chifres com os dedos em minha cabeça. — Não achei graça! — Ele disse um tanto ofendido com o meu comentário, mas pude ver um sorriso querendo se formar em seus lábios. — Eu achei, corninho... — Comecei a rir. — Corninho, corninho! — Resmungou virando as costas para mim, caminhando em direção a sua moto. Subiu na mesma, deu partida e sumiu da minha vista enquanto eu agradecia por poder finalmente dormir. Voltei para o meu quarto fechando a porta da varanda. Deitei-me na cama fechando os olhos, mas acabou que fiquei virando de um lado ao outro sem ao menor conseguir dormir. Levantei-me novamente enquanto o xingava mentalmente. Sai do meu quarto e caminhei ao quarto do meu irmão vendo que ele não estava lá. Apareci nas escadas vendo-o em frente à televisão jogando no XBOX dele. Desci as escadas devagar me aproximando dele sem que ele percebesse. — AAAAAAAH! — Gritei pulando ao lado dele sem receber nenhum susto ou grito do mesmo. — Eu já tinha visto você. — Ele disse ainda olhando para televisão. — Novamente o Junan fazendo serenata para a nossa vizinha? — Sim. — Murmurei manhosa sentando-me ao seu lado. — Às vezes tenho pena dele! — Meu irmão pausou o jogo me encarando com os olhos arregalados. — Você com dó de alguém? — Ele disse incrédulo e eu dei um tapa em seu ombro enquanto ele começava a rir. — Muito engraçado você Minkael! — Revirei os olhos e ele seu riso aumentou consideravelmente. Minkael é o meu irmão gêmeo idêntico, meu melhor amigo e meu parceiro nas mais diversas travessuras. Nossos pais são grandes atores e eram considerados o casal mais bonito até a separação deles. Quando tínhamos cinco anos eles decidiram que eu ficaria com minha mãe e ele com meu pai, não queríamos aquilo, mas como éramos crianças apenas tínhamos que concordar. Os anos foram se passando e nós dois estávamos ficando muito distantes um do outro, estávamos ficando doentes facilmente, entramos em uma depressão muito profunda que nem psicólogos nos conseguia ajudar. Até que meu pai teve a ideia de colocar nós dois juntos novamente por apenas alguns dias e nesses dias, nossa depressão sumiu como mágica. Minha mãe e o meu pai sempre discutiam sobre quem iria ficar com os dois, até que meu irmão, uma criança super inteligente pra sua idade, sugeriu uma casa só para nós dois. No início eles não aceitaram, mas depois de pensar muito eles concordaram e aqui estamos, eu e o meu irmão, morando juntos a 4 ou 5 anos. Nossos pais sempre enviam todo mês ou semana dinheiro, presente, esses tipos de mimos. Nesses anos eu e meu irmão ficamos muito próximos, sentimos a dor, sentimento um do outro e às vezes falamos as coisas iguais na mesma hora. — Eu te odeio, sabia?! — Resmunguei e ele me abraçou fazendo-me empurrar o mesmo para longe de mim. — Eu sei que não... — Ele fez coração com os dedos para mim, desligando a televisão e o XBOX. — Vamos dormir está tarde! — Concordei e ele se levantou estendendo a sua mão ajudando-me a levantar. Nossos quartos eram um do lado do outro, mas na maioria das vezes a gente dormia no mesmo quarto. Eu no seu quarto ou ele no meu. Adentrei meu quarto trancando a porta da varanda e pegando meu travesseiro. Sai do meu quarto indo ao do meu irmão. Girei a maçaneta devagar. — Min... — Exclamei manhosa vendo-o com a mão estendida, preparada para desligar o abajur ao seu lado. — Posso dormir com você hoje? — Ele sorriu para mim. — Vem! — Ele deu umas batidas ao seu lado fazendo-me sorrir e correr até a cama deitando-me ao seu lado. Minkael desligou a luz se virando para mim. — Boa noite pirralha! — Ele passou um dos seus braços por baixou da minha cabeça e deixou um selar em minha testa. — Boa noite maninho! — Exclamei colocando meu rosto um pouco perto do seu pescoço, sentindo ele fazer cafuné em mim.     Acordei com um barulho extremamente alto dentro do quarto. Abri meus olhos no mesmo instante, vendo meu irmão segurando uma panela e uma colher em sua outra mão, batendo na panela. — Péssima maneira de acordar as pessoas! — Taquei o travesseiro nele fazendo a panela cair em seu pé. Comecei a rir enquanto me sentava na cama. — Não tem graça... — Ele gemeu se sentando no chão colocando a mão no local atingido. — Está doendo! — Eu sei, eu estou sentindo a dor! — Exclamei sentindo a dor em meu pé, mas mesmo com isso não parei de rir. — É bom que você aprende a não me acordar mais dessa maneira! — Vai se arrumar, temos que ir para a escola! — Resmungou se levantou meio cambaleando e eu percebi que ele já estava com o uniforme. — Acho que nem vou conseguir usar meu tênis... — Escutei lamentar antes de sair do quarto. — Tudo bem, rei do drama! — Concordei levantando-me da cama e saindo do quarto logo atrás dele. Desci as escadas indo à cozinha, enchendo um copo de água pra mim. — Seu quarto não é aqui! — Minkael disse dando um tapa em minha cabeça me fazendo engasgar com a água. Olhei para ele que começou a rir dando passos para trás. Coloquei o copo na pia assim que ouvi a companhia soar. Sai da cozinha e aproximei-me da porta principal. Ative a câmera vendo a imagem do Junan, uniformizado, em frente a porta. — É o Junan! — Exclamei para meu irmão que fez um gesto com a cabeça para deixá-lo entrar. — Ele é meu melhor amigo! — Concluiu ao ver-me fazendo uma breve careta sobre deixar ele entrar. Suspirei girando a maçaneta abrindo a porta de uma vez assustando-o. Dei espaço para ele entrar e o mesmo arqueou a sobrancelha para mim. — Entra logo. — Resmunguei mexendo a cabeça em um gesto para ele entrar. Ele não disse nada apenas entrou. — Se não fosse pelo o meu irmão você ia ficar na porta esperando até a gente estar pronto para a escola. — Soltou uma risada anasalada. Fechei a porta e percebi seu olhar sobre mim. Dava até para entende o motivo dele estar me encarar, pois eu usava um short moletom curto e uma blusa de botões branca do meu irmão, onde os primeiros botões estavam faltando e mostrava a curva dos meus s***s perfeitamente. Pigarrei cruzando os braços sobre meus s***s afastando-me de costas, pois o short mostrava a polpa de minha b***a. Assim que cheguei à escada, subi ela correndo. Adentrei meu quarto e fechei a porta rapidamente. Caminhei até o banheiro, onde pelo o espelho, vi minhas bochechas meio rubras. Balancei a cabeça negativamente despindo-me para banhar. Liguei a torneira da banheira, ela se encheu de água quente e eu adentrei ela, deixando com que relaxasse todo o meu corpo. Quando terminei o meu banho, me sequei e me enrolei em uma toalha enquanto realizava minhas higienes matinais. Terminado isso, sai do banheiro e caminhei ao closet. Peguei uma peça íntima branca, vesti-as, em seguida voltei para o quarto pegando meu uniforme no cabide pendurado atrás da porta passado e pronto para o uso. Ele se baseava em uma saia preta de pregas com detalhes brancos na barra, uma blusa social branca, um blazer, também de cor branca, com detalhes pretos nas mangas, colarinho e nos bolsos. Acompanhando tudo isso, uma gravata. Vesti a saia e a blusa branca social deixando o blazer branco e a gravata em cima da minha mochila para não me esquecer de vesti. Calcei meu all-star vermelho. Parei em frente ao espelho enquanto penteava meus cabelos negros. Encarei o meu rosto, sem nenhuma espinha, mancha, simplesmente natural e bonito. Peguei minha mochila a passando pelo um dos meus ombros, pegando meu blazer e a gravata saindo do meu quarto. — Estou pronta! — Exclamei parando ao lado do meu irmão e o Junan que me esperavam na sala. Eles assentiram e nós saímos de casa encontrando nosso motorista esperando ao lado da porta do carro aberta. Adentramos o carro, eu e o Junan no banco de trás e meu irmão no do passageiro. Logo o motorista deu partida no carro, colocando-o em movimento em direção a escola. Durante o caminho os meninos não paravam de conversar enquanto eu apenas observava-os e prestava atenção em suas conversas, que se baseavam em 5% de garotas bonitas, 5% das atividades da escola, 10% sobre o time de basquete que Junan participava, 30% de motos e carros esportivos, 50% de jogos de XBOX e outros suportes. Por fim chegamos no colégio e eu, em vez de ter colocando a gravata e o blazer antes de saímos de casa, me via em uma grande dificuldade perante aquele momento. — Porque eu nunca consigo colocar essa m... — Resmunguei em voz alta enquanto tentava colocar a gravata. Meu irmão que me encarava, começou a rir em seguida ao ver o meu desespero, fazendo-me mostrar meu dedo do meio para ele. Ouvi um suspiro vindo do Junan. Senti ele me puxar mais para perto dele pela a minha cintura. Engoli o seco e meu corpo se enrijeceu no meu instante. Fui virada em sua direção, ficando de frente à ele. — Atrapalhar minhas serenatas você é boa, mas colocar uma gravata é péssima! — Ele disse para que somente eu ouvisse enquanto colocava a gravata com uma facilidade enorme. — Obrigado! — Agradeci-o quando terminou. Coloquei meu blazer fechando o botão que tinha um pouco em baixo e nós descemos do carro. Despedi-me deles e resolvi ir na frente assim que avistei seus amigos se aproximarem de nós. Adentrei o colégio andando por aquele corredor cheio de armário e de alunos que me encaravam sem ao menos disfarçar. Possamos dizer que eu e o meu irmão somos os gêmeos populares da escola. Ele e os amigos deles eram os meninos mais bonitos da escola. E eu, bem... Eles me consideram a menina mais bonita da escola, porém não tinha amigos e isso não me afetava nenhum pouco. Adentrei minha sala sentando-me o na última carteira e peguei meu celular que estava dentro da mochila, mexendo em minhas redes sociais enquanto o sinal não soava iniciando mais um semestre de torturas. Minutos após o sinal soou e os alunos que estavam fora, entraram na sala e no meio deles estava o Junan. Sim, ele sempre faz serenata para minha vizinha, é melhor amigo do meu irmão e a gente estuda na mesma sala desde o primário. O professor entrou na sala e todo mundo se sentou. Ele colocou os seus materiais em cima da mesa se virando encarando a gente com um sorriso nos lábios, sentia que viria alguma merda logo em seguida. — Como primeiro dia de aula de vocês depois das férias... — Ele começou a falar. — Iremos mudar todo mundo de lugar. Eu já arrumei o número das carteiras onde se sentarão de dois. — Colocou uma caixa em cima da mesa. A sala toda começou a fazer barulho e eu recebi alguns olhares dos meninos da sala.  — Vocês irão pegar os números e a pessoa que sair com o número depois do seu e o seu parceiro. — Ele bateu as mãos na mesa ainda olhando para nós. — Comecem! Foi a primeira fileira de carteiras, justa a qual onde eu me sentava. Quando chegou minha vez eu soltei um suspiro me aproximando da caixa colocando minha mão dentro puxando um papel. — Número cinco. — Exclamei e ele me mostrou onde eu tinha que me sentar. Era uma carteira perto da janela, uma das últimas. Não mudou muito de onde estava, mas aceitei. A maioria dos meninos foram e sempre que pegavam os papeis soltavam um suspiro de fracasso e as meninas também, pois os meninos queriam se sentar comigo e as meninas com o Junan. Chegou a vez dele, na hora que ele se levantou e passou pela as meninas, as mesmas soltaram pequenos assobios, afinal ele era considerado o menino mais bonito da escola, porém como em filmes cliché americano, em dorama ou em fanfic ele só tinha olhos para uma garota. — Número... Seis. — Ele disse olhando o papel, levantando seu olhar e encarando-me fixamente. A maioria da sala soltou um resmungo quando ele disse seu número. Ele voltou para seu lugar e eu vi alguns meninos parar ao redor dele. — Troca comigo! — Um deles disse um pouco alto e eu ouvi perfeitamente. Encarei-os e percebi que o ele me encarava. Soltei um suspiro olhando para a janela fixamente, desejando estar na minha cama dormindo.  Ouvi o barulho da cadeira sendo arrastada fazendo-me olhar para o lado rapidamente, encontrando Junan se sentando na mesa ao meu lado colocando seus materiais em cima da mesa. — Por que você não trocou? — Indaguei um pouco curiosa. — O menino que lhe pediu para trocar senta ao lado da menina que você faz serenata todas as noites! — Apontei para ela e o menino ao seu lado. — Iria fazer alguma diferença? — Ele me encarou e eu parei um pouco para pensar se faria ou não. — Sim, você iria ser mais próximo dela e iria conhecer ela mais! — Exclamei sentindo um aperto em meu coração. Franzi meu cenho estranhando aquela sensação de ter falado em voz alta a mais pura verdade, afinal fazia um bom tempo que não me sentia daquela maneira. — Seu irmão me pediu para cuidar de você... — Ele começou a falar. — E eu conheço aquele menino, ele não tem bons planos em mente com você! Não respondi nada, apenas abaixei minha cabeça na mesa, sentindo uma pequena vontade de chorar, mas não podia e também não entendia o porquê de me sentir daquela maneira depois de anos. Era estranho e desconfortável, mas como tudo, engoliria e seguiria em frente como se nada pudesse me abalar. Demorou, mas logo todos os alunos estavam em suas novas carteiras acompanhados. O professor, assim que tudo se encerrou e os alunos pararam de reclamar da ideia de mudar de carteira, ele iniciou sua aula, mas antes explicou como é que funcionaria o nosso último ano no colégio.   O sinal soou pela escola toda avisando que podíamos sair das salas, respirar um pouco de ar e aliviar a cabeça para se preparar para as próximas aulas. Peguei meu celular juntamente meu livro e sai da sala. Com um pouco de dificuldade passei pelo os alunos que iam para o refeitório. Apareci no pátio e olhei em volta enquanto me aproximava de uma árvore alta e uns arbusto alto que tinha ao redor dela um pouco perto do muro. Passei pelos arbustos me sentando encostada na árvore. Meu refúgio de paz. Descobri aquele quando eu passava perto da arvore e tropecei em meus próprios pés caindo entre os arbustos, desse esse dia, ele se tornou meu lugar secreto. Os arbustos me tampam totalmente e tem uma brisa calma e relaxante. Fechei os olhos sentindo a brisa calma, abri-os em seguida e abri meu livro começando a ler enquanto o frescor da sombra acalmava-me. De repente ouvi barulho como se alguém entrasse no local, levantei meus olhos vendo o Junan me olhando com os olhos arregalados. Tão surpreso quanto eu. — O que está fazendo aqui? — Ele indagou enquanto arqueava sua sobrancelha em minha direção. — Eu que lhe pergunto isso... — Fechei meu livro encarando-o fixamente. — Esse local é meu! — Não estou vendo seu nome escrito nele! — Sorriu sínico para mim, soltei uma risada e apontei para o tronco da árvore um pouco acima da minha cabeça, mostrando meu nome, logo seu sorriso sumiu e ele se deitou colocando a palma da mão em sua cabeça fechando os olhos. — Porque está aqui? — Estou sem fome! — Respondi o mesmo sem conseguir desviar meu olhar dele deitado no chão de olhos fechados, enquanto seus cabelos se moviam de acordo com o vento. — Então porque não está com seu irmão e os amigos dele no refeitório? — Ele abriu um dos seus olhos me olhando. — Não gosto dos amigos dele! — Murmurei balançando meus ombros enquanto colocava o livro ao meu lado. — Hey, eu sou amigo dele... — Abriu os olhos de repente se sentando enquanto me olhava incrédulo pelo o que eu havia acabado de dizer. — Eu sei disso! — Ouvi-o resmungar baixo com a minha fala. — Porque você está aqui também? — Indaguei vendo-o abaixar a cabeça. — Espera, espera, não precisa responder... Você tentou se declarar para a Judy e ela te ignorou novamente? — Acertou em cheio! — Ele suspirou e eu por um breve momento fiquei com dó dele, mas aquele sentimento passou na mesma velocidade que apareceu. — Você é muito burro! — Comecei a falar completamente séria. — Ela nem gosta de você e você todos os dias a noite faz serenata para ela e é ignorado. É educado com ela e ela rude com você. Sempre tenta se declarar e ela sempre ignora... — Umedeci os lábios. — E você ainda gosta dela? Mesmo sendo pisado mais do que um chiclete nas ruas? — Você nem sabe ao menos essas coisas... — Ele me encarou e eu mantive-me séria enquanto ele me olhava intensamente. — Você nunca gostou de alguém para poder falar essas coisas! — Elevou a voz e eu arqueei minha sobrancelha com a sua ousadia. — Você está errado! — Passei a língua entre os lábios novamente respirando fundo. — Eu já gostei de alguém, mas ele gostava de outra, então eu nunca tentei me declarar a ele! — Doeu falar aquilo em voz alta, mas me mantive firme. — Me desculpe eu não queria dizer essas coisas para você! — Sua voz estava mais suave e sorri de lado, meio triste. Ficamos em silêncio encarando um ao outro até que eu desviei meu olhar olhando para o muro da escola. O vento batia em nós e eu podia ouvir o barulho das páginas do livro virando por conta do vento. — Juny? Está tudo bem com você? — Indagou e quando abri minha boca para responder fui interrompida pela voz da Judy perto do arbusto. Encarei ele e o mesmo fez um gesto para eu não falar nada. — Porque você o tratou daquele jeito? — Uma voz feminina soou um pouco manhosa, provavelmente deve ser a Wanda já elas vivem grudadas uma na outra. — Ele é tão lindo, o garoto mais bonito do colégio, inteligente e foi tão fofo tentando falar o que sente para você! — Irei fazer ele correr mais um pouco de mim... — Judy disse rindo em seguida. Revirei os olhos assim que ouvi a sua voz dizendo aquilo. — Adoro ver ele sofrendo por mim! — Golfei baixo vendo Junan sorrir. — Ele ainda continua fazendo serenatas para você? — Não se houve resposta, mas deve que a Judy concordou com a cabeça com um maldito sorriso vitorioso em seus lábios. — Em um dia de chuva e eu podia ouvir ele cantando para mim. Ele é muito burro e fácil de se monopolizar! — Judy disse começando a rir muito, muito mesmo. Encarei o Junan que se mantinha de cabeça baixa ouvindo tudo. No dia dessa chuva o grau estava negativo e ainda caia granizo, e lá estava Hung Junan, cantando para ela em meio a um temporal. Era uma da manhã e estava tendo quase um temporal lá fora. Chuva misturada com um pouco de granizo, vento, raio e trovão. Estava morrendo de medo. Meu irmão estava dormindo fora então não tinha como eu dormir com ele. A chuva parou um pouco e eu pude ouvir o Junan cantando por um milésimo segundo antes dela começa novamente com mais força. Perguntei-me se tinha ouvido certo ou estava tendo apenas alucinações auditivas. Me aproximei um pouco da janela e com um pouco de dificuldade eu pude ouvir ele cantando, um minuto se passou, dois minutos, três minutos e ele ainda cantava. Cansada de apenas ouvir, resolvi agir. Dentro do meu closet, peguei um guarda-chuva e desci as escadas correndo com o mesmo em minhas mãos. Abri o guarda-chuva antes de girar a maçaneta. Quando a abri a porta sai correndo para o lugar onde ele sempre fazia serenata. Quando o encontrei, vi que ele estava tremendo, mas mesmo assim não parava de cantar. Joguei o guarda-chuva para trás correndo até ele ao ver que ele iria cair, por sorte consegui segurar ele com um pouco de dificuldade. — Junan? — Exclamei vendo seu rosto todo roxo e seus lábios tremendo. Ele abriu os olhos sorrindo fraco para mim. — Seu idiota... — Passei seus braços em minha nuca levando-o para dentro. Fechei a porta colocando-o no sofá subindo as escadas correndo em direção ao meu quarto pegando um cobertor. Voltei para a sala correndo, caindo assim que pisei no último degrau cortando meu joelho. Me aproximei dele colocando a coberto ao redor dele vendo o estado em que ele se encontrava. Passei minhas mãos uma na outra tentando aquece-las pousando em seguida em suas bochechas — O que eu vou fazer? O que eu vou fazer? — Perguntei para mim mesmo tirando uns fios molhados da minha testa. — O aquecedor. Isso o aquecedor. — Corri até o interruptor, abaixo dele tinha o botão do aquecedor, cliquei nele voltando para perto do Junan que ainda estava tremendo abraçado ao cobertor. — Você é i****a ou o que? — Indaguei agachada em sua frente mesmo sabendo que ele não iria responder. Levantei-me tentando sair de perto dele, mas senti sua mão em meu pulso fazendo-me encarar o mesmo que estava com os olhos aberto me olhando fixamente ainda trêmulo. Em um movimento rápido ele me puxou para se sentar ao seu lado, passando a coberta por cima de mim, aproximando-me mais dele. Ele passou suas mãos pela minha cintura, pousando sua cabeça na curvatura do meu pescoço causando-me arrepios por conta da sua respiração quente contra minha pele fria. — F-Fica... — Ele me apertou mais o abraço. — P-Por favor! — Concordei pousando meus braços seus ombros, sentindo as gotas que caía do seu cabelo, deslizar pela a minha pele. Pisquei saindo de meus devaneios percebendo que o Junan encarava um local fixamente, seguir o olhar que estava parado em minha cicatriz em meu joelho. Coloquei minha mão em cima fazendo-o me encarar. — Mas você nem gosta dele... — Wanda disse em um tom como se estivesse com pena do Junan e isso fez com que a Judy soltasse uma risada. — Não mesmo, tenho um alvo que quero apenas provar, quando eu conseguir isso talvez eu fique com ele! — Judy exclamou e em seguida ficou em silêncio. Um silêncio que ao meu ver durou uma eternidade. — Quem é seu alvo então? — Wanda indagou em um tom malicioso, fazendo a Judy soltar outra risada da mesma maneira. — Kyum Minkael... — Arregalei meus olhos ao ouvir o que ela disse.  

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