Ponto de Vista de Alexia
- Que p***a está acontecendo na minha casa, Alexia? - Um sorriso malicioso surgiu nos meus lábios enquanto eu segurava uma dose de tequila na mão. Bebi na frente de Jason, que estava com os olhos arregalados.
Deixa eu explicar: Ninguém me humilha. Ninguém é capaz de controlar o furacão que eu sou. Então, Jason precisa receber um castigo. O que é melhor do que ser assistente da pessoa que você mais odeia? Tenho tudo do Jason nas mãos. Cartões, endereços, agenda de amigos, tudo que eu precisava pra me divertir e tirar onda com a cara do chato do Jason.
- Olha só quem está falando palavrões agora! - Eu soltei uma gargalhada. A música alta na cobertura do apartamento de Jason chamou atenção dos vizinhos, que gentilmente chamaram a polícia. Jason teve que encerrar a festa e disse que eu estava encrencada.
Valeu a pena. Ele estava doze mil dólares mais pobre e eu completamente bêbada jogada no sofá dele. Agi como uma santa no escritório por onze dias, planejando minha vingança contra ele. Mauricinho chato e insuportável.
- Você é completamente maluca! Olha, esse vaso quebrado no chão custou dois mil dólares! - Ele parecia bastante irritado e eu apenas ria, deitada no sofá dele.
- E tão não são doze mil dólares mais pobre, são catorze. - Ele arregalou os olhos.
- Você gastou doze mil dólares com essa merda de festa? - Me levantei, tirando os sapatos de salto e jogando no chão. Caminhei até o balcão infestado de bebidas e peguei uma garrafa de vodka, tomando um gole do gargalo mesmo.
- Já está feito! Curta sua festa que acabou graças aos seus vizinhos tão chatos quanto você! - Gargalhei.
Ele sentou no próprio sofá indignado com a bagunça. Passou as próprias mãos no rosto e apontou para uma garrafa de uísque.
- Traz essa garrafa pra mim, fazendo favor. - Assenti e levei a garrafa de uísque. - Você é um monstro devastador de casas, Alexia. - Ele pegou o uísque da minha mão e tomou do gargalo, indignado.
- Muito obrigada. Agora acho que aprendeu que deve respeitar as pessoas se quiser respeito. - Sentei-me ao lado dele e batemos uma garrafa na outra.
- Cretina. - Ele acabou soltando uma risada. Não sei se de desespero pela bagunça na casa, ou por estar realmente achando a situação engraçada.
- Canalha. - Falei.
Nós nos encaramos. Não gostei da forma como aqueles olhos azuis encararam os meus.
- Vamos dar uma trégua, pelo amor de Deus. - Concordei com a cabeça. - Me chame apenas de Jason.
- E você, me chame apenas de Alexia.
E assim, no meio ao caos, selamos um pequeno acordo de trégua. Eu sabia que assim que ele tivesse a oportunidade de me sacanear novamente, ele faria.
Dias atrás...
- Onde estão meus acessórios que deixei na mesa? As canetas rosa? Onde estão as minhas coisas, SENHOR Weber? - Perguntei com os olhos arregalados.
- No lixo, onde deviam estar. Seja profissional, senhorita Nygard. Pelo amor de Deus. - Weber girou os olhos e voltou sua atenção para alguns documentos que estavam em suas mãos.
- É guerra que você quer? É guerra que você vai ter. - Falei e saí de sua sala, pisando duro.
Agora
- Me desculpe por jogar suas coisas fora. Mas você sabe que não joguei nem um terço do valor que você usou para fazer essa merda toda na minha casa, não sabe? - Concordei com a cabeça.
- Algumas coisas eram de coleção. Eu tinha apego emocional. - Falei, tomando um gole da vodka direto do gargalo.
- Eu também tinha apego emocional por aquele vaso. - Weber apontou para o vaso quebrado. - Por que você me odeia, mulher?
- Ué, porque você me odeia! Como vou gostar de alguém que trata as pessoas como você trata? - Ele abaixou a cabeça. Tomou um gole do uísque e afrouxou a gravata, abrindo alguns botões da camisa.
- Sophia disse a mesma coisa quando me deixou. - Ele respirou fundo, e continuou com a cabeça abaixada.
- Então você também sofreu por amor! Eu sabia! - Ele assentiu com a cabeça. - Tente tratar as pessoas com menos formalidades e mais educação. Por exemplo, não é porque o porteiro está ali para te servir, que você não precisa dar bom dia para ele. Ele também é um ser humano. - Weber, que agora me olhava com interesse, concordou com a cabeça.
- Eu fui criado assim. É difícil mudar. Mas acho que no final das contas, você tem razão. - Weber novamente abaixou a cabeça. Tomou mais um gole de bebida e eu encostei minha cabeça no ombro dele.
- Somos dois fodidos, Weber. Agora é sua vez de me dizer porque me odeia. - Ele respirou fundo.
- Você tem um temperamento terrível. Não precisa debochar de todas as respostas que você não concorda, sabe? Isso é bem chato. - Tomei mais um gole da vodka. Eu já estava bem tonta, por conta da bebida.
- Vamos fazer uma aposta. - Sugeri. - Eu vou controlar meu temperamento horrível e você vai parar de ser chato. Toda vez que alguém quebrar o acordo, o outro ganha. - Jason riu.
- E estamos falando de ganhar o que, exatamente? - Ele perguntou, dando risada.
- O que o outro quiser. Estou ansiosa pra ganhar um colar da Tiffany. - Me levantei, arrumando a alça do vestido que estava caindo.
- Não, você é quem vai me dar um vaso novo, menina. - Soltei uma risada debochada e peguei minhas sandálias na mão.
- Veremos. - Falei, indo em direção a porta. - Boa sorte, Jason.
Jason foi um i****a em apostar comigo. Eu nunca entro em brincadeiras como essa pra perder. Vou provocá-lo até a morte e ele me dará o colar que quero.
Cheguei em casa exausta da festa. Tomei um banho, lavei meus pés completamente sujos e meus cabelos. Meu pai está em viagem, então nem viu o horário que cheguei.
No dia seguinte, fiz questão de chegar no trabalho o mais cedo possível. Jason me olhou com desconfiança e a primeira coisa que fez foi dar bom dia para o Gilbert, porteiro do edifício. Ele até estranhou, mas pareceu feliz.
- Viu, você consegue ser uma pessoa melhor. - Falei, dando um tapa no ombro dele enquanto entramos no elevador.
- Você tem aula na faculdade comigo hoje. Vi seu nome na lista de chamada. Quer uma carona? - Abri um grande sorriso.
- Sim! Muito obrigada.
Não tive coragem de provocar o Jason porque ele estava tentando ser legal de verdade. Ele cumprimentou a faxineira, coisa que em hipótese alguma aconteceria antes do acordo.
Fomos até a faculdade no carro dele, e foi bem tranquilo. Conversamos sobre assuntos aleatórios, e eu segui para minha aula enquanto ele ia se apresentar em pra outra turma. Eu sabia que a aula dele era a última, e por algum motivo, fiquei ansiosa para vê-lo em ação.
Na hora da aula, Jason cumprimentou os alunos normalmente, e iniciou sua matéria. Jason é um bom professor e muito inteligente. Devia sair da carreira corporativa, talvez seu não humor acabasse.
No final da aula, enquanto todos os alunos estavam guardando seus materiais, eu fazia o mesmo. Senti braços me apertarem por trás e tentei me desvencilhar, e assim que me virei, tive uma surpresa ingrata.
- Que p***a você tá fazendo aqui, Mattia? - Meus olhos se encheram de lágrimas.
- Eu vim por você, Lex. Não me rejeite, por favor. Escuta. - Ele tentou me abraçar e eu me afastei. - Eu estou adoecendo sem você. Não aguento mais tanta dor! - Lágrimas escorriam pelos olhos de Mattia. Quando percebi, a sala estava vazia.
- Devia ter pensado nisso enquanto transava com a Kátia. Foram dois anos, Mattia. Me esqueça. - Me virei, limpando as lágrimas e ele segurou meu braço com força.
- Não! Eu não aceito isso! Todos os homens tem seus deslizes, pelo amor de Deus, Alexia! - Ele gritou. Tentei me soltar, mas foi em vão.
- Me solta, você está me machucando. - Avisei, enquanto lágrimas escorriam por minhas bochechas.
- Volta pra Rússia comigo. Por favor, eu imploro! - Agora, ele deu um jeito de segurar meu outro braço também. Eu me senti presa e indefesa.
- Por favor, me solta! Está me machucando, Mattia!
Nesse momento, ouvi a voz de Jason. Ele estava na porta da sala, olhando para nós.
- Vamos embora, Alexia. Você veio comigo, então irá embora comigo também. - Seu olhar parecia bravo. Ele estava nervoso?
- Mattia, me deixa ir embora, por favor. - Supliquei.
Uma das coisas que, associada a traição, me fez largar o Mattia, é o fato dele ser extremamente explosivo e agressivo. Olhei pra porta, mas Weber já não estava lá. Senti um pouco de medo. E, de repente, a mão de Mattia colidiu com meu rosto, em um tapa forte.
- Vaca! Por que você está fazendo isso comigo? - E eu caí no chão.
Em prantos, envergonhada, humilhada e sem defesa alguma. Mattia me transformou em uma mulher vulnerável. E ninguém viu. Ou, pelo menos, eu achei que não.
Weber invadiu a sala e caminhou até Mattia bufando. Eu contei seis socos diretos no rosto de Mattia, até que ele apagou. Weber se levantou, arrumou a gravata e estendeu a mão pra mim, enquanto eu tentava processar tudo que acabava de acontecer.
- Vamos, Alexia. Esse cara não vai mais mexer com você, garanto.
Saímos da sala e os corredores já estavam vazios. Ouvi Mattia gritar alguma coisa da sala, mas apressei o passo, enquanto Jason me guiava, me segurando pela mão. Entrei em seu carro e cai no choro novamente.
Ele ligou o carro, e dirigiu seja lá pra onde. Acho que assim como eu, ele só queria sair dali.
Chegamos em seu apartamento em alguns minutos. Eu subi com ele, porque não queria que meu pai me visse naquele estado. Meu rosto tinha a marca da mão de Jason perfeitamente estampada, devido a brutalidade do tapa.
Me sentei no sofá e reparei na sala de Jason, que estava completamente perfeita novamente. Até a p***a do vaso estava no lugar. Ele parecia ter colado caco por caco.
Eu ainda estava chorando, quando ele se sentou ao meu lado no sofá com uma caixa de lenços umedecidos e uma pomada antiinflamatória. Limpou meu rosto com cuidado, ainda com o rosto sério, e sem dizer uma palavra sequer. Pegou a pomada e passou em meu rosto, esfregando-a com o polegar em uma leve massagem.
- Ele nunca mais vai por um dedo em você. E se por, vai apanhar pior do que dessa vez. - Resmungou, revoltado.
- Obrigada, Jason. Mattia me assusta quando está irritado. - Acabei voltando a chorar. Jason me abraçou, de forma cuidadosa e respeitosa, me consolando. Um abraço firme, mas muito aconchegante.
- Está tudo bem, Alexia. Está tudo bem. - Ele repetia, enquanto acariciava minhas costas, o que me trazia aconchego.
- Se meu pai souber, vai matar o Mattia. Não conte a ele. - Levei meu rosto para a frente do de Jason, e supliquei. - Eu só quero seguir em frente, tá?
- Como quiser. Mas se ele encostar um dedo em você de novo, quem vai matá-lo sou eu. Com minhas próprias mãos. Entendeu? Eu não admito esse tipo de coisa acontecendo com quem quer que seja. - Limpei meu rosto com minhas mãos, afastando as lágrimas dali e concordando.
- Obrigada mais uma vez, Jason.
Ponto de Vista de Jason
Nunca bati em ninguém. Foi a primeira vez. Espero que Alexia tenha se sentido vingada. O tal do Mattia era bem maior e bem mais forte que ela, um verdadeiro covarde. Pena que não deu tempo de chegar antes do tapa. Para o azar dele, eu era maior e mais forte que ele. Talvez agora ele aprenda que o mundo retribui todas as nossas ações.
Eu confesso que quando conheci Alexia achei que ela fosse um porre, mas entendi que ela está com o coração partido e está se reconstruindo. Agora eu já sei o porquê.
Enquanto ela chorava abraçada em mim, senti vontade de colar os pedaços dela com cola como fiz com o vaso na noite anterior. Ela era uma pessoa quebrada, assim como eu. Era triste de ver.
Tentei passar conforto da forma que podia. Tentei ser o menos babaca possível, e até que consegui, porque ela se acalmou. Alexia chorou tanto que acabou dormindo porque suas forças acabaram. Eu a deitei e ajeitei no sofá mesmo, para não acordá-la. Tirei seus sapatos de salto e a cobri com uma manta que cheirava amaciante, de tão limpa.
Posso ser grosso e arrogante, mas jamais tocaria numa mulher com agressividade. Jamais.
Ajeitei os cabelos da moça adormecida em meu sofá, os tirando do rosto. Ela tem traços típicos de russa. Nariz fino e arrebitado, rosto levemente arredondado mas com maxilar e queixo bem definidos. Cabelos loiros longos e lisos, corpo escultural, pernas compridas. Talvez chegue a 1,75 de altura. É uma mulher bonita.
Me afastei dela e fui tomar um banho, para acalmar meus nervos. Aquele tal de Mattia me fez perder a paciência.
Na manhã seguinte, acordei e ela tinha feito panquecas. Eu odeio panquecas, mas aceitei comer uma para agradá-la. O rosto dela tinha a marca de 5 dedos de homem, e eu não a deixaria sair assim na rua.
- Não vai pro trabalho hoje, Alexia. Seu rosto não está muito bom. Não quero que as pessoas te incomodem por isso. - Os olhos dela se encheram de lágrimas e ela concordou com a cabeça. De mulher furacão, ela passou a uma mulher vulnerável. É isso que um relacionamento abusivo faz com você.
Caminhei até ela, levando minhas duas mãos até o rosto dela e a fazendo me olhar. A olhei de forma séria, afastando suas lágrimas com os polegares.
- Eu não aguentaria carregar o peso de suas emoções agora, baby. Você é muito forte, saiba disso. - Dei-lhe um beijo na testa e saí. Não podia mais ficar, mas gostaria.
Algo em mim mudou no dia em que fizemos aquele acordo, e não sei exatamente o que foi.
Voltei para casa na hora do almoço para vê-la. Ela estava passando um pouco de maquiagem no rosto, que cobriu o vergão em sua pele branca. Foi bom ver que estava reagindo.
Ponto de Vista de Alexia
Nunca pensei que poderia ouvir de alguém que eu era forte por carregar o peso de um relacionamento abusivo nos ombros. Acho que Jason foi a primeira pessoa que viu o que Mattia fazia comigo e reagiu.
Lembrei de quem eu era antes de me relacionar com Mattia. Eu era uma garota alegre, cheia de vida e sorrisos para dar. Onde foi que tudo deu errado e por que eu o escolhi? Tudo que ele fez foi me deixar triste. Triste por me trair, por me bater, e por me quebrar de tantas formas que nem sei se tem algo em mim inteiro ainda.
Que bom que Jason estava lá para ajudar. E que bom que ele me ajudou, deixando ficar na casa dele. Seria péssimo ter que explicar para meu pai o motivo do meu rosto estar do jeito que está.
Jason chegou e eu estava passando uma base e corretivo no rosto. Não ficou perfeito, mas apagou um pouco o vergão que a mão de Mattia fez. Ao menos agora conseguia me olhar no espelho.
- Vamos sair hoje a noite. - Jason disse. - Um homem de verdade jamais trata uma mulher do jeito que Mattia te tratou.
- Não sei se consigo, Jason. - Eu respirei fundo.
- Faça isso por você. - Ele jogou a carteira pra mim, e eu a peguei no ar. - Compre um vestido de luxo. Iremos ao restaurante mais sofisticado da cidade. É disso que você precisa.
- Está brincando comigo? - Ele negou com a cabeça. Retirei um cartão da carteira dele e joguei a carteira de volta.
- Eu te pego às 19h aqui mesmo. Vou te mostrar o que é sair com um homem de verdade e como você deve ser tratada. Não aceite menos que isso.
Ele não esperou eu responder, apenas saiu, pois precisava voltar ao serviço. Eu fiquei com pontos de interrogação voando por minha cabeça, mas ninguém é i****a de negar compras.
Escolhi um vestido preto, com mangas canoa, e que ia até a metade da coxa. Ele tinha uma f***a de um palmo e era extremamente perfeito em meu corpo. Também escolhi um salto preto, com uma tira fina no tornozelo.
Modelei os cabelos e passei uma boa camada de base no rosto, que escondeu perfeitamente o vergão causado por Mattia. Passei máscara de cílios, um batom vinho bonito e me senti linda ao me olhar no espelho. Jason sabe como animar uma mulher.
Ouvi a campainha tocar. Quando atendi, um entregador com um grande buquê de flores apareceu. Eu o peguei e vi um cartão de Jason.
"Espero que essas rosas vermelhas a façam sorrir. Mandei meu motorista buscá-la as 19h. Até mais."
Jason era um cavalheiro. E o que ele estava fazendo por mim era bem legal.
No horário indicado no cartão, uma limousine branca estacionou em frente ao prédio e eu desci. Ele me deixou na porta do restaurante mais caro da cidade, que fica no terraço do prédio mais famoso daqui.
Quando entrei no restaurante, avistei Jason, que se levantou e veio em minha direção. Ele deu um beijo em minha mão e sorriu.
- Nunca mais aceite menos que isso. - Ele disse, enquanto puxou a cadeira para eu me sentar. - Como está se sentindo?
- Como uma princesa. - Era verdade. Meu humor estava um pouco melhor.
Jantamos naquele lindo lugar e tomamos um bom vinho. Confesso que todo aquele tratamento me consertou um pouco, mas a imagem de Mattia acertando a mão no meu rosto ainda me assombrava. Já havíamos terminado nossa refeição. No restaurante, música clássica era tocada ao vivo e Jason se levantou.
- Quer dançar? - Balancei a cabeça em concordância, e peguei a mão dele que estava estendida pra mim.
Na pista de dança, passei os braços ao redor do pescoço dele e ele apoiou as mãos em minha cintura. Nos olhamos nos olhos. Jason tem os olhos azuis mais bonitos que já vi, muito mais bonitos do que os de Mattia. Os olhos de Jason me lembram os mares do Caribe.
- Essa noite está sendo maravilhosa... Muito obrigada por tudo, você é um perfeito cavalheiro. - Sorri, e ele sorriu de volta. - Mas depois daqui, vamos nos divertir nos meus termos.
- Vai me levar para alguma balada ou coisa assim? - Soltei uma gargalhada.
- Com certeza. - Ele acabou rindo.
- Eu vou, contanto que isso te faça sorrir como está sorrindo agora.
Jason não tinha malícia enquanto falava comigo. Ele parecia educado demais, como se realmente quisesse me confortar e cuidar de mim. Me senti segura, e isso era bom.
Depois que ele pagou a conta, eu o puxei pela mão em direção ao carro com pressa. O motorista nos levou até uma boate que eu já conhecia, e tinha uma pista de dança incrível. Jason estava sorrindo, mas parecia um pouco ansioso. Eu o fiz tirar o terno e a gravata, e abrir alguns botões da camisa.
- Vem, vamos, eu vou dançar com você o meu tipo de dança. - E assim eu o arrastei pra dentro do G6 Club, e pela primeira vez na vida tirando o dia em que eu fiz uma festa de arromba na casa dele, Jason estava em uma festa divertida.