Café Da Manhã

1330 Words
Ponto de Vista de Alexia Jason abriu a porta e eu entrei completamente desnorteada. Eu acho o Jason sexy, mas não sinto nada por ele. Bom, eu acho. Não sei. - Não consigo, Jason. Desculpe. - Ele parecia confuso. - Olha, eu vou ser sincera. Você é muito gato e eu adoraria t*****r com você, mas o Mattia era um grosso e eu confesso que não estou pronta pra isso. Não ainda. - Me afastei dele, voltando em direção a porta. - Eu achei que estava, mas não estou. - Ei, tudo bem. Quer tomar uma bebida e conversar? - Respirei fundo. Já que estou aqui, por que não? Eu não n**o bebida de graça. Eu já sabia exatamente onde era o bar. Caminhei até lá e peguei uma garrafa de vodka pra mim, e uma de uísque pra ele. Ele estava sentado, e não parecia nada frustrado. Na verdade, parecia feliz em ter minha companhia e isso me agrada. Entreguei-lhe o uísque e me sentei ao lado dele no sofá, respirando fundo. - Desculpe por isso. Por desistir de f********o com você depois do que eu fiz na sua sala hoje. Às vezes nem eu mesma consigo ter controle de mim. - Soltei uma risada ao falar, e ele também. - Tudo bem. Você não precisa t*****r comigo se não quiser, menina. - Ele deu dois pequenos tapinhas de conforto em minha coxa descoberta pelo tamanho do meu vestido. - Vem cá, o que aconteceu? Eu fiz algo? - Respirei fundo. Não tinha porque não falar, a culpa não era dele. Então, tomei um impulso dentro do mar de sentimentos que tinha e coloquei a cabeça na superfície. - O Mattia era um filho da p**a na cama. Dominador ao extremo. Eu simplesmente obedecia, então acho que... Travei. No começo era divertido, mas depois... Foi ficando cada vez pior. Eu sempre fui uma garota sexualmente livre, mas acho que o Mattia me transformou em uma pessoa insegura... Não sei quando vou conseguir ir pra cama com alguém novamente, achei que estivesse pronta, porque você me excita, mas só de pensar... Eu fico com medo e nervosa. - Minha respiração ficou um pouco falhada. Era hora de mudar de assunto. - Você já sabe muito sobre mim. Quem foi que quebrou teu coração? - Bom... Eu a conheci na faculdade. Nós ficamos em uma festa, namoramos por quase dois anos e ela me deixou porque me falava que eu era muito grosso. Eu nunca a esqueci, mesmo tentando. Bom... Alguns anos depois eu a reencontrei. Eu juro que não acredito no amor porque... Quando a encontrei... - Ele respirou fundo. Parecia travado. - Pode falar, tá tudo bem. Sem julgamentos. - Peguei a garrafa de vodka da mesa. Tomei mais um gole e entreguei a ele. - Coragem líquida. Tome. - Ele obedeceu, dando um gole e me entregando a garrafa, fazendo uma careta. - Ela é a noiva do seu pai. A Sophia. Acho que você ainda não a conheceu. Ela tem a minha idade. Sei que ela não é mais a mesma... A menina por quem me apaixonei não existe mais, acho que estou preso nessa fantasia com ela pelos últimos anos. Louco, né? - Arregalei os olhos e eu literalmente fiquei de boca aberta. Isso, realmente, é algo que eu não esperava. - Meu pai sabe que você já a namorou? - Ele negou com a cabeça. - Faz mais de dez anos. Não vejo necessidade. Ainda mais sabendo que eu quem levei o pé na b***a. E bom, por isso não me meto na vida pessoal do seu pai. Não gosto de vê-la, me sinto m*l. - Ele respirou fundo. - Fico pensando se um dia vou esquecer aquela garota da faculdade. Porque definitivamente ela não é a Sophia, noiva do teu pai. Ela mudou muito. Quando a conheci e me apaixonei, era uma garota doce, cheia de sonhos e esperançosa. Hoje é uma pessoa fria e muito, muito nojenta. Daquele tipo que não olha pra você sem ser com desprezo. - Cara, que tenso. - Falei. - Já que você já viu que ela não é mais a mesma, devia conviver um pouco com ela, assim seu coração desilude de uma vez. - Ele deu os ombros. - Eu espero esquecer o cretino do Mattia logo. Não ficar com as mesmas cicatrizes que você. - Ele pegou a garrafa de uísque e ergueu para um brinde. Brindamos. - Um brinde aos fodidos. - Ele disse. - Acha que a gente é capaz de escolher quem ama? - Eu bebi mais um gole da vodka. Ele me olhou e pensou por alguns instantes. - Não. Eu tentei. Não funciona. - Coloquei a vodka na mesa ao ouví-lo. - Acho que você é meu amigo, Jason. - Nós dois rimos, porque a frase pareceu bem engraçada mesmo. - É sério. A gente podia se ajudar. Eu sei que esse fim de semana vai ter um jantar na mansão. Venha comigo, como meu par. Podemos conversar com a Sophia e talvez você grave como ela é agora, e a garota que você amou... Perca seu lugar aí dentro. - Ele deu os ombros. - Podemos pensar nisso. Não sei se funciona. Sei que estou ferido por uma versão dela que não existe mais... Mas, me diga. Como posso te ajudar a se curar? - Abaixei o rosto. Será que eu podia ser curada? - Acho que no momento, só o tempo. Deixa ele agir. - Passei uma das mãos no meu próprio rosto. - E mais pra frente, quero que me ajude com a parte do sexo. - Um sorriso malicioso surgiu nos lábios dele. - Com prazer. Saiba que você é convidada de honra aqui em minha casa. - Ele piscou um dos olhos e eu soltei uma risada. - Gosto de você, Jason. Jamais pensei que diria isso, mas você é do c*****o. - Ele abriu um sorriso. - Também gosto de você, Alexia. - Ele falou e eu sorri. Talvez eu goste mais dele do que devia. Mas vai passar. Conversamos sobre todo o tipo de coisa que você imaginar. Desde as ações da bolsa até o motivo dos meus pais nunca terem me deixado ter um gato de estimação. Quando percebi, já era quatro da manhã e estávamos exaustos. Ao invés de ir embora, me deitei no sofá dele e mandei que me trouxesse um travesseiro e cobertores, ele o fez. Depois de uma noite m*l dormida no sofá se Jason, acordei com um cheiro gostoso de bacon e ovos. Ele estava fazendo na cozinha. Café da manhã dos campeões. Como era sábado, nem me incomodei em levantar com pressa. Apenas assisti de camarote o Jason e seu tanquinho perfeito passeando apenas de short na cozinha toda, enquanto cozinhava. Jason é um gostoso. Ombros largos, barcos fortes, costas talhadas de músculos. Cabelos loiros e olhos azuis reluzentes. Um cavanhaque loiro chamativo, que deixa seu jeito de macho alfa ainda mais sexy. Uma pena que seja um fodido como eu. Quando vi que ele se serviu, fui para cozinha e peguei o prato já servido. Ele não protestou, apenas riu enquanto eu comia o bacon com as mãos mesmo. - Você faz um bom café da manhã mesmo pras meninas que não dormem com você? - Eu estava com a boca cheia de bacon, enquanto falei. Ele riu. - Sou um bom anfitrião, independente de quem esteja comigo. - Você é fofo, Jason. - Peguei o garfo e comi um pouco do ovo no prato. Estava uma delícia. - E cozinha muito bem. Como diria minha mãe, já pode casar. - Deus me livre de casamento. - Nós dois demos risada. - Acho que agora, depois do Mattia, penso isso também. - Gargalhamos juntos. Olhei para ele e me achei sortuda. Quem diria, me sentir sortuda ao lado de Jason parecia uma ironia muito grande para alguém que o odiava a pouco tempo atrás.
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