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Casamento por Contrato - Emily e Antony

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Blurb

Emily Ross é uma mulher de beleza inigualável que luta diariamente para manter a si e sua irmã mais nova desde a morte precoce de sua mãe e tudo se torna ainda mais difícil quando uma doença acomete sua irmãzinha e o custo do tratamento é altíssimo. Ela então se vê em um beco sem saída e a única forma de conseguir o valor o quanto antes é aceitando um convite de ser uma gata acompanhante em um clube seleto e sigiloso.

E é nesse ambiente que Emily se encontra com Antony Daldegan, um CEO misterioso, gostoso, de coração frio como gelo e arrogante que a faz uma proposta irrecusável: um casamento por contrato.

O plano é simples: ser a esposa perfeita para o CEO multimilionário por um ano. Mas o único termo do contrato torna a vida da nossa Emmy difícil: resistir ao pecado em pessoa e não se apaixonar.

É uma história intrigante, emocionante, inegavelmente sexy e peculiar. Será que Emily irá se apaixonar pelo delicioso CEO? E ele, se renderá aos encantos da nossa gata?

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Capítulo 1
BIP BIP BIP - Droga - eu resmungava enquanto apalpava minha escrivaninha em busca do maldito celular que não parava de apitar. Olhei na tela e eram 04h50 - merda, eu queria dormir mais. Me levantei contra minha vontade, mas precisava, as contas não se pagam sozinhas, e trabalhar em um café não ajuda muito, as pessoas são m*l humoradas de manhã. Fiz minha higiene, me arrumei e antes de sair passei no quarto da Clarinha, dei um beijo no topo de sua cabeça e fiquei ali a admirando, como é linda minha irmãzinha. -Eu te amo - sussurrei em seu ouvido e em resposta ela sorriu enquanto dormia. Meu coração se apertou de tanto amor que sinto por ela que tanto se parece com nossa mãe, na verdade nós duas nos parecemos muito com ela, os cabelos negros e longos e os olhos verdes esmeralda são nossa marca registrada. Ah mãe… sinto tanto sua falta, principalmente agora que a nossa bebezinha está doente, não sabemos o que é, estamos aguardando o resultado dos exames que fizemos ficarem prontos, ela em questão de poucos dias ficou fraca e pálida… tomara que seja apenas uma infecção e que um antibiótico resolva. Sobre nossa mãe, ela infelizmente faleceu uns 4 anos atrás em um acidente de carro quando voltava do trabalho, aquilo acabou com a gente, éramos apenas eu, mamãe, Clara e minha tia-avó Marta. Meu pai? Nunca o conhecemos, mamãe sempre dizia que era melhor assim, era pro nosso bem. Chegando ao trabalho dei de cara com o carrancudo do John, nosso gerente que provavelmente não transa a sei lá… um século? Só assim pra explicar esse eterno e insuportável m*l humor. - Está atrasada senhorita Emily Ross, já conversamos sobre isso - ele estava de braços cruzados enquanto eu atravessava a porta e quase me matou de susto. - John! Não me assuste assim, quase tive um treco aqui sabia? E outra, não me atrasei por querer e não vai acontecer novamente. - fui em direção aos armários guardar minha bolsa e só o ouvi resmungar e ir fazer suas coisas. - Ele está pior hoje, você acredita que já reclamou das mesas não estarem prontas? - Carla já começou o falatório agora cedo também, ela é minha amiga a anos e pouco mais de um ano começou aqui por indicação minha, mas se soubesse que esse gerente ia entrar em seguida, nem tinha indicado, porque olha, difícil viver assim. - Pois é, mas manda quem pode, obedece quem tem juízo. Bora trabalhar. - encerrei o assunto e em seguida fomos fazer nossos afazeres. O dia até que passou rápido, com tantos clientes indo e vindo não temos muito tempo pra conversar ou pensar em qualquer coisa. Já quase no final do expediente enquanto eu lavava a louça suja e Carla limpava o balcão eu recebi uma ligação da tia Marta. - Oi tia, tudo bem? - eu já estava preocupada, ela raramente me liga em horário de trabalho, ela sabe que é proibido atender, mas eu sempre atendia, porque ela ficava com a Clarinha pra mim trabalhar e sempre pode ser importante. - Oi querida, me desculpe te ligar agora, mas é importante… ligaram do hospital e as notícias não são as melhores. - o tom de voz dela me cortou o coração. - Fala tia, o que houve, ela não tá melhorando? - Infelizmente não filha, me informaram que ela foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda, tem tratamento, mas tem que iniciar imediatamente, mas o tratamento tem custo muito alto, não temos como pagar, mesmo juntando seu salário e minha aposentadoria - nesse momento as lágrimas já corriam sem parar pelo meu rosto e eu podia escutar minha tia chorar também - eu sinto muito filha, muito mesmo. - Tudo bem tia, vamos dar um jeito, vai ficar tudo bem, assim que chegar em casa vamos pensar em algo tá. - Tá bom, te amamos. - Também amo vocês. Assim que desliguei não me segurei e comecei a chorar sem parar, Carla me abraçou mas eu precisava respirar e sai do café e então tirei um cigarro para fumar. Eu tentava parar com esse hábito já tinha tempo, mas sempre  que sentia uma crise de ansiedade vindo, somente isso me aliviava. - Tudo bem com você? Quase pulei de susto quando vi aquela mulher ao meu lado, será que tiraram o dia pra me assustar? - Ah, que susto, é… sim, não, vai ficar - eu fungava enquanto fumava, que patético. - Peço desculpas, mas não pude deixar de ouvir sua conversa ao telefone, você estava tão focada que nem reparou em mim, eu estava sentada no canto do balcão, estava te observando a um tempo. Só então parei pra reparar nela, é uma mulher de meia idade, mas muito bonita… linda na verdade, com os cabelos loiros na altura do ombro com ondas  bem definidas e um corpo aparentemente bem cuidado, usava roupas que pareciam ser bem caras e saltos agulhas, não que eu goste de mulheres, mas se fosse o caso, ela com certeza me interessaria. Mas agora… ela estava interessada em mim? Porque? - Me desculpe, muitos problemas, desculpe se não a atendi corretamente… Qual seu nome mesmo senhora? - Senhorita, e pode me chamar de Hera. - ela estendeu a mão e retribui seu aperto, achei interessante o nome, é bem incomum. - Me pareceu muito preocupada na ligação, e triste também, existe algo em que posso ajudá-la? - ela realmente parecia preocupada pela expressão, soltei uma risada sarcástica involuntariamente. - Acredito que não. - ela se espantou, e não era pra menos, fui bem grosseira. - Me desculpe, não tive a intenção de ser grossa, é só que… - olhei para as estrelas em busca de forças - minha irmãzinha está doente e ficamos sabendo a pouco que o tratamento custa muito caro e não temos condições de arcar com ele. - lágrimas começaram a rolar de novo. - Entendo, sinto muito. - Tudo bem, eu peço desculpas por te ocupar com meus problemas. - sequei as lágrimas e apontei em direção à porta do café. - Bom, vou entrar, pra terminar de arrumar lá dentro e ir embora, e… hm, obrigada e boa noite, Hera. - acenei e me virei. - Espera - ela colocou a mão em meu braço - eu acredito que na verdade, tem um jeito sim de te ajudar, antes mesmo de ouvir sua ligação eu te observei e acredito que tenho uma boa oportunidade para conseguir um valor significativo que talvez te ajude nas despesas. - ela tirou um cartão de apresentação de sua bolsa e me entregou, de um lado era preto e o outro vermelho com apenas seu nome e um número de contato gravados. - Me ligue caso tenha interesse. Tenha uma boa noite. E ela se foi, fiquei parada e olhando para o cartão, não tinha nenhuma informação a mais para que eu tivesse noção do que se tratava ou de que empresa seria. Que tipo de mulher ela seria? Bom, amanhã descubro, mas hoje eu preciso finalizar meu dia e ir pra casa, minha família me esperava e assim o fiz. Me despedi da Carla e fui embora, e nessa noite eu dormi na mesma cama que a Clarinha, abraçada à ela e orando para que ela ficasse bem, que a mamãe nos olhasse lá de cima e me ajudasse a achar um jeito pra cuidar dela.

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