📓 NARRADO POR REY Desci de casa com a corrente batendo no peito e o sangue fervendo. O nome do Braga rodava na minha cabeça feito maldição. A cada passo no beco, eu sentia o chão pedir sangue. Cheguei na boca com o Marlboro aceso, tragando fundo. O barulho de rádio chiava, o corre rodava, mas quando me viram, pararam na hora. O silêncio pesou, só se ouvia fogueteiro tossindo ao fundo. Entrei no barraco central e não pensei duas vezes: chutei a mesa, derrubei papelada, arma desmontada, dinheiro contado em cima de jornal. Tudo foi pro chão. — “DESGRAÇADO DO BRAGA!” Rosnei, cuspindo veneno, a Glock batendo na cintura. — “Ele achou que ia me passar a perna". Mentiu pra loira, inventou que eu queria que ela tirasse meu filho. —DESGRAÇADO. Os vapores ficaram de olho arregalado, alguns recu

