- hahahahahahahaha... - Nodies e Thart riem.
- Francamente.- diz Lian num suspiro.
- Não é hora para graça. - diz Apolo.
- Certo, certo. - Nodies diz risonho.
- Peço desculpas. - Thart pedi percebendo sua inconveniência.
- Agora, vamos. Dêem a ele a chance de falar. - Zeen diz calmo.
- Desculpa, mas vocês acham mesmo que ele tem uma solução? Sinceramente, estamos a anos procurando uma solução e ele - aponta para rapaz - Consegue uma maneira de acabar com isso no pouco tempo que está aqui? Vocês estão acreditando nisso mesmo? - pergunta Nodies incrédulo mas ninguém diz nada. - Parece que não. - diz em tom de superioridade.
- Que tal se recomeçarmos nos apresentando? Meu nome é Zeen. Sou o deus da justiça, seja bem vindo.
O jovem acena de forma contida.
- Eu sou Apolo, o deus do sol.
- Lian, deus da lua.
- Thart, deus da terra.
- E eu, Nodies, deus do mar. E então? Quem é você?
- Meu nome é Kuro. Está faltando alguém aqui.
- Todos os deuses estão aqui. - diz Zeen.
- Me disseram que são sete deuses, onde está a deusa do amor? - pergunta Kuro. Os mais velhos olham uns para os outros.
- Você já deve saber o que ela fez, não? - pergunta Nodies.
- Sim, mas por que ela não está aqui para ajudar a resolver essa situação?
- Por que? - ironiza Nodies. - Além de ter causado tudo isso, aquela covarde saiu correndo na primeira oportunidade.
- E vocês deixaram ela renunciar dessa forma?
- Queria eu que fosse simples assim. Não é só desistir, mas a deusa problema sumiu assim que o caos começou, deixando tudo para nós resolvermos. - diz Nodies indignado.
- Ela com certeza cometeu um grave erro. - Kuro diz pensativo.
Nodies olha para ele como se tivesse entendido algo por trás das palavras de Kuro.
- Certamente, caso contrário não estaríamos nessa situação. - diz Zeen.
- E onde ela está agora?
- Não sabemos. - responde Thart.
- Não a procuraram?
- Ela nos deu problemas demais, se ela saiu quer dizer que não vai ajudar. - diz Nodies.
- É dever e obrigação dela ajudar.
- Concordo, se ela cometeu o erro devia aguentar as consequências, sair como se não fosse culpada foi um ato indigno de um deus. - diz Thart.
- E ainda fomos bondosos por não incomodar ela. - diz Nodies.
- Chama isso de bondade? Vocês deveriam ter feito ela ajudar!
- Ter f*****o ela só deixariam as coisas mais agitadas, já que nem encontramos um jeito de acabar com o caos. - diz Zeen.
- Se ela estivesse aqui vocês teriam mais alguém pensando numa forma de tudo se resolver.
- Como pode ter certeza disso? Seria mais fácil ela atrapalhar do que ajudar. - diz Nodies.
- Mais ajuda do que você ela daria-Nodies estava prestes a pegar sua a**a quando Apolo interrompeu.
- Você disse que achou um jeito de acabar com o caos. É verdade?
- Ainda pensando nisso Apolo? Ele só quer aparecer.
- Silêncio Nodies, deixe ele falar. - diz Thart.
- Por favor nos diga, e peço que fale como encontrou essa informação. - diz Zeen.
- Bem, assim que meu espírito guia me contou toda a situação, fui até a biblioteca e li os livros das leis e as escritas antigas.
- Brilhante ideia! - Nodies diz irônico. - Também já fizemos isso, e não encontramos nada.
- Porque vocês não procuram direito.
Nodies não diz nada mas está mais vermelho que um pimentão.
- Prossiga. - diz Zeen.
-Assim que terminei de ler tudo nada de específico sobre como acabar com o caos.
- Hum... - Nodies murmura dando um sorriso vitorioso.
- Mas eu encontrei uma lenda que se assemelha a situação de agora.
- E você quer que nos acreditamos numa história inventada. - diz Nodies num tom de desinteresse.
- Pelo menos tenho alguma pista para resolver as coisas,diferente de alguém que só reclama e despreza as ideias que pode acabar com o caos. - diz Kuro num tom de raiva.
- Se eu der uma forma de resolver vai ser certo e real, não me baseando em um historinha de ninar.
Kuro fica com muita raiva mas consegue se conter.
- Por favor, nos conte sobre essa lenda. - pede Zeen.
- "É a história de um deus que trouxe muito sofrimento ao povo da terra. Esse deus reinou por muito tempo e todos o temiam, por seu poder inigualável. Mas um dia, sete pessoas estavam dispostas a enfrentar o deus tirano. O deus achou graça e disse que pela coragem que eles tiveram por desafia-lo ele iria lutar com os sete e assim se iniciou a batalha. No final, as pessoas estavam cansadas e quando o deus estava prestes a dar o golpe que colocaria um fim na batalha, armas caíram do do céu, dando a essas pessoas incríveis poderes, e então antes que o deus pudesse dar o último golpe as sete pessoas uniram seus poderes e derrotaram-no pondo um fim em seu reinado decadente"
Todos encaram Kuro por um instante.
- É isso? - pergunta Nodies insatisfeito. - Falou tanto para nada.
- Tenho que concordar. - diz Thart
- Nunca tinha visto essa lenda. - diz Zeen pensativo.
- Parecia ser um livro muito antigo.
- Essa história não tem nada haver com o que está acontecendo aqui. - diz Nodies.
- Em ambos os mundos, os mortais estavam na pior situação. - diz Lian.
- O que? - Nodies diz confuso.
- Essa é a r*****o entre a história e a nossa situação. - diz Lian.
- Vejo que alguém aqui entende o que eu digo.
- Tá mais iai? É só isso? Essa enrolação toda e não não veio a solução. - diz Nodies impaciente.
- Talvez por que o interrompe a cada minuto?! - Thart pergunta irônico.
- Se ele dissesse algo que eu achasse relevante eu não interromperia.
- Nem sempre o que você acha relevante é a coisa certa.
- Nesse caso eu acho que é.
- Chega vocês dois! - Apolo interrompe irritado. - Aonde quer chegar?
- Pois bem. Depois de descobrir essa lenda continuei a ler então o livro citou um poder imensurável, que é capaz até de acabar com o caos.
- Agora você falou algo relevante. - Nodies diz interessado.
- E que poder é esse? - pergunta Thart curioso.
- A junção dos poderes dos sete deuses.
- Você está falando sério? - pergunta Thart sem esperanças.
- Essa é a sua grande solução? - pergunta Nodies com seu sorriso irônico.
- Creio que já percebeu que estamos numa situação que impede seu plano de ser, no mínimo, viável. - lamenta Zeen.
- Claro, não esperava que esse plano fosse muita coisa. Vocês não deviam ter tido tantas esperanças.
- Nodies você está começando a me irritar. - diz Thart num tom sério.
- Desculpe por estar certo. - Nodies imita a voz de Zeen.
- Não vejo obstáculo algum para que meu plano não possa dar certo. - Kuro diz calmamente.
- Pois eu digo. Já que você parece ser r**m em matemática. - Nodies diz sarcástico. - Estamos em seis. E de acordo com a sua história, precisamos dos sete deuses.
- É que eu fiquei distraído com o fato de você saber o que é matemática. - diz Kuro com a mão formigando para pegar sua a**a e atirar em Nodies. - É só buscarmos ela.
- Então, além de nós fazer perder tempo te ouvindo, ainda quer nos fazer perder mais tempo ainda com uma desertora?
- Tenho que concordar com Nodies. Não sabemos quanto tempo ainda temos para concertar tudo. - diz Thart preocupado.
- Não é perda de tempo. É só traze-lá, juntar os poderes e pronto.
- Tem certeza que vai ser assim? Não tem provas que isso vaidar certo. - Zeen diz indeciso.
- Sim. Tenho certeza.
- Não devia garantir algo que nunca tentou. - diz Nodies num tom de superioridade.
- Digo o mesmo para você. - diz Kuro muito irritado.
- Ela poderá fazer isso como a forma de pedir desculpas, ela deve estar sentindo um grande peso na consciência pelo que fez.
- E como sabe disso?
- Ela é uma deusa, vocês não escolheriam alguém que não tenha nem um pouco de preocupação com a humanidade né?
- Parece que alguém foi a primeira. - diz Nodies olhando para Apolo.
- Não comece. - Apolo diz entre dentes.
- E será a última. Ela vira ajudar. - Kuro diz com firmeza.
Todos se entre olham.
- Sinto muito mas não iremos ajudar. É arriscado demais. - lamenta Zeen.
- Então irei sozinho.
- Acho que essa sim foi a melhor ideia que você teve. - Nodies diz animado.
- Também acho, já que a ignorância por aqui parece não ter limites.
- O que está insinuando? - Nodies pergunta sério.
- Não estou insinuando nada, se e que me entende. - Kuro diz dando um sorrisinho de lado.
Nodies pega seu tridente para lançar em Kuro mas impedido por Zeen.
- Certo não iremos te impedir, pode fazer o que quiser, só peço que nos respeite. - Zeen diz.
- E estou respeitando, mas não posso faltar com a verdade que está na minha frente.
Diz Kuro saindo do salão.
- Como foi senhor? - pergunta Lack o seguindo.
- Não acreditaram em mim.
- E o que o senhor vai fazer?
- Vou atrás da deusa do amor.
- Nossa... essa é a solução que você encontrou?
- Sim. Sabe onde ela está?
- Não.
- Sabe onde ela pode estar?
- Não. - Kuro suspira.
- Tem algum mapa que eu possa usar?
- Sim. Na biblioteca.
- E onde posso pegar suprimentos para viajem?
- Na cozinha. Outras coisas que possa precisar você pode encontrar em seu quarto.
Lack e Kuro vão a biblioteca e a cozinha e depois ao quarto de Kuro.
- já tem roupa pra mim?
- Tudo se adapta com a chegada do novo deus.
- Isso é bem conveniente.
Kuro pega uma jaqueta e uma mochila com tudo que precisa, depois vai a cozinha pegar suprimentos em seguida vai em direção a saída.
- Sabe onde a deusa do amor iria para se esconder?
- Talvez Cachoeira de safira, o castelo de cristal ou a floresta de esmeralda - Lack diz aponta para o mapa - Porque são os lugares mais "românticos" que existem na terra.
- Entendo - diz observando o mapa - Vamos para floresta então.
- Boa escolha.
Kuro e Lack saem do Palácio e seguem em direção a floresta. No meio da estrada havia uma bifurcação com caminhos iguais.
- Vamos para direita. A floresta de esmeralda fica por aqui. - diz Lack caminhando.
- Vamos para a esquerda. - Kuro diz indo para o lado oposto.
- Mas esse é o caminho errado.
- Por que diz isso? Pelo mapa esse é o caminho certo
- Então o mapa está errado. Este caminho leva a floresta morta.
- Então é exatamente para lá que vamos. - diz andando.
- Por quê?
- É muito óbvio. Se ela quer mesmo ficar sozinha, iria para um lugar que ninguém vai.
- Mas... A floresta morta? Por quê lá?
- É o lugar que parece ser abandonado.
- Ela não teria o que comer lá.
- Já foi lá?
- Não.
- Então, mesmo se não tiver ela deve ter dado um jeito.
- Entendi.
Os dois vão seguindo a estrada, até que tudo começa ficar escuro. As árvores começam a aparecer e aos poucos eles entram na floresta. No caminho Kuro começa a comer uma maçã e os animais da flores olham para ele, mas não atacam. Só ficam observando.
- Eles não vai atacar?
- Não. eles são impedidos de atacarem deuses.
- Por que?
- Os poderes dos deuses são fortes demais.
- Então não importa o que eu faça, eles não vao atacar?
- Isso.
Kuro mira uma das armas em um urso e atira no chão assustando, não somente o urso mas, todos animais que estavam por perto.
- Interessante.
Ele continuam a caminhar, se aprofundando cada vez mais na floresta.
Enquanto isso no palácio celestial...
- Parece que Sedi escolheu um inútil.
- Nodies, já chega. - Thart diz cansado
- Ele deve estar confuso. Acabou de chegar. Não entende como as coisas são. - diz Apolo
- Mesmo assim, foi impressionante a maneira que ele reagiu, e até descobriu uma possibilidade que nos não tínhamos achado. - diz Zeen
- Está dando razão para ele? - pergunta Nodies.
- De certa forma o plano dele não foi r**m, só não foi possível. - defende Zeen.
- Você ainda tem esperança que o plano dele possa dar certo né? Se é assim por que não ajudou ele? - indaga Nodies.
- Não é algo que possa acontecer facilmente. Graças a deusa do amor. E o plano dele não parecia muito seguro. - diz Zeen.
- Mas não era de todo r**m. - apoia Thart.
- Mas é possível que ele tenha aprendido isso tudo somente nesse pouco tempo? Uma coisa é gravar uma história, mas ele disse que leu todas as escritas antigas.
- Viu, cada vez mais motivos para não darmos ouvidos a ele.
- Por que te incomoda tanto acreditar nele? - pergunta Thart.
- Ele só não me pareceu muito confiável, só isso.
- Depois de Shiro, você tem ficado com um pé para trás com estranhos.
- só estou prevenindo que as coisas fiquem pior.
- Desprezar ele não vai adiantar de nada.
- Eu sei, mas isso só mostra o quão determinado ele é. Mesmo eu falando daquela forma, sabendo que não teria apoio e estando num local desconhecido, resolveu ir atrás daquilo que acredita, mesmo sendo uma burrice.
- Se não fosse por esse último comentário, você teria falado uma coisa sensata após tanto tempo.
- Não descarte tudo o que eu disse.
- Mas tem algo estranho. Sinto que tem algo sombrio por trás do caos. - diz Lian.
- Concordo. Não disse antes por que pensei que era impressão minha. - Apolo diz.
- Agora que falaram também estou sentindo - Nodies diz.
Os deuses decidiram se recolher, pois estavam cansados daquela discussão que parecia sem fim e precisavam pensar logo em uma solução.
Na floresta...
- Senhor está tarde, não é melhor parar e descansar?
- Não é necessário, já devemos estar chegando.
- Como sabe?
- Não sei. - diz simples.
-Pelo menos sabe onde estamos indo?
- Nem faço ideia.
Passando por mais algumas árvores eles dessem um pequeno morro.
- Sinceramente, não acho que a deusa não estaria num lugar assim, é tão complicado passar.
Lack se distrai com a fala de Kuro e tropeça em uma pedra fazendo os dois rolar até o final do morro.
- Desculpa.
- Sai de cima de mim.
Lack pula rapidamente para o lado e se senta. Quando Kuro se levante vê uma cabana velha mas que parecia bem conservada.
- Chegamos...