1 semana depois...
Em algum lugar...
— e então?. - pergunta enquanto olha alguns papéis.
— ah, nada novo. - dou de ombros e me jogo no sofá.
— e a garota?. - levanta o rosto para me encarar.
— o que tem ela?. - pergunto.
Ele bate a mão na mesa me fazendo o olhar.
— pare de perder tempo, você sabe o que irá acontecer se não resolvermos isso. - fala sério.
— não enche velho. - me levanto. — e chama alguém para arrumar essa mesa aí. - aponto para a rachadura na mesa e saio de sua sala.
...
Pov's Ana...
— esses livros estão cobertos de poeira. - retiro os livros da prateleira e limpo o pó. — quase ninguém vem mais a biblioteca. - suspiro enquanto os reorganizo.
— isso é culpa da internet. - a bibliotecária fala me assustando e fazendo a olhar.
— ah!, Senhora Whinsson, a senhora me assustou. - coloco a mão no coração e controlo minha respiração.
— desculpe-me querida, não era minha intenção. - ela sorri gentil enquanto me entrega outro livro.
— tudo bem. - continuo a arrumar. — mas a senhora tem razão, quer dizer, em certa parte.
— depois que a internet chegou, ninguém se preocupa em abrir um livro sequer. - ela suspira triste. — esses pobrezinhos ficam sozinhos e pegando poeira aqui. - ela acaricia a lombada de alguns livros parecendo nostálgica.
— mas eu sempre venho aqui. - dou um sorriso amigável. — ainda mais agora.
— pois é. - ela sorri.
— mas vamos, agora já é a hora do almoço. - desço da escada e toco em seu ombro.
— pode ir minha querida, eu sempre almoço na recepção.
— nada disso, a senhora vai vir comigo. - seguro seu braço.
— minha querida, isso não é necessário, almoçar com uma velha senhora igual a mim deve ser vergonhoso para uma jovem. - ela solta seu braco de minhas mãos. - vá almoçar com seus amigos. - ela sorri.
— pois bem, se a senhora não vai, então eu fico aqui também. - falo firme.
— não é nesces-
— vou buscar nosso almoço, já volto. - a interrompo antes dela terminar de falar. — um almoço simples não é?.
Ela concorda.
— ok, já volto.
...
Duas semanas de passaram e nada de novo aconteceu, eu estou trabalhando como ajudante de bibliotecária e a Júlia está trabalhando aqui na lanchonete da família do Jerry.
— aqui, seu pedido. - ela coloca o prato com meu sanduíche em cima da mesa.
— isso mesmo me sirva com um sorriso no rosto. - falo.
Júlia me dá o dedo do meio e volta para o balcão.
Pego meu celular e mando uma mensagem para minha mãe, a lembrando que essa noite vou dormir na casa da Júlia.
Ouço o sino em cima da porta tocar, avisando que um cliente acabou de entrar, e quando olho em direção a porta perco o apetite.
( p*****a e suas amigas.. haa... ).
Reviro os olhos e coloco meus fones tentando não prestar atenção nela e suas amigas, mas para o meu azar parecia ter um outdoor em cima da minha cabeça, pois segundos depois de entrar ela olhou em minha direção.
— meninas não vamos poder comer mais aqui. - ela fala enquanto de aproxima da minha mesa.
— porque amiga?. - sua colega ri e entra em sua brincadeira.
— porque acabei de ver um inseto asqueroso. - ela fala e suas amigas começam a rir.
Ela gosta de atenção, e para conseguir isso, eu sou o alvo fácil dela.
Mas eu não sou mais a garotinha de nove anos que era intimidada por ela e suas amigas, não mais.
— então você deveria se olhar menos no espelho querida. - sorri e a encarei.
Algumas pessoas ao nosso redor riam e outras apenas não de importavam.
— você continua a mesma ratinha assustada, não adianta fingir ser forte. - ela se aproxima. — eu te disse, vou te infernizar para sempre. - ela sorri.
Me levanto abruptamente fazendo com que ela desse um passo para trás.
Bati minha mão no copo de suco em cima da mesa fazendo-o virar e derramar o líquido todo em seus pernas.
— mas que droga!. - ela gritou e me encarou irritada. — SUA-
— vê se cresce e amadurece Elena, o ensino médio já acabou, então vai cuidar da sua vida e vê se me erra. - dou o dedo do meio para ela e sigo até o balcão.
— lacrou muito em gata. - Jerry sorri e fazemos um High five.
— pisou lindamente naquela barata. - Júlia fala e sorri orgulhosa. — e se você não fizesse, acidentalmente eu derramaria café quente na cara dela.
Eu e Jerry a encaramos.
— eu disse "acidentalmente" beleza?.
Nós três sorrimos, eu pago minha conta e vou para minha casa.
...
— QUE p***a!!. - Júlia grita ao se assustar com o filme.
Eu e seu irmão rimos de sua reação e ela nos encara irritada.
— se acalma amiga. - tento a tranquilizar mas ela continua irritada.
— quem deixou voces colocarem essa merda mesmo?. - ela cruza os braços e nos olha.
— você. - Will fala e ri. — você disse "escolham qualquer coisa mesmo". - fala imitando a voz de sua irmã.
— quando eu disse isso?. - ele pergunta de novo.
— meia hora atrás, quando estávamos fazendo brownies. - falo.
— não lembro, e se eu não lembro não aconteceu. - ela pega o controle e tira do filme. — vamos ver outro. - ela passa pela lista de filmes decidindo qual colocar.
— você é muito medrosa. - Will fala e ri.
— medrosa meu r**o, e cala boca pirralho. - ela continua sua procura.
— não sou pirralho coisa alguma, e você é medrosa sim. - Will fala.
— cala boca e me deixa procurar. - ela dá o dedo do meio para ele.
— enfia isso você sabe onde e sai girando. - ele a olha.
Então nós três caímos na risada.
— da onde você tirou isso?. - pergunto em meio as risadas.
— na escola, uma colega que falou. - ele fala e ri novamente.
— que criativo. - ela ri e pega o controle de novo.
— cadê nossa pizza?. - pergunto olhando a hora.
— o cara deve estar montando a pizzaria ainda. - Júlia fala.
— aqueles motoboys são lentos demais. - Will suspira e senta ao meu lado.
— não culpe eles, imagina quantas entregas eles fazem por noite?. - falo.
Will pega o celular e o vira para mim, então vejo que a localização do motoboy está parada.
— está assim faz vinte minutos. - ele olha para seu celular. — esse cara deve ter parado para cagar no meio do mato, não é possível.
Eu dou risada.
— achei!, Esse deve ser bom. - Júlia coloca o filme para começar. — ou esse motoboy deve ter sido assassinado enquanto estava no meio do caminho, a noite aquela rua é sinistra pra cassete. - ela se senta ao nosso lado.
Ficamos em silêncio por alguns segundos.
— credo. - digo. — não dá para pensar positivo e só pensar que ele está "cagando no meio do mato"?.
— ou isso. - ela dá de ombros.
( Julia consegue ser assustadora as vezes,... ).
Fiquei pensando no que ela disse por alguns minutos, e de repente ouço uma batida na porta.
— deve ser ele. - falo.
— até que fim. - Will fala. — mas a pizza deve estar uma porcaria agora. - diz irritado.
— deixa que eu vou lá. - me levanto.
Quando abro a porta Will fala.
— a localização do motoboy ainda está no mesmo lugar. - ele olha para a tela do celular.
Quando me viro para a porta alguém avança em cima de mim...
_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_•_
Eita eita, e já voltamos como?, Naquele pique hein kkk
Desculpa a demora meus lovers, mas o meu problema só se resolveu por agora, e consegui meu celular de volta.
Então voltarei a postar :)).
E...
O que vai acontecer no próximo capítulo com a nossa Ana?....