entre vidas

Era o ano de 1915, a guerra havia começado há um ano, muitas pessoas estavam passando por dificuldades durante a guerra, pois a economia estava sendo muito afetada. Mas, em Veneza, na Itália, uma família tradicional acabara de dar à luz a uma menina linda de olhos azulados, com cabelos pretos e uma pele parda, que receberam o nome de família que havia sido de sua bisavó Samanta Dalla Costa. Samanta era a filha mais nova e única mulher entre seus irmãos chamados de Emanuel, Samuel e seu irmão mais velho Henrique. Samanta era muito mimada por seus irmãos, mas, principalmente por Henrique, ele sempre ensinava a sua irmãzinha que nem todo homem era amoroso e carinhoso como seus irmãos e seu pai, ela deveria se defender dos homens que tratavam as mulheres m*l. Os outros dois irmãos Emanuel e Samuel também lhe ensinaram sobre a vida, mas, o que mais eles ensinavam era sobre literatura, e como os livros podem mudar a vida das pessoas. Por causa da guerra e por serem uma família grande, a família Dalla Costa estava passando por dificuldades financeiras, mas, um dia isso mudou. Que tédio- diz Samanta sentada em sua varanda junto a seus irmãos Você tem nove anos Samantha, porque você não vai brincar ou ler alguma coisa?! - fala Emanuel passando a mão na cabeça da menor A mamãe falou que estou muito velha para brincadeiras de crianças -fala Samanta emburrada e tirando a mão do seu irmão de sua cabeça - vou para a biblioteca ler algum livro-fala Samantha saindo do cal onde estava indo para biblioteca Não entendo nossa irmãzinha - diz Samuel confuso com aquela situação Chegando a biblioteca, Samantha percebe que a porta estava fechada e acaba se lembrando do que seu pai havia falado, " nunca entre na biblioteca sem bater na porta se estiver fechada" . Por causa desse aviso sem pensar muito, Samantha sempre bate nas portas para entrar em um lugar. Depois de perceber a porta fechada, Samanta bate na porta e espera uma resposta por um tempo, sem paciência ela bate de novo e de novo e de novo, quando ela vai bater mais uma vez, seu pai Eduardo abre a porta e acaba lhe assustando. Papai que susto o senhor me deste - fala Samanta com a cabeça levantada olhando para seu pai Desculpa minha joaninha, não foi minha intenção - falar ele colocando a mão na cabeça da sua pequena - Você não quer ler com o papai? - pergunta ele tentando disfarçar a preocupação com as dívidas e o futuro de sua família Quero sim papai - diz Samantha feliz pela proposta de seu pai Ambos entram na biblioteca , Eduardo vai para sua poltrona e continua a sua leitura , já Samantha corre para as prateleiras de livros de um livro que lhe interessa. cadê os livros de romance que a mamãe lê?! - pensa Samantha procurando os livros de sua mãe Depois de um tempo vasculhando as prateleiras, Samantha acha um dos livros , ela fica na ponta dos pés e puxa com força. De repente vários livros caem em sua cabeça , mas depois disso um livro com capa de couro com folhas manchadas e velhas lhe chamam a atenção , ela pega esse livro e começa a ler no canto da biblioteca. Depois de um tempo sua mãe entra na biblioteca. Oi querido como está a leitura? - fala Emanuelle dando um beijo na testa de seu amado A leitura está muito boa querida , vc não quer nos fazer companhia!? - fala ele segurando a mão de sua amada e dando um leve beijo Como assim 'nós' querido!?- perguntou ela sem entender pois só estava vendo o seu amado na biblioteca Não está vendo a nossa pequena joaninha lendo ali no cantinho querida?! - fala Eduardo voltando a sua atenção para seu livro Emanuelle vai até o canto da biblioteca e senta do lado de Samantha Meu amor o que vc está lendo!? - fala Emanuelle enquanto passa a mão na cabeça de Samantha Estou lendo um livro velho mamãe, esse livro está cheio de receita - fala Samantha entregando a sua mãe o livro Deixa eu ver minha joaninha - Emanuelle pega o livro e percebe uma coisa familiar e depois abriu na primeira página pra ver quem era o dono - esse livro era da minha vó - fala Emanuelle assustada O que você disse querida!? - fala Eduardo se levantando de sua poltrona e indo até às duas Esse livro de receita era da minha avó Samantha, eu e minha mãe sempre procuramos esse caderno e nunca achamos , a comida da minha vó era a melhor -fala Emanuelle segurando o choro pois sentia falta Mamãe se a comida da bisavó era tão boa pq não vendemos comida usando a receita dela!? -fala Samantha pensando em uma forma de ajudar a sua família E uma boa ideia joaninha - fala Eduardo pensando nessa possibilidade Depois de muito pensar ,e de conversar com sua esposa , eles decidem abrir um restaurante de família usando as receitas da bisavó Samantha.