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MANUELLE NARRANDO A gente chegou na casa dele e eu desci devagar, ajeitando o Cauã no colo com aquele cuidado de mãe de primeira viagem. O Caio deu a volta no carro rápido, veio direto na minha direção. — Deixa que eu levo ele — falou, com a mão já estendida. Olhei bem no olho dele. Aquele olhar firme, mas com um carinho que me desmontava inteira. Respirei fundo e entreguei o Cauã. Ele segurou com tanto jeito, como se carregasse o mundo nos braços. A fralda de pano ainda pendurada no ombro, o bebê aninhado no peito dele. Fui atrás, subindo os degraus devagar enquanto observava ele conversando baixinho com o nosso filho. Falava aquelas bobagens que só pai apaixonado fala, com voz meio embargada, mas cheia de doçura. A cena era tão improvável vindo do MT, que parecia cena de filme. Mas e

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