MT Narrando
Levantei o queixo, respirei fundo e apontei, com os olhos já molhados:
— Mano… isso aqui é sério?
Minha voz falhou no final. A garganta travada, como se cada palavra fosse empurrada com soco no peito. Ela me olhou com aquele olhar dela que sempre me quebrava por dentro. A respiração pesada, o rosto cansado, o cabelo grudando no suor do pescoço. E então respondeu, com calma, mas firmeza na voz:
— Não tem como eu tá fingindo uma gravidez, né?
E foi aí que ela puxou a blusa devagar e deixou a barriga inteira à mostra. Inchada. Redonda. Linda. A barriga mais linda que eu já vi na minha vida. A p***a do nosso filho. O meu filho. Meu.
Meu coração falhou. Senti o ar travar no peito.
— Manuelle… — balancei a cabeça, com os olhos ardendo. — Como é que tu tem coragem, mano? Como
