Capítulo Quatro

2113 Words
P.O.V. Dimitri Eu sempre me orgulho do meu auto-controle. Sempre fui ensinado a manter a calma em situações ruins. Eu sempre mantenho a minha cabeça no lugar. Nesse momento eu queria enviar meu auto-controle para a p**a que pariu. Aurora ainda estava com o sorriso sedutor nos lábios pintados de vermelho. Ela sabia que estava me deixando louco e estava adorando isso. Eu queria jogar ela nesse sofá e a fuder até ela gritar meu nome, mas eu não posso. Ela está bêbada e eu não posso tocar nela assim. Afastei minhas mãos que estavam em sua cintura. __ Já chega! - peguei o copo de bebida da mão dela - vou levar você para casa. Eu já sei onde ela mora. Sua ficha ainda está na minha mesa, no escritório da minha casa. __ Como você é rabugento. Tem quantos anos? 50? - ela riu da própria piada. __ Vamos! - a puxei pelo braço. Eu não me preocupei em fechar os primeiros botões da minha camisa. Fiquei muito entretido com a dança dela. Como ela conseguia me levar a um quase orgasmo com apenas uma dança? Eu não gosto do poder que ela tem sobre mim. Eu não sei o que sinto quando seus olhos cor de Esmeralda me encaram. É só uma coisa que eu nunca senti antes. Que p***a é essa? Que tipo de feitiço que ela jogou contra mim? Aurora tropeça a cada passo que dá. Mesmo caindo ela continua rindo. Onde ela vê tanta graça? Maluca! __ Minha bolsa - ela apontou para uma mesa. Tinha três pessoa lá. Eu sei quem são. A amiga, o irmão da amiga e o filho da p**a que tentou dançar com ela. Ele que não pense em encostar nela. Eu não me importaria em mata-lo. __ Aurora! - a amiga dela gritou - eu estava preocupada com você. Ele me disse que tinha falado com você a alguns minutos - apontou para o homem. __ Oi Efran' - ela sorriu. Ela está sorrindo para ele. Cheguei mais perto dela, encostando nossos corpos. Ela não pareceu se importar, então apenas continuei ali. __ É Ethan - o irmão da amiga dela estava escondendo uma risada. __ Eu sei! Obrigada pela bebida, pena que não consegui tomar tudo. Derramou - ela fez um bico e me olhou. __É... Tudo bem, acho que nossa dança fica para depois - ele estava começando a me tirar do sério. __ Acho que sim - ela assentiu. Antes de ir ele me olhou nos olhos. Eu sabia que ele estava com raiva, mas não dei a mínima. Eu não tive medo quando três armas foram apontadas para minha cabeça, não vou ter de um olhar. __ Eu vou pegar o carro - o irmão da amiga dela se pronunciou. __ Eu vou com você - Aurora se virou para mim. __ Vou com eles - neguei. Peguei a bolsa dela e a puxei pelo braço - você não é meu pai para mandar em mim. __ Vai por vontade própria, ou quer que eu te carregue? __ Vou com minha amiga. Obrigada... Não sei seu nome. Você é noivo, não vou entrar no seu carro, e... - peguei ela pelas pernas a colocando nos meus ombros. Antes de sair joguei a chave para um dos seguranças, para devolver a Aaron. __ Me põe no chão - ela deu socos na minha costas. __ Quieta! - dei um tapa na b***a dela. __ Ah! - ela soltou um gritinho - pervertido! Abri a porta do carro e a coloquei sentada. Me afastei quando ela se inclinou e vomitou no chão. Agarrei seus cabelos para não sujar. Peguei um lenço no meu bolso e limpei a boca dela. __ Está bem? - ela assentiu. Peguei seu corpo antes que caísse do carro. Passei o cinto de segurança pelo seu corpo. Fechei a porta do carro e entrei no do motorista. Dirigi até a casa da amiga dela. Na casa dela não tinha ninguém e Aurora estava desmaiada. Peguei ela no meu colo e bati na porta. A amiga dela soltou uma exclamação de surpresa. __ Você pode colocar ela no sofá? - assenti. Deixei ela no sofá. Parecia ser um pouco desconfortável, mas ela estava bêbada demais para se importar. Deixei a bolsa com a amiga dela e me despedi. Entrei no meu carro e apertei o volante com força. Eu usei tudo que eu tinha do meu auto-controle. Eu fui direto para meu apartamento. Abri a porta e fiquei confuso ao ver as luzes apagadas. __ Oi - franzi o cenho. Alice estava sentada no sofá, nada mais do que uma blusa minha a cobrindo. Ele sorriu para mim e lambeu os lábios. Andou lentamente na minha direção. Ela passou os braços pelo meu corpo. Afastei ela de mim, não gostava de muito afeto. __ O que está fazendo aqui? - ela soltou um resmungo. __ Preparei tudo isso para você e é assim que me trata? - ela deslizou a camisa pelo corpo. Eu não podia negar que ela era um espetáculo de mulher, mas eu nunca saio com uma mesma mulher. __ Se vista! - joguei a camisa nela. __ Dimitri, somos noivos! - ela quase me fez rir. __ Não se iluda, eu já disse, não repito mulheres - ela soltou um grito agudo. __ O que é isso no seu pescoço? - ela apontou para o local. Fui até o espelho e olhei. Era a marca de um beijo em batom vermelho. Só em pensar em quem fez isso eu me sento e******o. Eu preciso de uma noite com ela, só assim para esse feitiço acabar. __ Uma marca de batom. Vou chamar meu motorista par levar você para casa. __ Você estava com outra? - ela apertou a mão com força. __ Sim! - eu não iria negar. Segurei seu braço antes que ela me acertasse um tapa. Alice soltou um gemido de dor. __ Está me machucando. __ Não me toque! - soltei o braço dela - vá para casa. Entrei no meu quarto sem dar mais ouvidos a ela. Como era irritante! *** Uma das piores coisas que meu pai fez foi abrir capital da sua empresa. Ter que lhe dar com essas pessoas era tudo que eu não queria. Eu ainda estou irritado por ontem. Só de imaginar aquela menina dançando para mim... Eu preciso me concentrar. Essa reunião é importante. Eu não vou deixar esses imbecís venderem o que meu pai demorou tanto para construir. Ele conseguiu esconder muito bem a situação da empresa. Não era nada bom. As ações caíram consideravelmente. Meu pai abriu muitas filiais e estão querendo que a maioria delas sejam vendidas. Dar a outra pessoa o poder da empresa dele? Fazer o que quer? Destruir seu património? Ser controlado por uma holding? __ Não! - os olhos dele se voltaram para mim - não vou vender p***a nenhuma. __ Não é uma opção! - um deles bateu na mesa. __ Estou pouco me fudendo. Eu tenho a maior parte das ações, o que significa que eu tenho a voz final e ela diz, não! __ Seu pai errou e muito. Não soube administrar nada. Você chegou agora, não sabe o que fazer. __ Eu irei descobrir. Fim da reunião! - me levantei não deixando mais espaço para discussões. Afrouxei o nó da gravata. Eu m*l comecei o dia e já estava me estressando. __ Ligue para o advogado! - aviso a minha secretária. Coloco um pouco de bebida em um copo. Me jogo na cadeira e espero a ligação. Eu não sabia que meu pai estava tão r**m assim. Eu me enfiei nessa filial e deixei tudo para lá. Atendo o telefone. __ Advogado na linha 2 - mudei para a linha 2. __ Olá, Ivan __ Dimitri... Imaginei que iria me ligar. __ Que p***a está acontecendo? Como meu pai pode deixar chegar á esse ponto? - ele suspirou. __ Acho que precisamos conversar. Pode me encontrar no restaurante enfrente ao seu escritório? __ Sim! Estarei lá em 30 minutos - desliguei o telefone. Eu não sabia que as coisas estavam assim. Meu pai me deu carta branca para mudar o que eu quisesse nessa filial. Eu não me metia muito nas questões da sede da empresa. Eu sei que as coisas estão bem ruins. E se continuar assim terei que ir a Rússia e é uma coisa que não quero. Estou aqui a 8 anos e me dou super bem no local. Eu não quero volta a ser o que era antes. Um assassino, matar pessoas sem nenhum remorso. Ouvi alguém bater na porta. Eu não estava afim de atender ninguém, mas poderia ser algo importante. __ Entra! - Michael apareceu com alguns papéis na mão. __ Sr. Alekseeva - ele colocou as coisas na minha mesa - a ficha de avaliação, da sua nova secretária. Ele tinha separado tudo por ordem alfabética. Fui direto para o único nome que me interessava. Aurora... Nada poderia tirar ela da minha cabeça. Isso é falta de sexo? Por isso ajo assim? Eu não sei se uma noite com ela será o bastante, mas terá que ser. Eu não repito mulheres. __ Ela é competente? __ Sim, mas... Não sabe falar nada além do inglês, um pouco de espanhol, apenas - assenti. __ Contrate ela assim mesmo - ele assentiu. Pegou os papéis da minhas mesa. __ Alekseeva! - a minha porta foi aberta com força. Eleonor entrou na minha sala. O salto dela fazia um irritante barulho. Minha secretária vinha atrás dela, correndo. __ Me desculpe senhor... __ Tudo bem, você pode sair - ela assentiu saindo. __ Eu também já vou - Michael tentou passar pela mãe, mas ela bateu nele o fazendo derrubar todos os papéis. Aquilo me deu muita raiva. Como ela poderia tratar o filho assim? Michael não era um filho r**m. Tudo que ele ganha de salário dá para a mãe dele. Talvez esse seja o seu maior erro. __ Está tudo bem, não precisa catar - ele assentiu. Deu uma olhada na mãe que nem se deu o prazer de falar com ele e saiu - quantas vezes já disse para não entrar assim na minha sala? __ Está traindo minha filha? - aquela situação foi o meu fim. Me levantei e andei até ela, em passos lentos, porém duros. Eleonor se afastou, mas eu a peguei pelo pulso, a impedindo de sair. O olhar dela era de puro medo. __ Escuta aqui. Estou cansado de você e da sua filhinha mimada. Está começando a encher a minha paciência e sabe o que eu faço com pessoas que atrapalham o meu caminho? Eu elimino! __ E-eu... __ Estou pouco me fudendo se você irá contar sobre mim. Além do mais, mortos não falam! __ E-eu tenho... - ela respirou lento, lágrimas saindo dos seus olhos. __ Outras formas de me expor? Estou cansado disso! Vou gostar tanto de matar você, que vou passar meus dias na prisão bem feliz. __ Não, por favor... __ Agora pegue os papéis que você deixou cair, saia da minha sala e não me encha mais o saco! - fui até a cadeira pegando meu paletó - e diga para sua filha, que eu não prometi fidelidade a ela. Sai da minha sala. A minha secretária parecia assustada. Não dei o mínimo para isso. Peguei o elevador que me levou ao térreo. Andei até o outro lado da rua. Me sentei em uma das mesas que ficam do lado de fora do restaurante. Eu esperei e em pouco tempo o advogado chegou. Ele pediu algo para comer e eu apenas uma água, não tinha a mínima fome. __ É. Confesso que você descobriu a situação, antes do que eu imaginava - pisquei um pouco confuso. __ Como assim descobri? Por que não me falou antes? - ele suspirou. __ Seu pai não queria você preocupado com isso. Estava se dando tão bem aqui. Ele foi um pouco ganancioso. Abriu muitas filiais, fez péssimos contratos, as criações sempre as mesmas, não tinha algo novo. Você não, fez bem, mudou um pouco a forma das coisas. __ Quem está no comando da sede? __ Seu primo - bati na mesa - ele terminou de estragar tudo. __ Svoloch'! (Desgraçado!) __ Não tem nada que você possa fazer, seu pai deu carta branca a ele. __ Tem sim. Quero mudar a sede, para cá - apontei pra minha empresa. __ M-mas seu pai... __ Eu não lhe pago para dar opnião, te pago para fazer o que eu mando - me levantei deixando ele ali.
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