-Não me diga que ama a barbie - Thomas o encarou com um olhar de julgamento virando o copo de Whisky
-Não é isso.. - Henry quis procurar as palavras certas - é só que ela é facilmente manipulável por quem ela chama de amigo e tenho medo deles a usarem quando souberem que está solteira novamente
-Sem essa Henry, ela já é grandinha
-Grandinha, inocente e ingênua
-Dê o que ela quer e volte a farrear comigo, me senti tão só quando você se casou - Thomas fez cara de oprimido querendo manipular o amigo
-Você ainda age como um garoto da faculdade, deveria procurar uma esposa e se aquietar
Thomas o encarou boquiaberto pelas palavras do amigo - Quem é você e o que fez com meu melhor amigo ? - ele sorriu - essa separação vai ser a melhor coisa da sua vida
-Não a melhor, mas a coisa certa - Henry fitou a cidade através da janela
Enquanto isso Daphne tomava a terceira garrafa de vinho com a melhor amiga Alicia, as duas eram inseparáveis e ela era a única amiga em quem Henry confiava
-Se mude daqui e não terá que vê-lo nunca mais - ela sugeriu - a menos que ele te persiga como o "Joe" da série You
-Ser psicopata não faz parte da personalidade dele Ali - ela suspirou - não vou precisar me mudar, tenho certeza que ele vai fazer isso
-Com o pretexto da riqueza opulenta ?
Daphne assentiu, era o termo que Henry mais usava quando queria falar m*l da elite que fazia parte. Ela não entendia como um milionário podia falar m*l do próprio sistema que foi feito para favorecer pessoas como ele, mas henry não economizava palavras para falar m*l de todos eles
-Preciso ir para casa - ela se levantou pegando a bolsa e a chave do carro
-Nem pensar - Alicia agiu rápido impedindo a amiga que estava bêbada - ele me mata se eu deixar você morrer
-Eu consigo dirigir Ali - as últimas palavras dela foram essas antes de apagar completamente nos braços da amiga pelo excesso da bebida
Acordou algumas horas depois vendo Henry tirar com cuidado os saltos de seus pés
-Não precisa fazer isso - ela recuou se sentando na cama ainda com dificuldade
Sua cabeça girava
-Estava tentando ajudar, só isso
-Não precisa - ela e sua teimosia agiram juntas ao levantar da cama rápido, mas não precisou de muito e ela caiu sentada no chão
Não devia ter bebido tanto
-Ainda quer ajuda ? - ela sentiu o marido a olhando por trás
Ela não respondeu nada, era muito orgulhosa mas estendeu as mãos para ele pudesse a erguer e assim ele fez a colocando sentada na cama. Deixaram por um segundo a guerra de travavam de lado
Daphne permitiu que ele a ajudasse e ele fez, puxou a blusa de cetim da esposa pelos braços finos dela revelando um sutiã de renda bege
"Lindos" ele pensou tentando não olhar muito
-Quer uma foto deles ? - ela provocou - apenas me ajude
-Pare de ser infantil, não sou um estranho sou seu marido - ela seguiu colocando um pijama nela
-Não por muito tempo
Henry se colocou em pé em frente a ela e a encarou com o pior olhar que poderia dar a alguém, era como desprezo
-Fiz tanto por você Daphne mas não se preocupe quem quer se ver livre disso - ele fez uma pausa - agora sou eu, não ficará casada comigo nem um dia a mais, espero que consiga a liberdade que tanto almeja e não se preocupe com o dinheiro, faço questão que leve cada centavo
Ela ainda olhava para ela arrependida de suas palavras -Não quis dizer isso
-Quis sim, você me odeia e está me fazendo te odiar também sua criança mimada
Ele saiu do quarto o mais rápido de pode enquanto ela permanecia parada no mesmo lugar digerindo as palavras que tinham saído da boca do homem
Ela se jogou na cama e se forçou a dormir, não queria manter sua cabeça ligada, ficaria revivendo aquele momento várias vezes e se torturando
No escritório da luxuosa cobertura Henry bebia um copo de Whisky, tinha prometido a ele mesmo que secaria a garrafa e na manhã seguinte iria até seus advogados, seria a primeira coisa que faria
Desejou que Thomas não tivesse tão ocupado com a própria diversão, desejou contar tudo ao amigo naquele instante mas não quis incomodar com assuntos tão chatos
"Casamento é um tédio, é um erro " ele falou baixo sem tirar os olhos do Central Park pouco iluminado naquela madrugada