Meg Depois de um jantar simples — massa fresca, vinho leve, risadas que ainda ecoavam da nossa dança vespertina — Christian me levou à sala de projeção da mansão. Era o antigo cinema particular do pai dele, reformado com poltronas de couro branco e um projetor 4K que fazia qualquer filme parecer recém‑saído do estúdio. Ele insistiu em ver a nova adaptação de Alice no País das Maravilhas; eu aceitei, mais pelo aconchego do sofá do que pelo filme em si. Sentamos lado a lado, cobertos por uma manta de lã cinza. Logo na primeira cena do jardim, as rosas brancas saltaram na tela, reluzindo sob um filtro irreal. Senti o perfume delas na memória — lembrança inventada, porque eu jamais recebera rosas brancas na vida real. — Sabe — cochichei, inclinando‑me para ele —, sempre preferi as rosas ver

