Não eram nem dez da manhã e o “escritório presidencial” já tinha virado território de contravenção. Eu estava sentada sobre a mesa de carvalho, pernas em volta da cintura de Christian, gravata dele largada como bandeira de rendição no chão. Ele me beijava o pescoço, mãos firmes na minha cintura, quando a porta se escancarou. — BOM DIA, CASAL FOFOS! — Emily entrou como explosão de purpurina, segurando um envelope cor‑pêssego. — Ai, meu Deus… interrompi algo? Christian congelou; eu senti o corpo dele ficar tenso entre minhas coxas. Por reflexo, puxei a barra da minha saia para baixo — como se adiantasse. — Nada que já não estivesse… resolvido — Christian tentou, corando até as orelhas. — “Resolvido”? — Emily riu, apoiando o envelope na mesa, bem ao lado do meu joelho. — Se a definição de

