Briga

1074 Words
| Amanda McCall | Eu passei a noite inteira acordada e com dores por todo o corpo. De manhã a mulher que disse se chamar Kali me soltou das correntes e avisou que eles iriam embora hoje a noite. Se eu quisesse ir junto deveria estar lá até as 21 da noite, eu disse que não iria porquê eu tenho uma família aqui e ela apenas me olhou com um sorriso e disse algo estranho. " — Você ainda vai entender porquê lobisomens não tem família — " Eu imediatamente me lembrei do que minha mãe me disse ontem sobre pisar fora da calçada e corri até em casa. Corri como se minha visa dependesse disso e certamente dependia. Quando eu cheguei no quarteirão da minha casa eu vi alguns policiais varrendo a área do meu bairro, então eu tentei correr mais rápido ainda. Eu já estava na rua da minha casa e vi algumas viaturas de polícia em frente a minha casa, foi quando percebi o quão ferrada eu estava. Antes de eu pisar meus pés na calçada de casa eu vi minha mãe. Ela rapidamente passou os olhos ao redor aflita como se tivesse sentido minha presença. Assim que me viu toda suja de terra, sangue e algumas folhas me olhou de cima a baixo assustada, mas no momento em que percebeu que eu estava "bem" ela mudou sua expressão de assustada para furiosa. É incrível como ela muda da água para o vinho rápido demais. — O que eu falei sobre pisar fora da calçada?! E o que aconteceu com você!? Foi atacada por guaxinins?! Ela joga várias perguntas ao mesmo tempo e vem até mim como se fosse me enforcar só com seus olhos. — Você voltou! Ouço a voz de Scott que correu até mim da porta e me abraçou apertado. — Oi, maninho Falei baixo e olhei para mamãe que parecia mais calma. Vi o xerife Stilinski mais ao fundo e percebi que parecia bastante sério e ele veio para atrás da minha mãe. — Queremos respostas, Amanda Minha mãe diz chamando minha atenção e Scott fica ao meu lado e olhando para nós três. — Não sei o que aconteceu Minto olhando para os dois. — Como não sabe o que aconteceu!? O xerife pergunta curioso e se ajoelhando na minha frente apertando os olhos. — Eu só me lembro de sentir uma dor de cabeça enorme e escutei alguma coisa, depois só me lembro de acordar na floresta assim Falo apontando para mim e omitindo várias partes sobre o que aconteceu. — O que escutou? Ele perguntou pegando um bloco de notas no bolso. " — Não diga mais nada a ele — " Ouço a voz do Deucalion por conta da minha audição estar sensível demais. — Não sei, parecia um apito Murmuro colocando as mãos nos ouvidos e me ajoelhando por causa da dor de cabeça que me acometeu agora. — Pode desligar essas sirenes? Peço o olhando com dificuldade. Ele olha para os policiais que estavam lá e faz um sinal para que desligassem os girosflex das viaturas. — Se lembra de algo de ontem a noite? Ele continua o interrogatório. — Mãe.. Choramingo sentindo que minha cabeça vai explodir. — Desculpe, xerife, mas acho melhor deixar isso para depois Ela diz se abaixando e me ajudando a levantar. — Claro, Melissa Ele diz contrariado e lhe dá um sorriso sem graça. Em seguida começa a sair do nosso gramado. — Vem, vamos ver se você não se machucou muito Ela diz com um sorriso meio preocupado. >>>>>>> Minha mãe me levou para dentro e me esperou no quarto enquanto eu tomava banho, ela examinou meu corpo dos pés à cabeça 3 vezes para ter certeza de que eu não tinha nenhum arranhão. — Como você não tem nem um arranhão? Você estava com as roupas sujas de sangue — Ela diz perplexa e eu dou de ombros tentando pensar em algo. — Eu.. Eu posso ter caído em cima de algum animal morto e me sujado de sangue! Digo rapidamente e ela me olha desconfiada. — É só uma sugestão, eu ainda não sei o que aconteceu Falo baixando a cabeça irritada por ter que mentir para minha mãe por causa de um grupo de estranhos. — Tudo bem Ela diz cansada e beija minha bochecha para depois sair do meu quarto. >>>>>>> Se passou da hora de jantar e eu não estava com fome. Não saí do meu quarto o dia todo e nem conseguia controlar as transformações ainda, de vez em quando meus olhos e dentes mudavam sem motivo aparente. Eu estava tentando controlar minha raiva no banheiro quando Scott entrou no meu quarto. — Amanda, vamos brincar! Ele me chama animado e batendo na porta  do banheiro freneticamente. — Agora não, Scott! Gritei para ele com dificuldade e me encostei na porta tentando me controlar. — Vamos Amanda, por favor Ele continua pedindo e batendo na porta sem parar, o que já estava me deixando furiosa. — Para de bater na porta! — Gritei fula e abri a porta com a cabeça baixa. — Só vou parar quando brincar comigo Ele diz bravo e eu levanto meus olhos para ele que pareceu aterrorizado assim que os viu. — Você me irrita Confesso socando a cara do meu irmão com toda força, ele gritou e caiu no chão com a boca pingando sangue. O grito dele foi como um despertador, eu percebi o que fiz e corri até ele que se afastou de mim chorando alto. — M-me desculpa, Scott Imploro horrorizada com o que fiz. Mamãe apareceu na porta e viu o estado de Scott no chão e depois olhou para mim que estava de joelhos e os ossos da mão esquerda com um pouco de sangue, que ela percebeu não ser meu. — O que você fez?! Minha mãe pergunta atônita e se abaixa para aparar Scott que soluçava de dor enquanto segurava seu próprio queixo. — E-eu não quis, f-foi sem querer Balbucio com temor e sentindo um nó se formar na minha garganta. — Eu vou levar seu irmão ao hospital e quando eu voltar nós vamos conversar Ela diz ajudando Scott a se levantar e quando estava fechando a porta me olhou de um jeito que nunca me olhou antes. Aquilo me quebrou e me fez perceber que aqui não era mais o meu lugar.
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