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2349 Words
Andrew ​ Sophia saiu cambaleando do carro do segurança e correu pela trilha. Eu teria que substituí-lo quando nos casássemos. De jeito nenhum deixaria um guarda Torello proteger o que era meu. Ela puxou a barra do vestido enquanto se dirigia para a varanda com saltos altíssimos. Vermelhos. Será que os usava porque sabia que eu gostava dessa cor? Eu seria o primeiro a admitir que ela estava linda. Só queria que tivesse chegado na hora, p***a. Quando ela se juntou a mim na varanda, eu a inspecionei. Ela jogou o cabelo para o lado e mexeu nas pontas — sempre tão ansiosa. — Eu sei que estou atrasada. — Adiantou-se e disse o óbvio. — Havia um fechamento de estrada, tivemos que encontrar uma rota alternativa. Olhei para o relógio. — Deveria ter saído mais cedo. — Tem algum pedido de desculpas aí? — Minha paciência estava se esgotando com ela. — Desculpe. — Quando endireitou a postura, aqueles saltos quase a colocaram no mesmo nível que o meu. — Eu sei que chegar atrasada te chateia. Mais do que ela imaginava. Isso me dizia que não respeitava o meu tempo. Como se tivesse coisas mais importantes a fazer e me deixar esperando não a incomodasse. — Não foi isso que aconteceu. — Ela arrastou os pés antes de se encostar no corrimão da varanda. — Isso não vai acontecer depois que nos casarmos. Sua nova equipe de segurança vai garantir. — Nova equipe de segurança? — Ela balançou a cabeça. — Não foi culpa do Sam. Ele não sabia que a estrada estaria fechada. Eu não quero um novo guarda. — Você não tem escolha. — Por que preciso trocar de segurança? — Porque o Sam trabalha para o seu tio, não para mim. Não posso ter um guarda Torello responsável por você. — Estou acostumada com o Sam. — Seus lábios formaram um biquinho sexy. — E você vai se acostumar com sua nova equipe de segurança. — Eu ainda não havia decidido qual dos meus homens colocaria com ela, mas sabia que ela não aprovaria. — Tenho que me acostumar com um novo guarda, um novo marido, não poder trabalhar para a empresa e qualquer outra coisa que vocês decidam jogar em mim? — Mais ou menos. — Dei de ombros. — Eu te disse na outra noite para pensar bem antes de se casar comigo. Haverá muitas mudanças na sua vida. A maioria delas é inevitável. — E se eu não conseguir me adaptar a essas mudanças? — Então deveria ir embora agora mesmo. Enquanto ainda pode. Eu não tinha a menor intenção de deixá-la ir. Não permitiria que me humilhasse agora que nosso noivado havia sido oficialmente anunciado. Que tipo de homem poderoso deixaria sua noiva fugir? O tio e a tia dela provavelmente a rejeitariam — talvez fosse isso o que ela queria. Não seria a pior coisa do mundo para ela. Se me desse uma chance, veria que eu era a melhor opção. — Eu não vou fugir. — Ela tentou me convencer com aqueles lindos olhos. — Porque não tem escolha? — Você quer que eu minta e diga algo diferente? — Gostaria que me desse uma chance. — Estou aqui, não estou? — É assim que você está chamando isso? Porque eu não chamaria de estar presente. Ela não respondeu, e isso me deixou frustrado. Eu nunca quis saber tanto o que se passava na cabeça de alguém. Era bom em ler pessoas, mas com ela… nada fazia sentido. — É uma situação nada ideal para você, mas pode honestamente dizer que sua vida era tão espetacular antes de concordar em se casar comigo? — O que você sabe sobre a minha vida? — Eu sei que sua família não pensou duas vezes antes de me prometer você. Seu tio e seus primos nem gostam de mim, querida. O que isso te diz sobre o que sentem por você? O quanto te valorizam? — Você está errado. — Estou mesmo? Por que eles me entregariam você tão facilmente? — Eles têm os motivos deles. — Ela olhou para os próprios pés. — Quer dizer que isso não beneficia ambas as famílias? — O que você sabe sobre os motivos deles? Observei sua expressão, mas, como sempre, ela não me deu muita informação. — Nada — respondeu rápido demais para o meu gosto. — Ninguém me conta nada. Você tem razão, me prometeram a você sem pensar duas vezes. É cristalino o que pensam de mim. Obviamente, esse era um assunto delicado. Quanto mais eu pensava nisso, mais percebia que os Torello não estavam fazendo aquilo pelos motivos que alegaram. Eu teria que investigar mais antes de agir. Se pensassem em me trair, seria o inferno. E eu não me importava com quem fosse pego na confusão. — Está pronta para ver nossa nova casa? — perguntei. — O quê? — Ela olhou para a casa atrás de mim. — Essa é a nossa casa? — Comprei para começarmos nossa vida juntos. — Ah. Ah, é? Foi só isso que ela conseguiu dizer? Empurrei a porta e a levei até o saguão. Ela mordeu o lábio inferior enquanto olhava ao redor — o pé-direito alto, a escadaria imponente que levava ao patamar com vista para o andar de baixo. Era meu detalhe favorito. Eu gostava de ver tudo de cima. Sem surpresas. A propriedade ficava no meio da mata, em um condomínio fechado. Seria difícil para qualquer um entrar sem que minha equipe soubesse. Eu já havia começado a transferir as operações da cobertura para ali. Queria tudo pronto quando nos casássemos. Ela não saiu do saguão. Seus olhos grandes e incertos não revelavam muita coisa. — É claro e arejado. — Ela se dirigiu à escada. — É muito bonito. — Isso significa que você gosta? Ela assentiu. O que seria preciso para impressioná-la? — Eu sei que não é a mansão em que você está acostumada a morar, mas também não é um barraco. — Eu não disse que era. — Você não disse muita coisa. Ela era tão r**m quanto a família esnobe dela. Pensei que, por não ser uma Torello de sangue, seria menos crítica. Não parecia. Eu havia gastado uma fortuna naquele lugar, comprando a parte do comprador original só para conseguir uma propriedade tão impressionante. Por que me incomodava tanto que ela não demonstrasse o mínimo de aprovação? Foda-se. Eu não cheguei tão longe para que uma princesa mafiosa de segunda categoria me fizesse sentir menos homem. Eu precisava mostrar a ela exatamente no que estava se metendo. — Lá em cima. — Apontei para a escada. — O quê? — Ela recuou, mas eu a puxei de volta. — Por quê? — Talvez o quarto te impressione. — Não precisamos... — Ela deu um passo para trás, bateu no corrimão e quase perdeu o equilíbrio. Segurei-a pelo cotovelo. — Tenho certeza de que está tudo bem. — Vamos. — Peguei-a pela mão e a guiei escada acima, mas ela continuou tropeçando nos saltos. — Espero que seja melhor do que tarde. Assim que chegamos ao topo, ela parou. Quando me virei para encará-la, ela soltou minha mão. — Qual é o problema? — Eu não tinha certeza se ainda tinha paciência. Ninguém nunca tinha recusado um convite para entrar num quarto comigo antes. — É que eu nunca... — Ela apontou para o quarto. — Sabe. — Está tentando me dizer que é virgem? — Sim. Uma onda de alívio me atingiu. Eu não sabia por que isso importava tanto, mas se ia me casar por território e conexões, pelo menos teria a honra de ser o primeiro a tocá-la. — Fico feliz em saber disso. — Peguei sua mão e continuei pelo corredor. — Seu tio e seus primos suspeitavam, mas não tinham certeza. — Sebastian sabe disso. — É mesmo? — Por que o Torello mais novo não falou nada quando perguntei? — Eu conto tudo a ele. Bem, não em detalhes, mas ele sabe que nunca fiquei com ninguém. — Então deveria ficar feliz em saber que ele manteve sua confiança quando eu perguntei. — Por que você perguntaria? Paramos diante das portas duplas da suíte master. — Porque é meu direito saber. — Parece uma coisa tão grosseira de se perguntar ao meu tio e aos filhos dele. — Ela me lançou um olhar de desgosto, e eu detestei a sensação que isso me causou. — Você poderia ter me perguntado. — Eu planejava te convidar hoje. — Abri a porta. — Entre outras coisas. — Que coisas? — Vamos brincar de verdade ou desafio. Mas eu vou criar as regras à medida que jogarmos, e você vai cumpri-las. — Eu não entendo. — Você vai. Uma vez dentro do quarto, ela olhou ao redor por um momento, aproximando-se da janela e criando distância entre nós. Tirei o paletó e o deixei sobre a cadeira. Era o único quarto mobiliado até então. Eu queria ter certeza de que a cama estaria ali na nossa noite de núpcias. Quando me aproximei por trás, ela ficou tensa. Eu não sabia se a elogiava por seus instintos aguçados ou se me irritava por ela se esquivar. Tinha tantos maus hábitos que eu teria que corrigir. — O que acha do nosso quarto? — Tirei a jaqueta de couro dela e a joguei sobre a cadeira. — Não percebi que iríamos dividir o quarto. — É o que os casados fazem. — Afastei o cabelo dela para o lado e passei os lábios por seu pescoço. — Compartilhar coisas. — A gente nem se conhece. Não posso dormir em outro quarto por algumas semanas? — Isso não vai funcionar para mim. Quando abaixei o zíper do vestido, ela se virou. — Não. — Não, não vamos dividir o quarto? — Agarrei seus antebraços e a puxei para perto. — Ou não é para tirar o vestido? — Não tire meu vestido. — Então, como vamos jogar o meu jogo? — Desci os lábios pelo pescoço dela enquanto deslizava os dedos pela parte de trás do vestido. — Eu quero isso. — Por quê? — Você verá. Ela fechou os olhos, mas não protestou quando abri o zíper e deixei o tecido deslizar pelos ombros até cair aos seus pés. — Saia da frente. Mas não tire os saltos. Segurei a mão dela, ajudando-a a se afastar do tecido branco amassado a seus pés. Sua pele cor de oliva contrastava fortemente com o sutiã e a calcinha rosa-claro. Meu p*u endureceu quando vi seus m*****s eretos se contraindo contra a renda. Ela se debatia com as mãos enquanto se balançava para a frente e para trás. Sua ansiedade me perturbava, pois era algo que eu não vivenciava pessoalmente. Eu fazia o que queria e lidava com as consequências depois. As pessoas com quem eu me relacionava tinham nervos de aço. Eu me cercava de pessoas fortes e implacáveis. — Não precisa ficar tímida perto de mim. — Circulei o polegar em volta do mamilo dela. — Você é perfeita. Ela abaixou a cabeça, mas eu queria que ela olhasse para mim, então segurei seu queixo entre meus dedos e inclinei seu rosto para que encontrasse meu olhar. — Você não acredita em mim — eu disse. Por que ela não aceitou o elogio? — Ninguém nunca me disse que sou perfeita. — Isso deve significar que você se cerca de pessoas de mente pequena. Ela não se cercava de muitas pessoas. De acordo com o boletim de ocorrência que meu irmão tinha, ela não tinha amigos além dos primos. Ela ficava em casa quase o tempo todo, exceto para ir trabalhar. — Eu gostaria de te ver mais. — Abri o fecho da frente do sutiã dela, liberando seus s***s. Incrível. De repente, não senti que casar com ela seria um fardo tão grande. Uma virgem que eu pudesse moldar em qualquer coisa que eu quisesse. Nada m*l mesmo. Ela tentou cruzar os braços na frente do peito, mas eu os segurei ao lado do corpo. — Não me negue.— Pressionei meus lábios no canto da boca dela. — Vou te fazer algumas perguntas e quero a verdade absoluta. Ela prendeu a respiração quando agarrei seus quadris e a puxei para perto de mim. — Vamos começar com algo fácil.— Lancei um olhar penetrante aos seus lábios, tentando resistir à vontade de tomá-los. — Alguém já te beijou na boca? — Sim — ela sussurrou. Eu esperava que essa fosse a resposta dela. Se ela tivesse dito não, eu saberia que ela estava mentindo. Nenhuma garota de 22 anos poderia ser tão inocente. Embora eu aposte que essa tinha pouca experiência. — Quantos? — Alguns. — Sua voz era baixa, e ela parecia quase envergonhada de sua resposta. Segurei as mãos dela, recuando para poder admirar seu corpo quase nu. — Alguém já enfiou os dedos em você? — Uma vez. Isso foi decepcionante, mas eu não podia esperar que ela fosse totalmente inexperiente. Passei o dedo pela barra da calcinha dela. — Ele te fez gozar, minha menina safada? — Não. — Algum homem já te fez gozar?— Ela balançou a cabeça. — Você está molhada para mim? Ela não respondeu, mas sua pele se tingiu de um tom rosado sedutor. Meu p*u gostou dessa inocência, virginal, de garota na floresta. — Eu consigo ver com meus próprios olhos. — Deslizei a mão para dentro da calcinha dela e esfreguei o dedo em sua b****a escorregadia. No início, ela se contorceu contra o meu toque, mas depois de alguns segundos relaxou. Ela pressionou a palma da mão contra meu ombro quando inseri meus dedos dentro dela, movendo-os para dentro e para fora em um ritmo lento. — Eu posso te fazer gozar. — Tirei a mão de dentro da calcinha dela. — Lembra quando eu disse que haveria consequências se você se atrasasse? — Sim. — Você está prestes a descobrir exatamente o que eu quis dizer com isso.
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