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Arranco com o carro, segurando firme o volante. Meu olhar bate no celular no suporte ao lado, e vejo a tela acender com uma notificação de mensagem do Pelé.
Seguro o volante com uma mão e alcanço o celular com a outra, desbloqueando com o dedo, curioso pra saber qual a fita.
deixo o celular chamando e acelero o carro, seja lá o que for, não vou resolver no meio da rua.
Estaciono na garagem, travo o carro e desço. Subo as escadas no automático, já com a cabeça no dia de amanhã. Entro no quarto, largo o celular na cama e vou direto pro banheiro. O chuveiro frio bate no meu corpo, levando embora o calor e, com ele, parte do peso do dia.
Saio, ainda pingando, pego a toalha pendurada na porta e seco o rosto. Abro o closet, puxo uma bermuda do Flamengo e visto, deixando o cordão balançar no peito. O clima tá abafado, mas aqui dentro tá de boa, o ar condicionado tá no mínimo.
Me jogo na cama, afundo no colchão e ligo a TV, mas nem vejo direito o que tá passando. Pego o celular na cabeceira e desbloqueio. A tela ilumina o quarto escuro, e a primeira coisa que vejo é a notificação do Pelé piscando de novo.
Pego o celular e entro no aplicativo de mensagem. p**a que pariu, já me arrependo na hora. É notificação pra c*****o, cada uma mais desnecessária que a outra. Passo o dedo pela tela, só vendo os números subindo, e já dá aquela preguiça monstra.
Várias mensagens não respondidas, um monte de conversa acumulada. p***a, isso é o tipo de coisa que eu detesto, mas sei que não posso ignorar pra sempre. Olho umas mensagens do Coronel e já aproveito pra responder. Pelé envia outra mensagem e então abro sua mensagem.
Mensagens
Terror: Dorme não, filha da p**a? – mando, vendo que ele tá mandando áudio atrás de áudio.
Pelé: Quem dorme é o****o, parceiro. Aqui a visão é outra! – responde na maior marra, a voz saindo rouca.
Solto uma risada baixa, coçando a nuca.
Terror: Vai tomar no cu, Pelé. Tá mandando áudio pra quê? Não sabe digitar, não? – retruco, mandando de volta, já imaginando a cara dele do outro lado.
Pelé: Digitando ou falando, a mensagem é a mesma. Amanhã tem resenha aqui em casa. Amanhã é meu dia e quero contar com a tua presença, parceiro.
Terror: Tá de brincadeira, né? Tu acha que eu vou largar tudo pra colar na tua resenha? Vai arrumar o que fazer, viado.
Pelé: Pô, Terror, não é qualquer resenha, não. É meu dia irmão. Todo mundo vai tá aqui. Não vacila comigo, c*****o.
Solto uma risada seca, coçando o queixo, já imaginando o show que ele tá armando.
Terror: Beleza, vou pensar no teu caso. Mas não cria muita expectativa, não.
Pelé: Tomar no **, Terror.
Terror: Só se for no da sua irmã, arrombado. – mando o áudio na maior tranquilidade, já rindo por dentro, e saio da conversa sem nem ouvir a resposta dele.
Pelé é meu aliado, dono do Vidigal, parceiro de visão, daqueles que sabe segurar a onda quando a chapa esquenta. Com ele, a confiança é recíproca. Ele é fechamento.
Entro na conversa com a Laís. Ela é uma patricinha de respeito, gostosa pra c*****o e a gente se da bem na cama. É filha de juiz, porém o papaizinho dela é fechado com o comando, tá ligado? Sempre fortalece os mano quando cai na trinca.
Por isso que me convém comer ela de vez em quando, tá ligado? Não é sacrifício nenhum não, a mina é top. Pique influencer. O único m*l dela é ficar pagando de santa na internet pros o****o que segue ela.
Fico só imaginando a cara desses trouxa se descobrisse que a princesinha deles além de ser viciada ainda sobe o morro pra dar pra bandido. Ia dar um colapso na mente moralista daqueles merda.
Começo a digitar, mas paro. Deixo ela se mordendo, porque sei que daqui a pouco ela mermo vai puxar ideia. Faço questão de jogar com o psicológico. Toda vez que tô online ela aparece se oferecendo.
Mensagem
Laís: Oi, lindo. — se ela soubesse que eu odeio essa p***a, nunca me chamaria assim.
Terror: Tava fazendo o que?
Laís: Acabei de chegar em casa. Eu estava jantando com meus pais.
Terror: Hum. — Mando aquele emoji de olhinhos só pra não deixar no vácuo.
Laís: Juro, era meu pai. Posso te mandar foto, quer ver?
Terror: Não, quer colar numa resenha comigo amanhã?
Laís: Claro, tô morrendo de saudades de você, lindo. — Reviro os olhos, jogando o celular em cima da cama, sem paciência pra esse papo melação dela.
Mando um emoji de joinha e deixo por isso mesmo.
Laís: Mas tô sem carro.
Terror: Vou mandar um menor te buscar. Fica pronta às 11 da manhã.
Laís: Posso levar biquíni?
Terror: Leva o que você quiser. Até amanhã.
Mensagem Off
Saio da conversa sem dar mais atenção. Logo depois, vejo pela notificação que ela mandou outra mensagem. Nem me dou ao trabalho de abrir.
São 00:00, e minha paciência já foi pro saco há muito tempo. Amanhã é outro dia pra desenrolar isso tudo. Por enquanto, só quero tentar desligar a mente, pelo menos por umas horas.
Fecho os olhos e, como sempre acontece quando o silêncio toma conta, a imagem da Manuela invade minha mente. Lembro do jeito que ela se encaixou no meu peito naquela noite, como se aquele fosse o lugar certo pra ela estar. Foi bom pra c*****o, por mais que eu não admita nem pra mim mesmo.
Mas, p***a, minha vida não é feita pra essas coisas. Não dá pra misturar o que eu sou com alguém como ela. Colocar a Manu no meio desse caos que eu vivo é impensável. Só a ideia de que algo pudesse acontecer com ela já me deixa com o peito pesado.
Abro os olhos de novo, encaro o teto e solto o ar, como se isso fosse aliviar o nó na garganta. Eu sei que a melhor coisa que posso fazer por ela é manter distância, mesmo que cada vez que tento, ela acabe voltando pra minha cabeça, feito uma p***a de tatuagem que não sai.